sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Terra "jovem"

por Michelson Borges

Existem evidências de que a Terra não tenha os bilhões de anos que lhe são atribuídos pela geologia convencional?

Sim. E os geocronômetros alternativos demonstram isso (os que cito baixo estão publicados em meu livro A História da Vida (Casa).Radiohalos de Polônio. É interessante notar que o comportamento dos elementos radioativos nem sempre promove, em todos os casos, a idéia de uma Terra extremamente antiga, como querem os evolucionistas. R. V. Gentry, incontestável perito mundial em halos radioativos, percebeu isso. Os radiohalos (ou halos radioativos) correspondem a microscópicas feições encontradas preferencialmente em biotita, um dos minerais essenciais das rochas graníticas. Essas minúsculas estruturas são originadas pela emissão de partículas alfa, a partir de um pequeno grão de material radioativo. No seu trajeto, essas partículas danificam a porção mineral circunjacente. Tendo em vista o contínuo processo de desintegração radioativa de “pai” para “filho”, partículas alfa com energias ou velocidades diferenciadas são produzidas, gerando então uma estrutura equivalente a várias esferas concêntricas, cujo centro conteria o referido grão radioativo.Segundo o próprio Gentry, sua maior descoberta foi verificar a presença de radiohalos de Polônio, de origem primária, em granitos pré-cambrianos (0,6 a 4,6 bilhões de anos). Acrescentando-se à descoberta o fato de que os halos radioativos só são preservados a temperaturas inferiores a 300°C, chegou a seguinte conclusão: os granitos “pré-cambrianos” foram criados a baixa temperatura e de maneira praticamente instantânea, afinal, a meia-vida do Polônio218 é de apenas três minutos! A evidência era tão grande que Gentry passou a considerar-se criacionista.Gentry descobriu que os granitos tiveram de ser criados de forma rápida e à frio. Para o pesquisador, o granito “pré-cambriano”, ou embasamento cristalino primordial da crosta terrestre, teria sido criado por Deus no primeiro instante (tempo inferior a três minutos) do primeiro dia da criação, há cerca de 6 mil anos. Enfraquecimento do campo magnético terrestre. Existe ainda um outro geocronômetro um tanto diferente, porém, muito importante. Baseia-se na intensidade do campo magnético da Terra. Esta evidência é encontrada em um estudo feito pelo Dr. Thomas G. Barnes, professor de Física na Universidade do Texas, em El Paso. O Dr. Barnes é autor de muitos artigos nos campos de física atmosférica, e de um livro-texto amplamente usado nas universidades acerca de eletricidade e magnetismo. Ele diz que a intensidade do campo magnético (isto é, o seu momento magnético) tem sido medida cuidadosamente durante 135 anos; e também tem sido demonstrado, através de estudos analíticos e estatísticos, que ele está declinando exponencialmente durante esse período com uma meia-vida bastante provável de 1.400 anos. Isso significa que o campo magnético terrestre era duas vezes mais forte há 1.400 anos do que agora, quatro vezes mais forte há 2.800 anos, e assim por diante. Assim, há sete mil anos ele deveria ser 32 vezes mais forte do que agora. É quase inconcebível que ele pudesse jamais ter sido mais forte do que isso. Assim, há 10 mil anos, a Terra teria um campo magnético tão forte quanto o de uma estrela magnética! E isso é totalmente impossível.As estrelas magnéticas têm processos termonucleares com que estabelecem e mantêm campos magnéticos com essa intensidade, mas a Terra não conta e nunca contou com essa fonte energética. O Dr. Barnes demonstra, sem sombra de dúvida, que a única fonte possível para o magnetismo da Terra devem ser as correntes elétricas que circulam livremente em seu núcleo férreo. As correntes elétricas, porém, precisam fluir contra alguma resistência, e tal resistência gera calor, que então é dissipado através do meio circundante, e se perde. Tais correntes devem decair gradualmente por causa dessa perda de calor e isto é a razão para o declínio do seu campo magnético induzido.Assim, dez mil anos parece ser o limite máximo para a idade da Terra, de acordo com o declínio atual do seu campo magnético. Quaisquer objeções a esta conclusão precisam ser baseadas na rejeição do mesmo pressuposto uniformitarista – de que o presente seria a chave do passado – que os evolucionistas desejam manter e empregar em qualquer processo através do qual possam, assim, chegar a uma idade avançada para a Terra.Poeira lunar. Para muita gente a Lua tem aproximadamente a mesma idade do planeta ao redor do qual orbita. Se for assim, podemos dizer que ambos – Terra e Lua – são mais novos do que se pensa. Quando a NASA (Agência Espacial Norte-Americana) preparava o módulo que iria pousar pela primeira vez na Lua, equiparam-no com pés providos de grandes pratos, no centro dos quais havia um pino. O propósito de pés tão estranhos – semelhantes às pontas das hastes usadas pelos esquiadores – era manter o módulo lunar estável ao pousar. Os cientistas da NASA acreditavam que havia uma grossa camada de poeira na superfície da Lua, afinal, durante supostos bilhões de anos o satélite estivera recebendo todo tipo de detritos do espaço. E como praticamente não há erosão na atmosfera rarefeita da Lua, a poeira deveria estar lá. A grande surpresa veio quando, em 1969, o módulo Eagle pousou na superfície solar, oscilando levemente. Logo em seguida, o astronauta Neil Armstrong pisou a superfície cinzenta. Seus pés afundaram poucos milímetros. Onde estava espessa camada de poeira?(Poeira espacial interplanetária é continuamente depositada na superfície da Lua numa média de mais de 14.300.000 toneladas por ano. Caso a Lua tivesse realmente os quase cinco bilhões de anos a ela atribuídos, deveria haver lá uma camada de 132 a 297 metros. No entanto, verificou-se que essa camada de poeira vai de 0,5 a 8 centímetros, o que daria uns 7 a 8 mil anos para o nosso satélite natural, aponta o geofísico e astrofísico Dr. Harold S. Slusher.)O encolhimento do diâmetro solar também provê uma evidência à respeito da idade do Sistema Solar que deve ser considerada. Desde 1836, mais de cem observadores diferentes do Observatório Naval dos Estados Unidos e do Observatório Real de Greenwich tiraram medidas visuais diretas que mostram que o diâmetro do Sol está encolhendo a uma média de 1,52m por hora (o que é quase imperceptível, devido a seu tamanho). Os registros de eclipses solares sugerem que esse relativamente rápido encolhimento tenha acontecido pelo menos nos últimos 400 anos. Até onde os pesquisadores conhecem, essa média tem sido constante desde a “formação” do Sol. Utilizando as informações mais conservadoras, parece que o Sol teria o dobro de seu tamanho atual há 100 mil anos. Há 20 milhões de anos, a superfície solar estaria tocando a Terra. Os especialistas concluíram que há “apenas” 1 milhão de anos ou menos o Sol teria sido tão grande que não poderia ter existido vida no planeta; e, portanto, não poderia ter havido evolução biológica alguma. Argumentar que esse encolhimento solar pode ter sofrido variações ao longo dos milênios é negar, uma vez mais, o princípio evolucionista de que “o presente seria a chave do passado”. É bem verdade que existem ainda algumas coisas difíceis de se explicar. Por exemplo: os grandes canyons. Dizem que seriam necessários milhões de anos para que se formassem. Dinossauros: os métodos de datação podem estar errados quanto à idade dos fósseis, mas como explicar sua extinção súbita? Muitas dessas dúvidas, no entanto, podem ser solucionadas quando consideramos um evento que alguns têm por lenda: o Dilúvio de Gênesis. Mas esso é outro assunto.
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