segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Natureza Humana de Cristo

A natureza humana de Jesus tem se tornado uma questão de controvérsia para muitos cristãos. Afinal, que natureza humana possuía Jesus? Pecaminosa ou sem pecado? Existem duas posições quanto à natureza de Jesus:
1) A posição pré-lapsariana (do latim lapsus, que significa errar) - (anterior ao erro)
2) A posição pós-lapsariana (posterior ao erro)
Os que defendem a posição (pré-lapsariana) afirmam que Jesus possuía a natureza humana semelhante a de Adão antes do pecado. Uma natureza livre de pecado, sem propensão para pecar.

- Não havia em seu ser a mancha da corrupção do pecado.
- Não havia em sua natureza a propensão para pecar. Isso não quer dizer que Jesus estava livre da possibilidade de pecar. Adão não possuía propensão para pecar e pecou.
- Foi gerado pelo Espírito Santo; o qual bloqueou a ação da mácula do pecado.
- Foi tentado como Adão, como qualquer pecador, mas escolheu não pecar.
- Por ter vivido uma vida sem pecado e sem pecar foi nosso substituto legal, pagando o preço requerido pela transgressão da Lei de Deus.
O Problema, segundo os contrários a essa posição, é que Jesus tinha a vantagem de ser perfeito, e, assim, não poderia ser nosso exemplo. Para eles, Jesus possuía a natureza de Adão depois do pecado.
- Jesus possuía uma natureza pecaminosa, com propensão para pecar.
- Jesus, para ser nosso substituto, teria que começar exatamente onde o pecador começa.
- Jesus demonstraria que seria possível viver uma vida sem pecar, assim seria o nosso verdadeiro exemplo de obediência.
- A última geração sobre a terra demonstraria que o homem seria capaz de obedecer a Lei de Deus, e viveria sem pecar, porque pecado é transgressão da lei.
Encontramos algumas dificuldades com estas afirmações:
- Se Jesus tinha uma natureza ESPIRITUAL pecaminosa, se Ele era IGUAL a nós em todos os aspectos FÍSICO e ESPIRITUAL, então estaria na mesma condição que o pecador; necessitaria de um SALVADOR.
- Se Ele necessitasse de um salvador não poderia salvar o pecador.
O maior problema com a posição pós-lapsariana está no perfeccionismo. Se Jesus nasceu IGUAL a nós em todos os aspectos e conseguiu viver sem pecar, então o pecador, pelo poder de Jesus, poderá viver também.
- A última geração não será prova de que Adão poderia obedecer a Lei de Deus, porque a questão do grande conflito entre Deus e satanás não era se o pecador poderia ser obediente, mas se Adão poderia viver sem pecar. Jesus já provou diante do universo que Adão poderia escolher não pecar.
- Se realmente Deus requer ausência completa de qualquer ato de pecado na vida do cristão, não seria curioso o fato de não ter havido, na história do cristianismo, um cristão que vivesse sem pecado?
- Deus requer obediência, Jesus veio ao mundo para resolver o problema da natureza do pecado que motiva o pecador a pecar. O cristão só ficará livre do pecado quando passar pela:
Ø Justificação – Salvo da penalidade do pecado – Quando o cristão aceita a Jesus como salvador.
Ø Santificação – Salvo do poder do pecado – Quando o cristão permanece em comunhão com Cristo - Ainda o cristão é pecador sujeito a pecar. O apóstolo João diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um dvogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. (1 João 1:9-10; 2:1). O fato de sermos propensos a pecar não nos dá o direito de vivermos na prática do pecado. Lembrando que pecado não é só transgressão da lei, “Mas aquele que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado” (Tiago 4:17).
Não podemos desanimar quando pecamos
A pena da inspiração, fiel a sua tarefa, conta-nos os pecados em que caíram Noé, Ló, Moisés, Abraão, Davi e Salomão, e que mesmo o forte espírito de Elias sucumbiu ante a tentação durante sua terrível prova. A desobediência de Jonas e a idolatria de Israel são fielmente relatadas. A negação de Cristo por parte de Pedro, a viva contenda entre Paulo e Barnabé, as falhas e fraquezas dos profetas e dos apóstolos, todas são expostas. ... Ali se acha diante de nós a vida dos crentes, com todas as suas faltas e loucuras, o que visa uma lição a todas as gerações que os seguissem. Houvessem eles sido isentos de fraquezas, teriam sido mais que humanos, e nossa natureza pecaminosa desesperaria de atingir nunca a tal grau de excelência. Vendo, porém, onde eles lutaram e caíram, onde se animaram outra vez e venceram mediante a graça de Deus, somos animados e induzidos a avançar e passar por cima dos obstáculos que a natureza degenerada nos coloca no caminho. (Vidas que Falam MM 1971, p.368)
Deus declara: "Não há um justo, nem um sequer." Rom. 3:10. Todos têm a mesma natureza pecaminosa. Todos são suscetíveis de cometer erros. Ninguém é perfeito. O Senhor Jesus morreu pelos que erram, a fim de que fossem perdoados. Não é nossa obra condenar. Cristo não veio para condenar, mas para salvar. Manuscrito 31, 1911.
Ø Glorificação – Salvo da presença do pecado – se dará por ocasião da volta de Jesus, quando o Cristão for transformado de corpo pecaminoso, corruptível para um corpo incorruptível. Estes três estágios são atos de Deus.
Jesus SEMELHANTE ou IGUAL ao pecador? Romanos 8:3 – Deus enviou Seu Filho “em semelhança de carne pecaminosa”
Em SEMELHANÇA por que não IGUAL?
Significado de homoioma (semelhança) Jesus possuía características de distinção, mas não de diferença Nenhum dicionário grego apresenta estas expressões no sentido de “igual”

A NATUREZA DE CRISTO NA BÍBLIA:
Cor. 5:21 – “não conheceu pecado”
Isa 53:12 – foi a oferta pelo pecado
João 1:29 – cordeiro que tira pecados
I Ped. 1:19 – Nele não existe pecado
Heb. 9:14 – sem mácula
2 Cor. 5:21 – “não conheceu pecado”
Isa 53:12 – foi a oferta pelo pecado
João 3:5 – “Nele não existe pecado”
João 14:30 – Satanás nada tem Nele
João 8:46 – Ninguém Lhe convence de pecado
Heb. 7:26 – “inculpável, sem mácula”
Mar. 1:24 – “Santo de Deus”

Ellen White diz:“Cristo é chamado o segundo Adão. Em pureza e santidade, unido com Deus e amado por Deus, Ele começou onde o primeiro Adão começou. Ele cruzou o chão onde Adão caiu, e redimiu o fracasso de Adão.” “The Second Adam,” Youth’s Instructor, 2 de junho de 1898.
“Ele venceu Satanás na mesma natureza sobre a qual no Éden Satanás obteve a vitória.” “After the Crucifixion,” Youth’s Instructor, 25 de abril de 1901.
“Ele devia tomar Sua posição como cabeça de humanidade ao tomar a natureza, mas não a pecaminosidade do homem.” “God’s Purpose for Us,” Signs of the Times, 29 de maio de 1901.
“Sede cuidadosos, excessivamente cuidadosos quanto a como vos ocupais com a natureza humana de Cristo. Não o coloqueis diante do povo como um homem com as propensões do pecado. “Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado puro, impecável, sem uma mancha de pecado sobre si; ele era a imagem de Deus... Jesus... poderia ter caído, mas nem por um momento existiu nEle uma propensão má... “Nunca, de forma alguma, deixe a mais leve impressão sobre as mentes humanas que uma mancha de corrupção, ou inclinação para a corrupção apegou-se a Cristo, ou que Ele de alguma forma cedeu à corrupção... SDABC, V:1128, 1129.
Destas citações infere-se que Cristo é o segundo Adão e como tal era diferente de nós, não possuindo a mácula do pecado, natural a nós desde que somos gerados (Salmo 51:5).
Ele era isento das tendências carnais e pecaminosas que marcam a nossa vida.
Para Ellen G. White, expressões como “pecaminosidade do homem,” “propensões para corrupção,” “mancha de corrupção,” “propensão má,” e “propensões do pecado,” são, nesse contexto, mais ou menos equivalentes. Nenhuma destas coisas se fez presente em Jesus.
NATUREZA HUMANA PECAMINOSA SE REFERE À FRAGILIDADE FÍSICA DE JESUS
“Ele era incontaminado pela corrupção, um estranho ao pecado [condição Moral]; contudo orava, e freqüentemente com grande clamor e lágrimas. Orava por Seus discípulos e por Si mesmo, identificando-Se assim com nossas falhas que são tão comuns à humanidade. [condição Física].
“Era um poderoso intercessor, não possuindo as paixões de nossa natureza humana caída [condição moral], mas rodeado das mesmas fraquezas, tentado em tudo como nós [condição física]. Jesus suportou a agonia que requeria ajuda e apoio de Seu Pai [condição física].” Testimonies for the Church, II:508, 509.
“Ao tomar sobre Si mesmo a natureza do homem em Sua condição caída [condição física], Cristo não teve a mínima participação em seu pecado [condição moral].
“Não deveríamos ter nenhuma dúvida com respeito à perfeita impecabilidade da natureza humana de Cristo [condição moral].” SDABC, V:1131.
“Vestido nas vestimentas da humanidade, o Filho de Deus desceu ao nível daqueles a quem Ele desejava salvar. Nele não hávia qualquer mancha ou pecaminosidade ; Ele foi sempre puro e imaculado [condição moral]; entretanto tomou sobre Si nossa natureza pecaminosa [condição física].” “The Importance of Obedience,” Review and Herald, 15/12/1896.
É evidente, nesta citação, que “tomar nossa natureza pecaminosa” não significa, para Ellen G. White, que Ele adquiriu pecaminosidade. Na citação anterior é feita alusão à perfeita impecabilidade da natureza humana de Jesus.
“Ele nasceu sem uma mancha de pecado [condição moral], mas veio ao mundo em maneira igual a da família humana [condição física].” Letter 97, 1898. Cit. End Questions on Doctrine, 657.
“Cristo, que não conhecia o mínimo vestígio de pecado ou contaminação, tomou nossa natureza em seu estado deteriorado.” Mensagens Escolhidas , I:253.
“Ele tomou sobre Sua natureza impecável, nossa natureza pecaminosa.” Medicina e Salvação, 81.
“Estava no plano de Deus que Cristo tomasse sobre Si a forma e natureza do homem caído [condição física].” Spirit of Prophecy, II:39.
“Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado.” [condição física]. O Desejado de Todas as Nações, 33.
No mesmo parágrafo ela afirma que Cristo subordinou-Se à lei da hereditariedade. O conceito chave desta citação é humanidade enfraquecida. “Separada da presença de Deus, a família humana, a cada geração sucessiva, estivera se afastando mais e mais, da pureza, sabedoria e conhecimentos originais, que Adão possuía no Éden”.
“Cristo suportou os pecados e fraquezas da raça humana tais como existiam quando Ele veio à Terra para ajudar o homem. Em favor da raça, tendo sobre Si as fraquezas do homem caído[condição física], devia Ele resistir as tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem seria tentado.” Mensagens Escolhidas, I:267, 268.
Aqui é afirmado que Jesus não veio no vigor de Adão antes da queda. Ele assumiu uma natureza humana enfraquecida física e mental pelo pecado, e venceu o inimigo nesta condição.
“É um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem pecado, Sua natureza recuava do mal.” Testemunhos Seletos, I:220.
“Comandante nas cortes celestiais, Ele Se tornou um com a humanidade, participante de seus sofrimentos e aflições, para que pela representação do Seu caráter em sua imaculada pureza pudessem tornar-se participantes da natureza divina, escapando da corrupção que pela concupiscência há no mundo. E Cristo foi bem aceito também pelos ricos, pois pôde ensinar-lhes como sacrificar suas posses terrestres a fim de ajudar a salvar o ser humano a perecer nas trevas do erro”. Carta 150, 1899.
“Mas ao humilhar-Se assumindo a nossa natureza [condição física]., podia ser tentado. Não assumira nem mesmo a natureza dos anjos, porém a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, mas sem a mácula do pecado.” Cristo Triunfante, p. 207
“Pela transgressão, o mundo se divorciou do Céu. Cristo transpôs o abismo e ligou a Terra ao Céu. Com a natureza humana, manteve a pureza de Seu caráter divino. Viveu a lei de Deus e honrou-a num mundo de transgressão, revelando aos mundos não caídos,..
...ao universo celestial, a Satanás e a todos os caídos filhos e filhas de Adão que, mediante Sua graça, a humanidade pode guardar a lei de Deus! Ele veio partilhar Sua própria natureza divina, Sua própria imagem com a pessoa arrependida e crente”. Manuscrito 20, 1898 (Manuscript Releases, vol. 8, págs. 39-41)
Todos os pecados acumulados do mundo foram postos sobre o Portador de pecados, Aquele que era inocente de todo pecado, Aquele que sozinho podia ser a propiciação pelo pecado, porque era obediente. Sua vida era uma com Deus. Nem uma nódoa de corrupção havia sobre Ele. Manuscrito 42, 1897.
Ao concluirmos este tema podemos perceber claramente que tanto a Bíblia e os escritos de Ellen White afirmam que Jesus possuía ambas as naturezas:
pré-lapsariana - relacionado a sua natureza espiritual, caráter e moralidade.
pós-lapsariana - concernente a sua natureza física relacionado as fraquezas: fome, sede, sono, cansaço e etc.
JESUS é o nosso Senhor e Salvador, assumiu a nossa natureza não para ser igual a nós, mas para salvar-nos do pecado. Deus seja louvado por tão grandioso amor!
Pr Vicente Pessoa.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Terremotos - Tragédias Anunciadas

Seriam as calamidades, que estamos presenciando, sinais da volta de Jesus? O apóstolo Paulo escreveu: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (I Tes. 5:3).
Ao analisarmos este texto entendemos que os sinais, as calamidades, seriam, à principio, pequenos e de intervalo grande, mas ao se aproximar do fim eles seriam grandes e de intervalo pequeno, assim como a dor de parto.

Progressão dos greandes Terremotos
Século 16 – quatro grandes terremotos.
Século 17 – dez grandes terremotos.
Século 18 – dezesseis grandes terremotos.
Século 19 – quarenta e um grandes terremotos com cerca de 350 mil mortos.
Século 20 – até 1997, foram 96 grandes terremotos com cerca de 2.150 milhões de mortos.

"Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo. Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. (Mateus 24:1-7)

E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. (Lucas 21:11)


Esta é a cronologia dos tremores que mais causaram mortes e danos no país asiático desde 1920
16 de dezembro de 1920: 230.000 mortos em terremoto de magnitude 8,5, na província de Gansu (nordeste).
23 de maio de 1927: 41.000 pessoas morrem pelo terremoto de magnitude 8 que atingiu Gansu.
26 de dezembro de 1932: terremoto de magnitude 7,6 provoca 70.000 vítimas, em Gasnu.
5 de janeiro de 1970: 15.621 mortos em um terremoto de magnitude 7,8 na província de Yanuán (sudeste).
11 de maio de 1974: 10.000 pessoas morrem nas províncias de Sichuán e Yunán (sudeste) após tremor de magnitude 7,1.
4 de fevereiro de 1975: 1.300 mortos em um terremoto de magnitude 7,3 em Liaoning (nordeste).
28 de julho de 1976: a cidade industrial de Tangshan (a 200 quilômetros de Pequim) é devastada por um terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter (8,2 segundo fontes americanas). Segundo balanço oficial de Pequim, 242.000 pessoas morreram e 164.000 ficaram gravemente feridos. No entanto, os especialistas ocidentais afirmavam ser 700.000 o número de vítimas.
24 de janeiro de 1981: 150 mortos em um terremoto de magnitude 6,7 no oeste de Sichuán (sudoeste).
23 de agosto de 1985: 67 mortos em um terremoto de 7,4 na região autônoma de Xinjiang (nordeste).
26 de abril de 1990: 126 mortos em um terremoto de 6,9, em Qinghai (nordeste).

3 de fevereiro de 1996: 228 mortos e 3.700 gravemente feridos em terremoto de magnitude 7 próximo à cidade de Lijiang, na província de Yunán (sudeste). Os principais terremotos no ano 2000:
24 de fevereiro de 2003: um violento terremoto de 6,8 provoca 268 mortos no oeste de Xinjiang (nordeste), causando também graves danos materiais.
21 de julho de 2003: um tremor de magnitude 6,2 deixa 16 mortos e 300 feridos na região de Chuxiong (Yunán, sudeste).
26 de novembro de 2005: Centenas de pessoas ficaram feridas e 13 pessoas morrem após terremoto de 5,7 que abala as províncias de Jiangxi (centro-oeste) e Hubei (leste).
23 de julho de 2006: 22 pessoas morrem e 106 ficam feridas em um terremoto de 5,1 em Yunán (sudeste). Mais de seis mil casas são destruídas e 38.000 edifícios danificados.
12 de maio de 2008: Um potente terremoto de magnitude 7,8 graus na escala Richter deixou nesta segunda-feira (12) mais de 12 mil mortos na região central da China, segundo um balanço provisório da agência oficial de notícias “Xinhua”.
Fonte: G1

"É chegado o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. O Espírito de Deus está sendo retirado. Catástrofes por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades!" (Profetas e Reis, p. 277).

"Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo seu poder. Destrói a seara que está a amadurar, e seguem-se fome, angústia. Comunica ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência. Estas visitações devem tornar-se mais e mais freqüentes e desastrosas. A destruição será tanto sobre o homem como sobre os animais' A Terra pranteia e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo. ... Na verdade, a Terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.' Is 24:4, 5" (O Grande Conflito, p. 637-639).-

Os sinais são claros, Jesus está voltando!

sábado, 3 de maio de 2008

Provérbios 22:6 - fórmula infalível?






O livre-arbítrio não nos exime de educar nossos filhos
por Ozeas Cal­das Mou­ra



O tex­to de Pro­vér­bios 22:6, na Ver­são Al­mei­da Re­vis­ta e Atua­li­za­da no Bra­sil, está as­sim tra­du­zi­do: “En­si­na a crian­ça no ca­mi­nho em que deve an­dar, e ain­da quan­do for ve­lho, não se des­via­rá dele.” Este tex­to tem cau­sa­do per­ple­xi­da­de a mui­tos, pois ge­ral­men­te é en­ten­di­do como ga­ran­tin­do que a crian­ça à qual fo­ram en­si­na­das as ver­da­des bí­bli­cas, não se des­via da fé, nem mes­mo na ve­lhi­ce. Mas o fato é que, mui­tas ve­zes, pais fiéis vêem, com o co­ra­ção do­lo­ri­do, seus fi­lhos dei­xa­rem a igre­ja e re­ne­ga­rem as ver­da­des nas quais uma vez cre­ram, a des­pei­to da boa ins­tru­ção dada a eles, des­de os mais ten­ros anos.
Es­ta­ria o tex­to de Pro­vér­bios 22:6 afir­man­do que crian­ças en­si­na­das nas ver­da­des bí­bli­cas não apos­ta­tam? Se as­sim for, onde fi­ca­ria a li­ber­da­de de es­co­lha (e até a de es­co­lher o mal) dada por Deus ao ser hu­ma­no? Que Deus res­pei­ta o di­rei­to de es­co­lha de cada pes­soa, está cla­ro em pas­sa­gens tais como: “Eis que, hoje, Eu po­nho dian­te de vós a bên­ção e a mal­di­ção” (Deut. 11:26); “Vê que pro­po­nho, hoje, a vida e o bem, a mor­te e o mal” (Deut. 30:15); “... te pro­pus a vida e a mor­te, a bên­ção e a mal­di­ção; es­co­lhe, pois, a vida, para que vi­vas, tu e a tua descendência” (Deut. 30:19); “... es­co­lhei, hoje, a quem sir­vais” (Jos. 24:15); “Se qui­ser­des e Me ou­vir­des, co­me­reis o me­lhor des­ta ter­ra. Mas, se re­cu­sar­des e for­des re­bel­des, se­reis de­vo­ra­dos à es­pa­da, por­que a boca do Se­nhor o dis­se” (Isa. 1:19 e 20).Pas­se­mos, en­tão, à aná­li­se de Prov. 22:6. Uma tra­du­ção li­te­ral do he­brai­co fi­ca­ria as­sim: “Ins­trui a crian­ça no iní­cio de seu ca­mi­nho, e quan­do en­ve­lhe­cer não se afas­ta­rá dele.” A que esta­ria se re­fe­rin­do a ex­pres­são pos­ses­si­va “dele” (mi­me­nâ)? Pa­re­ce cla­ro que é ao “ca­mi­nho” (de­rek) da fra­se an­te­rior. Mas qual se­ria o con­teú­do des­sa ins­tru­ção? A res­pos­ta deve ser buscada no con­tex­to do ca­pí­tu­lo 22 de Pro­vér­bios, es­pe­cial­men­te em seus cin­co pri­mei­ros versos. Deve-se aten­tar, an­tes de tudo, que Pro­vér­bios 22 é um tex­to Sa­pien­cial, sen­do caracterís­ti­ca des­se tipo de li­te­ra­tu­ra sua for­te ên­fa­se na con­du­ta ou com­por­ta­men­to do indivíduo. As­sim, o ca­mi­nho do qual a crian­ça ins­truí­da não se afas­ta­ria, é o ca­mi­nho do “bom nome” (Prov. 22:1), da “pru­dên­cia” (22:3), da “hu­mil­da­de”, que leva ao res­pei­to pe­las coi­sas divi­nas (22:4), e do re­ti­rar-se para lon­ge do ca­mi­nho do per­ver­so (22:5). Des­sa ma­nei­ra, o tex­to es­ta­ria di­zen­do que, se des­de a in­fân­cia es­sas vir­tu­des (ho­nes­ti­da­de, pru­dên­cia, hu­mil­da­de) fo­rem en­si­na­das às crian­ças, elas po­de­riam per­du­rar por toda a vida. Pos­si­vel­men­te o que mais atra­pa­lhe a com­preen­são de Pro­vér­bios 22:6, fa­zen­do-o até contra­di­zer ou­tros tex­tos bí­bli­cos so­bre o li­vre-ar­bí­trio dado por Deus aos se­res hu­ma­nos, seja o de to­mar o tex­to pri­mei­ra­men­te e tão so­men­te em sen­ti­do teo­ló­gi­co, ou seja, to­mar o “ca­mi­nho” no qual a crian­ça de­ve­ria an­dar como sen­do o das ver­da­des bí­bli­cas, nas quais de­ve­ria se­guir. Como vis­to no pa­rá­gra­fo an­te­rior, Pro­vér­bios 22:6 deve ser vis­to, pri­mei­ra­men­te, como um tex­to sa­pien­cial, com en­fo­que so­bre re­gras de bom com­por­ta­men­to, que os pais de­ve­riam en­si­nar aos fi­lhos. As­sim, o pri­mei­ro sen­ti­do é éti­co-com­por­ta­men­tal. A TEB (Tra­du­ção Ecu­mê­ni­ca da Bíblia) pa­re­ce ter cap­ta­do bem o sen­ti­do, ao tra­du­zir o ver­so as­sim: “En­si­na bons há­bi­tos ao jovem, em iní­cio de ca­mi­nha­da; não os dei­xa­rá, nem quan­do en­ve­lhe­cer.”Uma pa­la­vra mais so­bre o re­fe­ri­do tex­to. Se al­guém pre­ten­de tomá-lo em sen­ti­do teo­ló­gi­co, com “ca­mi­nho” sig­ni­fi­can­do as ver­da­des bí­bli­cas a se­rem en­si­na­das às crian­ças pe­los pais, deveria fazê-lo to­man­do o ver­bo he­brai­co sa­var (“des­viar”) no sen­ti­do de “evi­tar”, “ces­sar”. Nes­se caso, o tex­to po­de­ria es­tar di­zen­do que uma pes­soa en­si­na­da nas ver­da­des da Pa­la­vra de Deus não con­se­gui­ria “des­viar-se” de­las, no sen­ti­do de “evi­tar” que es­sas ver­da­des lhe ve­nham à men­te, mes­mo vi­ven­do lon­ge de Deus, e não no sen­ti­do de que al­guém en­si­na­do nos ca­mi­nhos de Deus con­for­me con­ta na Bí­blia, está imu­ne à apos­ta­sia. To­ma­do em sen­ti­do teo­ló­gi­co, Provér­bios 22:6 de­ve­ria ser vis­to como um prin­cí­pio ge­ral, para o qual há mui­tas ex­ce­ções, das quais po­de­mos men­cio­nar al­gu­mas: Deus per­deu a ter­ça par­te de Seus fi­lhos (Apoc. 12:4, 7-9); Esaú tor­nou-se im­pu­ro e pro­fa­no, ape­sar da vida de fé vi­vi­da por seu pai Isa­que (Heb. 12:16); os fi­lhos do pro­fe­ta Sa­muel se tor­na­ram cor­rup­tos e não qui­se­ram imi­tar a vida pie­do­sa de seu pai (I Sam. 8:1-5). Po­de­ría­mos di­zer, en­tão, que, se uma crian­ça pro­ce­de cor­re­ta­men­te dian­te de Deus, vi­ven­do de acor­do com Sua von­ta­de, é porque isso lhe foi en­si­na­do des­de nova, e que Provér­bios 22:6 não é uma pro­mes­sa di­vi­na de que uma vez que a crian­ça re­ce­beu as ins­tru­ções da Pa­la­vra de Deus, ela não apos­ta­ta­rá.Ou­tro tex­to que, à se­me­lhan­ça de Pro­vér­bios 22:6, tem sido mal-com­preen­di­do, é o de Jeremias 31:16 e 17: “As­sim diz o Se­nhor: Re­pri­me a tua voz de cho­ro e as lá­gri­mas de teus olhos; por­que há re­com­pen­sa para as tuas obras, diz o Se­nhor, pois os teus fi­lhos vol­ta­rão da terra do ini­mi­go. Há es­pe­ran­ça para o teu fu­tu­ro, diz o Se­nhor, por­que teus fi­lhos vol­ta­rão para os seus ter­ri­tó­rios.” Este tex­to tem sido com­preen­di­do como uma pro­mes­sa de Deus de tra­zer de vol­ta para a igre­ja to­dos os fi­lhos apos­ta­ta­dos cu­jos pais per­ma­ne­ce­ram fiéis. Será que é isso o que o tex­to quer di­zer?Uma re­gra bá­si­ca de in­ter­pre­ta­ção bí­bli­ca é olhar o con­tex­to de qual­quer tex­to da Es­cri­tu­ra, para ver sua apli­ca­ção pri­má­ria. Se olhar­mos o con­tex­to dos ver­sos 16 e 17 de Je­re­mias 31, veremos que eles se re­fe­rem pri­mei­ra­men­te ao ca­ti­vei­ro ba­bi­lô­ni­co. Esse ca­pí­tu­lo tra­ta do jú­bi­lo pela pro­mes­sa de li­vra­men­to do ca­ti­vei­ro, men­cio­na­da no ca­pí­tu­lo an­te­rior (cap. 30). O tex­to de Je­re­mias 31:16 e 17 deve ser ana­li­sa­do à luz de ver­sos como o de Je­re­mias 30:3: “Por­que ... muda­rei a sor­te do meu povo...; fá-los-ei vol­tar para a ter­ra que dei a seus pais, e a pos­sui­rão”, e de Je­re­mias 31:8: “Eis que os tra­rei da ter­ra do Nor­te e os con­gre­ga­rei das ex­tre­mi­da­des da ter­ra.” Numa apli­ca­ção se­cun­dá­ria do tex­to de Je­re­mias 31:16 e 17, po­de­ria se pen­sar na pro­mes­sa de Deus de tra­zer os fi­lhos de pais cris­tãos de vol­ta ao re­dil. Mas isto só po­de­rá ocor­rer se es­tes fi­lhos con­sen­ti­rem com a atua­ção di­vi­na em sua vida e fo­rem re­cep­ti­vos à voz do Es­pí­ri­to San­to. Do con­trá­rio, Deus es­ta­ria vio­len­tan­do o di­rei­to de­les de es­co­lher o bem ou o mal (cf. Deut. 30:15 e 19).Em con­clu­são, pode-se di­zer que Pro­vér­bios 22:6 não de­ve­ria ser en­ten­di­do como ga­ran­tia de que, uma vez en­si­na­da nas ver­da­des da Pa­la­vra de Deus, a crian­ça nun­ca apos­ta­ta­rá de­las. Como já foi men­cio­na­do, o tex­to em alu­são re­fe­re-se, pri­mei­ra­men­te, ao en­si­no de bons há­bi­tos às crian­ças, os quais ten­dem a per­ma­ne­cer por toda a vida.Mas o fato de Deus res­pei­tar o li­vre-ar­bí­trio dado às pes­soas não deve le­var-nos ao des­ca­so quan­to a en­si­nar nos­sos fi­lhos nos ca­mi­nhos de Deus. Cer­ta­men­te, eles só po­de­rão op­tar pelo bem se este lhes for en­si­na­do, pois to­dos nas­ce­mos maus (cf. Efés. 2:3). Mas, após o en­si­no do bem, nos­sos fi­lhos é que de­vem to­mar sua de­ci­são, para o bem ou para o mal, e Deus a res­pei­ta. Para to­dos, pais e fi­lhos, as pa­la­vras di­vi­nas de Isaías 55:6 e 7 con­ti­nuam mui­to atuais: “Bus­cai o Se­nhor en­quan­to se pode achar, in­vo­cai-O en­quan­to está per­to. Dei­xe o per­ver­so o seu ca­mi­nho, o iní­quo, os seus pen­sa­men­tos; con­ver­ta-se ao Se­nhor, que Se com­pa­de­ce­rá dele, e vol­te-se para o nos­so Deus, por­que é rico em per­doar.”



Ozeas Cal­das Mou­ra - Editor da Casa Publicadora Brasileira
Fonte: Revista Adventista, 2002, Casa Publicadora Brasileira