segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Igreja adventista apoia o homossexualismo?

Como a Igreja considera o movimento gay intitulado “Seventh-day Adventist Kinship” supostamente apoiado pela Igreja com ajuda financeira, e por ter link nas páginas oficiais da Igreja? E também a entidade “God´s Rainbow” da mesma natureza?
RESPOSTA:
A Igreja Adventista não apóia de forma alguma nenhum movimento que defenda ou promova o homossexualismo. Notícias que afirmam o contrário são tendenciosas e irresponsáveis. A posição oficial da Igreja, reafirmada em voto do Concílio Anual da Associação Geral, que é a voz autorizada da Igreja para o mundo todo, é clara e insofismável a respeito da prática do homossexualismo.
Eis o texto completo:
Declaração Sobre a Posição Adventista do Sétimo Dia Quanto a Homossexualidade:
“A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece que cada ser humano é precioso à vista de Deus, e assim buscamos ministrar a todos os homens e mulheres no espírito de Jesus. Cremos também que, pela graça de Deus e com o ânimo da comunidade da fé, uma pessoa pode viver em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. Os adventistas do sétimo dia crêem que a intimidade sexual é apropriada unicamente no relacionamento conjugal entre homem e mulher. Esse foi o desígnio estabelecido por Deus na Criação. As Escrituras declaram: ‘Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne’ (Gênesis 2:24). Esse padrão heterossexual é confirmado em todas as Escrituras. A Bíblia não faz ajustes para a atividade ou relacionamentos homossexuais. Os atos sexuais praticados fora do círculo de um casamento heterossexual estão proibidos (Levítico 20:7-21; Romanos 1:24-27; I Coríntios 6:9-
11). Jesus Cristo reafirmou o propósito da criação divina quando disse: ‘Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? ... Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem’ (Mateus 19:4-6). Por esse motivo os adventistas do sétimo dia opõem-se às práticas e relacionamentos homossexuais.
Os adventistas do sétimo dia empenham-se por seguir a instrução e o exemplo de Jesus. Ele afirmou a dignidade de todos os seres humanos e estendeu a mão compassivamente a todas as pessoas e famílias que sofriam as conseqüências do pecado. Ele ofereceu um ministério solícito e proferiu palavras de conforto às pessoas que enfrentavam dificuldades, embora fizesse distinção entre Seu amor pelos pecadores e Seus claros ensinos sobre as práticas pecaminosas.” –
Concílio Mundial da Associação Geral – Outubro de 1999.
No Concílio Anual de 1987, outro documento foi promulgado, concernente à posição da Igreja sobre a conduta sexual.

Eis do texto: CONCÍLIO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO GERAL 12 de outubro de 1987
Deus, em seu infinito amor e sabedoria, criou homem e mulher, e os 16 fez com base no firme fundamento de lares e famílias ligados pelos laços do amor. É propósito de Satanás, porém, perverter toda coisa boa, e a perversão do melhor conduz inevitavelmente para o que é pior. Sob a influência da paixão desvinculada de princípios morais e religiosos, a associação dos sexos temse degenerado, lamentavelmente, em licenciosidade e abuso, os quais resultam em scravidão. Com a ajuda de muitos filmes, televisão, vídeos, programas de rádio e materiais impressos, o mundo está sendo guiado para novas profundezas de vergonha e depravação. Não é só a estrutura da sociedade que está sendo danificada, mas também a derrocada da família tem trazido outros males terríveis. O resultado em vidas de crianças e jovens desorientadas e confusas desperta nossa piedade, e os efeitos não são apenas desastrosos, mas também acumulativos. Estes males têm-se tornado mais intensos e constituem uma séria e crescente ameaça aos ideais e propósitos do lar cristão. Práticas sexuais, que são contrárias à vontade de Deus como o adultério, sexo pré-marital, comportamento sexual obsessivo, abuso sexual do cônjuge, abuso sexual de crianças, incesto, práticas homossexuais (gays e lésbicas), e brutalidades que são perversões óbvias do plano original de Deus, têm sido o resultado dessa atual situação. Como pode ser visto claramente nas seguintes passagens das Escrituras (Ver Êxo. 20:14; Lev. 18:22, 23, 29 e 20:13; Mat. 5:27 e 28; I Cor. 6:9; I Tim. 1:10; Rom. 1:20-32), essas
práticas são condenadas, mas estas advertências são rejeitadas e trocadas por opiniões humanas. Desta forma muita incerteza e confusão prevalecem. Isto é o que Satanás deseja. Ele sempre quer fazer com que as pessoas esqueçam que Deus é o Criador e fez Adão, e que Ele também criou Eva para ser a companheira, mulher, de Adão. “Homem e mulher Ele os criou” (Gên. 1:24). Apesar das claras declarações bíblicas sobre os padrões morais, o mundo hoje está testemunhando o 17 ressurgimento das perversões e depravações que marcaram as civilizações antigas.
Os resultados degradantes da obsessão desta era com o sexo, e a busca do prazer sensual, são claramente descritos na Palavra de Deus. Mas Cristo veio para destruir o trabalho do diabo e restabelecer a correta relação dos seres humanos entre si, e com o seu Criador. Assim, embora em Adão todos tenham caído, e se tornado cativos do pecado, os que se voltarem para Cristo em
arrependimento receberão o perdão, e terão escolhido o melhor caminho, o caminho darestauração completa. Por meio da cruz, o poder do Espírito Santo no “interior do homem”, e nutridos pelo ministério da Igreja, todos podem ser libertados do poder das perversões e práticas pecaminosas. A aceitação da graça de Deus conduz inevitavelmente o crente a um
tipo de vida e de conduta que está de “acordo com a doutrina de nosso Deus e Salvador” (Tito 2:10). Também a Igreja deve exercer a firme e amorosa disciplina com o membro que desrespeitar o Salvador e os princípios de conduta da vida cristã.
A Igreja reconhece a penetrante verdade e o poder motivador das palavras de Paulo para Tito:
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens. Ensinando-nos que, renunciando a impiedade e as concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nós para
nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tito 2:11-14). (Ver também II Pedro 3:11-14). – Concílio Anual da Associação Geral – 12 de outubro de 1987.
Com respeito à entidade “Seventh-day Adventist Kinship International”, que advoga a prática do homossexualismo, e que congrega jovens e adultos que se desviaram dos princípios morais da Igreja para esse tipo de vida, nada tem a ver com a organização adventista, e dela não recebe nenhum tipo de apoio, nem moral nem financeiro. A própria entidade declara isso em seu “site”:
SDA Kinship & SDA Church “What is the relationship between the Seventh-Day Adventist Church and SDA Kinship International, Inc.? Seventh-day Adventist Kinship International has no formal connection with the Seventh-day Adventist Church. SDA Kinship does not receive
support in any form from the General Conference of Seventh-day Adventists or its constituent churches. In 1987 the Seventh-day Adventist Church filed legal action with the State of California in an attempt to keep SDA Kinship from using the name ‘Seventh-day Adventist’ or ‘SDA’ in its name. On October 3, 1991 United States District Judge Mariana R. Pfaeizer ruled that Seventh-day Adventist Kinship International, Inc. did not infringe on the SDA Church´s use of the name and therefore could continue to use the identifying characteristic ‘Seventh-day Adventist’ and ‘SDA’ in their name.”
Tradução em Português
SDA Kinship e a Igreja Adventista “Qual é a relação entre a Igreja Adventista do Sétimo dia e a ‘SDA Kinship International’? “A ‘SDA Kinship International’ não tem nenhuma conexão formal
com a Igreja Adventista do Sétimo Dia ou com suas igrejas locais. Em 1987 a Igreja Adventista do Sétimo Dia entrou com uma ação legal no Estado da Califórnia na tentativa de impedir que a SDA Kinship continuasse usando o nome ‘Seventh-day Adventist’ ou ‘SDA’. Em 3 de outubro de 1991 a juíza Mariana R. Pfaeizer decidiu que a ‘Seventh-day Adventist Kinship International’ não estava infringindo a lei ao usar o nome da Igreja Adventista, e portanto podia continuar usando o nome ‘Seventh-day Adventis’ e ‘SDA’ em seu nome.”
E por que, então, o endereço do “site” dessa entidade está no “Adventist Conection”, site pertencente à Andrews University, da Igreja Adventista? A razão são as rígidas leis americanas contra qualquer tipo de discriminação contra grupos ou indivíduos. Como o “Adventist Conection” é um site que inclui as entidades que, de alguma maneira se relacionam com os adventistas, nem que seja só no nome, a exclusão da referida entidade pode trazer imprevisíveis
conseqüências jurídicas. Conforme o texto da entidade transcrito no início, a Igreja abriu uma
ação jurídica para impedir o uso do nome Adventista por essa entidade. Se a Igreja tivesse ganho a causa seria mais fácil tirar o respectivo site da lista da Andrews.
Como a juíza deu ganho de causa à referida entidade, como tirá-la da lista do site “Adventist Conection”, sem uma ação da justiça por parte da dita entidade? Devemos compreender e reconhecer os problemas próprios de cada país, antes de nos apressarmos em condenar ou acusar levianamente. No site “Adventist Conection”, da Andrews, e que contém a lista das
entidades relacionadas, há o seguinte esclarecimento: “Nem todas as entidades listadas aqui são aprovadas pela Igreja Adventista. Esta lista pretende ser apenas um documento de referência, e não implica em nenhuma espécie de apoio nem da Igreja Adventista e nem da Andrews Uiversity”.
Aqui e ali, um indivíduo ou outro, obreiro ou leigo, ou uma congregação ou outra, pode emitir opinião particular que destoe da posição oficial da Igreja como um todo. Isso é possível, principalmente nos Estados Unidos onde a liberdade de expressão garante o direito dos dissidentes de dizer o que querem. Mas uma coisa deve ficar absolutamente clara: A posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre conduta sexual, oficialmente, e para todo o mundo está exarada na Bíblia, no Espírito de Profecia, no Manual da Igreja, e declarada explicitamente
nos documentos votados pelo Concílio Anual da Associação Geral, e acima apresentados. Qualquer outra afirmação, por grupos ou indivíduos dissidentes, ou por uma ou outra igreja local, ou por indivíduos que mantêm posições liberais a respeito desse assunto, não representa a posição oficial da Igreja, a qual se encontra nos documentos citados.

Pr Tércio Sarli

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