quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Homossexualismo é Pecado?

Certa vez fui abordado com a seguinte pergunta: pastor ser homossexual é pecado? Para responder esta pergunta precisamos entender como uma pessoa se torna homossexual. “Parte dos terapeutas acredita ainda que o Homossexualismo é uma doença psiquiátrica que só foi retirada dos manuais por forças políticas. Para os psicanalistas, o assunto permanece como um desafio, também oscilando entre estes dois vértices. Muitos cientistas consideram a multicausalidade para o homossexualismo. Levam em consideração alguma predisposição genética, alterações hormonais durante a gestação, traumas infantis e mau relacionamento familiar e fatores sociais negativos”. (BBC)
Não existem provas cientificas de que uma pessoa nasce homossexual. Ela se torna homossexual por causa de fatores negativos; assim como uma pessoa não nasce um adúltero ou viciado. Segundo a Bíblia todos os seres humanos nascem com propensão para pecar e todos podem usar o livre arbítrio como quiserem. Pesquisando o tema encontrei um artigo interessante de Joon Nam, ele afirma: “Desde Adão e Eva, o homem tem mostrado a Deus sua liberdade de pensamento. E seu pensamento é próprio e vem do mundo. O homem evita consultar a Deus sobre seu pensamento. Isso causa conflito, guerra e desarmonia em geral. Assim a humanidade caminhou mais de seis mil anos. Deus ensina aos cristãos terem paciência, humildade, imparcialidade, bondade, misericórdia, facilidade de perdoar, e acima de tudo, amor que envolve quase todos os bons atos. Então, à medida que aparece mais e mais homossexual, o mundo vai abrindo mais espaços para os homossexuais, através de perdão, amor, bondade, imparcialidade, humildade e paciência, principalmente pelos cristãos. Quando educamos a criança que cometeu um erro, ela é acusada, alertada, e até leva um puxão de orelha. Após as mesmas ações repetidas, ela começa aprender e para de agir incorretamente. Não há um ser humano, que ande nos caminhos de Deus, que continue teimando com hábitos contraditórios ao Seu plano. Mas, hoje em dia, este pensamento de liberdade, oriundo do mundo, parece que predomina na mídia, espalhando a mancha escura nas crianças e jovens. Obviamente a Bíblia não condena um ser humano com defeito físico ou psíquico. Pelo contrário, a existência deste homem é para os outros sentirem profundamente o poder de Deus, principalmente quando eles são curados ou vivem em paz entre irmãos cristãos seguindo a doutrina de Palavra de Deus. Portanto, em Levítico 18:22 diz, “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação”, Levítico 20:13, “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles”, e Romano 1:24, 26,27, “Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; .... Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”. A Palavra de Deus acima citada refere-se sobre condenação do sexo entre mesmos sexos. Isto é, nunca um solteiro homossexual virgem seria condenado quando ele segue a Jesus. O homem de Deus deve ser completamente e friamente imparcial. Eu estava na Coréia quando conheci um jovem gay que sofria muito pelo que era. Com ajuda de alguns cristãos, foi tratado por um amigo psicólogo e pelo pastor durante dois anos. Quando saí da Coréia para o Brasil, recebi uma notícia dele sobre um casamento feliz com uma mulher que ele aprendeu amar conforme o dom de Deus. Ser gay não é vergonha, já que tem meio de curar. Quem é homossexual cristão, mantenha se solteiro virgem até ser tratado e curado como um homem que Deus criou desde o princípio. Vejo muitas reações negativas das igrejas contra homossexuais. Mas, neste mundo cheio de confusão em geral, acho que temos que ficar de cabeça fria e começar a avaliar tudo (incluindo igreja e membros) com total imparcialidade de acordo com o Pensamento de Deus”.
Todos os seres humanos são pecadores, mas Deus nos chama para abandonarmos a prática do pecado. Ninguém pode afirmar que não consegue vencer a inclinação para determinado pecado; Jesus morreu para nos dar o poder de vencer. A prática do homossexualismo é condenada pela Bíblia, os praticantes não entrarão no reino de Deus, assim como qualquer que pratique qualquer tipo de pecado: homossexualismo, adultério, vícios assassinato, roubo, mentira, feitiçaria e etc. (Apocalipse 22:15). O homossexual se quiser alcançar a salvação deve abandonar a prática do pecado assim como o viciado deve deixar o vício. Mas, infelizmente, muitos em nome de um “amor deturpado” ignoram a Palavra de Deus para sua própria perdição.

Não existe fardo pesado demais que Jesus não pode nos ajudar a carregar; Ele nos diz: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Mateus 11:28.


Pr Vicente Pessoa

domingo, 13 de janeiro de 2008

O Ladrão foi para o céu?

Muitaa dúvidas tem se levantado sobre o significado das palavras de Cristo na cruz: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso."
A nota tônica da escatologia bíblica no que tange ao galardão dos justos é que ocorrerá unicamente por ocasião da volta de Jesus. (Mateus 16:27; Mateus 25:31 a 34; I Tessalonicenses 4:16 a 18; II Timóteo 4:8; I Pedro 5:4; Apocalipse 22:12), além de inúmeras outras passagens.
A passagem de Lucas 23:43, segundo cremos, baseado em razões que a seguir apresentaremos, deve estar incorretamente pontuado. Além de conter sem razão a partícula "que". Matos Soares, Basílio Pereira e outros traduzem: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso." Se a pontuação fosse removida para depois da palavra hoje, teríamos: "Em verdade te digo hoje: estarás comigo no Paraíso." Os manuscritos do Novo Testamento, escritos em grego e em caracteres unciais não tinham pontuação.
Diz-nos J. Angus em sua conhecida obra História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, vol. 1, pág. 39, que somente no século VIII é que foram introduzidos alguns sinais de pontuação, e que no século IX introduziram-se o ponto de interrogação e a vírgula. Que a colocação da pontuação altera substancialmente o sentido do texto é evidente. Há um exemplo, muito citado, da imperatriz da Rússia que alterou uma ordem de exílio assim redigida: "Perdão impossível, enviar para a Sibéria." Com cuidado removeu a vírgula colocando-a noutro lugar, e ficou assim: "Perdão, impossível enviar para a Sibéria." E o prisioneiro foi salvo.
Alinhemos, sucintamente, algumas evidências a favor de nossa tese:
1.ª - Boas traduções rezam que o ladrão pediu a Jesus que se lembrasse dele "quando vieres no Teu reino." Assim, por exemplo o fazem Matos Soares, a Trinitariana, a Versão Italiana de G. Deodatti, a francesa de L. Sègond, a inglesa de King James e outras. "Quando vieres no Teu reino" e não "quando entrares". "Quando vier... então Se assentará no seu trono..." (Mateus 25:31). Para essa ocasião pediu o ladrão um lugar no reino, e não para aquele dia que agonizava ao lado de Jesus.
2.ª - Certamente o ladrão não podia estar com Jesus no Paraíso naquele dia, a menos que Jesus lá estivesse também. E Jesus foi para lá naquele dia? Não. Como sabemos?
a) Porque três dias depois, já ressurreto, disse à Madalena: "Não Me toques, porque ainda não subi para o Meu Pai." (João 20:17). Jesus estivera dormindo no túmulo, e não subira ao Pai. Ressurgira, e ainda não subira ao Pai. E nem de leve se pode inferir que uma "alma" consciente subira, pois a Escritura não sugere tal absurdo.
b) Porque uma análise cuidadosa da cena do Calvário revela que o ladrão não morreu naquele mesmo dia, pois João 19:31 a 33 nos diz:
"Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a Preparação (pois era grande o dia daquele sábado), rogaram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas, e que fossem tirados. Foram pois, os soldados e, na verdade, quebraram as pernas do primeiro, e ao outro que com ele fora crucificado; mas vindo a Jesus, e vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas."
Por que "quebrar as pernas" dos justiçados?
Porque o crucificado não morria no mesmo dia. Cristo foi caso excepcional e que sabemos que não morreu dos ferimentos ou da hemorragia, mas do quebrantamento do coração. Morreu de dor moral por causa dos pecados do mundo. Mas os outros, não, e as crônicas descrevem o condenado esvaindo-se lentamente durante dias.
Diz por exemplo o comentário de J. B. Howell: "O crucificado permanecia pendurado na cruz até que, exausto pela dor, pelo enfraquecimento, pela fome e a sede, sobreviesse a morte. Duravam os padecimentos geralmente três dias, e às vezes, sete." - J. B. Howell, Comentário a S. Mateus, pág. 500.
É óbvio que os homens de maior robustez física duravam até sete dias na cruz. No caso em tela, os judeus, não permitiam que se conservasse um criminoso na cruz no dia de sábado, pois consideravam um desrespeito à santidade do dia de repouso. "De acordo com o costume, quebravam as pernas dos criminosos depois de os haverem removido da cruz, deixando-os estendidos no chão, até que o sábado passasse. Depois do sábado haver passado, sem dúvida esses dois corpos foram outra vez amarrados na cruz, e lá ficaram diversos dias até morrerem..."
Se era necessário quebrar as pernas aos dois malfeitores, antes do pôr do Sol, é porque não haviam morrido ainda. Na pior das hipóteses viveram ainda, pelo menos, um dia a mais que o Mestre. Como podia, um deles, estar no mesmo dia junto de Jesus?
3.ª - Há traduções bem autorizadas que vertem o texto de Lucas 23:43 de forma a harmonizá-lo com o teor da Bíblia a respeito do galardão no reino, quando Jesus voltar. E vamos citá-las:
a) Tradução Trinitariana, em português, editada em 1883, pela "Trinitarian Bible Society" de Londres. Diz: "Na verdade te digo hoje, que serás comigo no Paraíso."
b) Emphasized New Testament, de Joseph Bryand Rotherham, impresso em Lodres, em 1903, assim reza: "Jesus! Lembra-te de mim na ocasião em que vieres no teu reino. E Ele disse-lhe: Na verdade, digo-te neste dia: Comigo estarás no Paraíso."
c) The New Testament, de George M. Lamsa, de acordo com o texto Oriental, traduzido de fontes originais aramaicas, diz: "Jesus lhe disse: Na verdade te digo hoje, estarás comigo no Paraíso."
d) A chamada Concordant Version, em inglês assim traduz: "E Jesus lhe disse: Na verdade a ti estou dizendo hoje, comigo estarás no Paraíso."
e) Um manuscrito importante. Trata-se de um famoso manuscrito curetoniano da Versão Siríaca, existente no Museu Britânico. Assim reza: "Jesus lhe disse: Na verdade te digo hoje, que comigo estarás no Jardim do Éden."
E há mais ainda: o comentário da Oxford Companion Bible, que diz: "'Hoje' concorda com 'te digo' para dar ênfase à solenidade da ocasião; não concorda com 'estará'". E no Apêndice n.º 173, o famoso Oxford Companion Bible, esclarece:
"A interpretação deste versículo depende inteiramente da pontuação, a qual se baseia toda a autoridade humana, pois os manuscritos gregos não tinham pontuação alguma até o nono século, e mesmo nessa época somente um ponto no meio das linhas, separando cada palavra... A oração do malfeitor referia-se também àquela vinda e àquele Reino, e não a alguma coisa que acontecesse no dia em que aquelas palavras foram ditas." E conclui o mesmo comentário, no final do mesmo Apêndice: "E Jesus lhe disse: 'Na verdade te digo hoje' ou neste dia quando, prestes a morrerem, este homem manifestou tão grande fé no reino vindouro do Messias, no qual só será Rei quando ocorrer a ressurreição - agora, sob tão solenes circunstâncias, te digo: serás comigo no Paraíso."
E a expressão "hoje" ligada ao verbo não é redundante, mas enfática. É comum na Bíblia. Leiam-se, por exemplo, Deuteronômio 20:18; Zacarias 9:12; Atos 20:26, entre outros.
A conclusão fatal é que Lucas 23:43 é um falso pilar em que se ergue a teoria da imortalidade inata no homem e seu imediato galardão post mortem...
(Fonte - A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., pág. 252; 255.)