Muitos que já visitaram o túmulo da família White nos EUA puderam ver um obelisco construído ali. Em que circunstâncias ele foi construído? Tinha a família White alguma ligação com a maçonaria ou com a adoração ao sol?
Através da mediação do Dr. Renato Stencel, diretor do Centro White no Brasil, recebemos uma resposta oficial do White Estate (EUA) sobre essa questão: as pessoas importantes dos EUA, no século XIX, eram geralmente homenageadas após sua morte, com a construção de um obelisco em seus túmulos.
Eis a resposta recebida:
Algumas pessoas manifestaram surpresa e preocupação ao encontrar um monumento em forma de obelisco no lote da família de Tiago e Ellen G. White devido à ligação do obelisco com o culto pagão do Egito e de outras associações questionáveis.
Evidentemente, porém, muitas pessoas no século XIX, não achavam que isso era um problema. Os adventistas da época parecem estar entre elas. Recentemente, encontramos correspondência relativa a esta questão entre as cartas de George I. Butler, que era presidente da Conferência Geral quando Tiago White morreu em 1881 e por vários anos depois. Em 12 de fevereiro de 1884, o irmão Butler escreveu a Sra. White:
"O monumento de granito escuro de a.C. que você examinou eu encomendei para a sepultura do seu marido na semana passada a convite de seu filho Willie. Ele me disse para cobrá-lo de você. Lamento fazer isto enquanto o dinheiro encontra-se no seu escritório, o qual amigos contribuíram para mostrar-lhe respeito pela sua memória. Willie expressou-me o desejo de colocar esse dinheiro no Conselho da Missão Européia, mas penso não estar autorizado a fazê-lo sem o seu consentimento. Há cerca de US$ 170 agora no escritório para esse objetivo e mais, que está assinado o qual será depositado se for pedido".
Isto indica que tanto a Sra. White quanto Willie White tinham visto o monumento, e Willie White deu a aprovação ao irmão Butler para comprá-lo. Uma carta do irmão Butler a Willie White em 10 de fevereiro daquele ano discute o preço do monumento "com a pedra comemorativa e outras pedras" e diz que "será erigido logo que você remeta a inscrição". É claro que a família White esteve envolvida na seleção do monumento.
Vinte anos depois, em 1904, a Sra. White escreveu sobre uma sugestão diferente para o monumento de Tiago White:
"Depois que meu marido tinha sido guardado na sepultura, os seus amigos pensaram em erguer um obelisco [shaft] quebrado como um monumento. 'Nunca!' disse eu, 'nunca!'. Ele fez, sem ajuda, o trabalho de três homens. Nunca um monumento quebrado será colocado sobre sua sepultura!"
Podemos apenas supor, mas pode ser que, em contraste com a sugestão, ela estava muito contente por ter um monumento simétrico e bem construído, colocado no jazigo da família.
Alguns têm perguntado sobre a suposta conexão do monumento com a maçonaria. Vendo o obelisco no jazigo da família, alguns até supuseram que a senhora White deve ter se envolvido com o movimento maçônico. Isto é uma conclusão injustificada. A senhora White foi uma franca oponente da maçonaria. Enquanto ela esteve na Austrália, ela exibiu sinais secretos de altos maçons, que ela fez na presença de um obreiro adventista que estava profundamente envolvido com a maçonaria. Ela incitou-o a romper sua conexão com a maçonaria. Ela também aconselhou outros a não estar envolvidos com ordens maçônicas.
Então, por que um obelisco? Evidentemente Ellen White não o considerou inerentemente como um símbolo maçônico ou pagão, apesar do fato (se conhecido por ela ou não) que os maçons e os adoradores do sol o tenham usado. Os símbolos significam o que as pessoas os tomam para significar. A própria cruz foi uma vez um símbolo horroroso de opressão romana e crueldade, mas hoje os cristãos ao redor do mundo o mantêm como um símbolo da nossa redenção por Cristo. Os símbolos podem mudar seu significado.
Quando Tiago White começou a publicar a Review como uma publicação quinzenal (ficou semanal em setembro de 1853), junto com a data da publicação ele logo deu o nome padrão do dia da semana na qual foi publicada, ou na segunda-feira ou na quinta-feira (o dia da publicação variou um pouco naquele tempo). Logo, contudo, ele fez uma modificação. A edição publicada em “Quinta-feira, 12 de maio de 1853,” foi seguida duas semanas depois por aquela publicada em “o Quinto dia, 26 de maio de 1853.” Durante várias décadas a revista indicou seu dia de publicação diferentemente como "o Quinto dia" e "o Terceiro dia" (durante a Terça-feira), ao que parece pela preocupação sobre os dias terem sido chamados por nomes de deuses pagãos. Na edição de primeiro de janeiro de 1880, contudo, a Review voltou a utilizar os nomes padrãos.
Aparentemente nossos pioneiros decidiram desde então que o uso daqueles nomes não comprometeria sua fé. Ninguém que usa aqueles nomes hoje faz qualquer referência devota aos deuses pagãos. Os nomes simplesmente não simbolizam aqueles deuses para as pessoas hoje, apesar do que eles podem ter significado uma vez. Semelhantemente, qualquer significado oculto uma vez pode ter sido comunicado por um obelisco, pelo que eu saiba, no século XIX, pelo menos, este significado parece não mais estar em vigor para o povo em geral, embora ele tenha contínua importância mística para os maçons. Claramente, entretanto, a Sra. White não mantinha tais crenças.
William A. Fagal
Tradução: Minuto Profético