sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Halloween
A humanidade pecadora deleita-se com o imundo. Os apetites bestiais são mesmo insaciáveis. Vejam as festividades carnavalescas: três dias anuais não mais atendiam aos desejos da carne. Em razão dessa necessidade premente, criou-se em várias cidades, com o pronto consentimento dos governantes, o carnaval fora de época: "O inferno e a perdição nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem" (Provérbios 27.20). "Um abismo chama outro abismo" (Salmos 42.7). Ora, se o povo clama por um bezerro de ouro, façamos a vontade do povo. Os abismos se sucedem. Dentro da caverna tenebrosa do mundo pecador há avenidas com vitrinas especialmente preparadas pelo Diabo para exposição de seus produtos. Há mercadoria para todos os gostos: para rico, pobre, preto, branco, analfabeto ou erudito. Em determinado local, uma vasta exposição dos produtos do movimento Nova Era, onde o curioso descobrirá que "o homem é Deus". Sendo Deus, ele seguirá até mais fortalecido para continuar descendo. Noutra ala, encontrará a vitrina da consulta aos mortos. O explorador poderá conversar com um parente que esteja no além, ou, se desejar emoções fortes, optará por oferecer seu corpo para ser visitado por um espírito qualquer, ou até experimentar uma breve levitação. Nesse stand, instalados sob pirâmides purificadoras, enfileiram-se os adivinhadores com seus apetrechos: búzios, baralho cigano, bola de cristal, tarô, mapa astral, tudo destinado a predizer o futuro e indicar novos caminhos. Numa determinada sala o explorador poderá praticar meditação transcendental; ficará com sua mente passiva por algumas horas, em estado alfa, recebendo as "boas" mensagens do além. Esta ala é mais visitada pelos eruditos. Para os menos exigentes, ou de percepção menos aguda, os terreiros oferecem feitiçarias de vários tipos. Caboclos, guias e orixás fazem a festa dos visitantes.
O Perigo das Trevas, o Halloween!
Em busca de novos abismos, os homens resolveram prestar uma homenagem a um deus chamado Diabo. Então, pensaram em fazer uma festa num determinado dia do ano. Uma festa que em tudo se identificasse com o homenageado: a indumentária, o ambiente, os participantes, as alegorias. Daí surgiu o Dia das Bruxas, versão brasileira do Halloween, comemorado no dia 31 de outubro. Os participantes vestem-se a caráter, isto é, com as cores da igreja do Diabo: preto e vermelho; a maioria usa só a cor preta, caracterizando a situação de trevas sobre trevas. As máscaras são as mais imaginativas: Diabo, vampiro, bruxa, morcego, morte, caveira, monstros, fantasmas, tudo que tenha identidade com o maligno. O Diabo certamente teria muita alegria em falar assim a essas bruxas: "Quanto à indumentária está tudo bem. Vocês sabem que as cores da minha preferência são preto e vermelho. Minha maior alegria é ver homens, mulheres e crianças, de todas as idades, línguas e nações, empunhando as cores da bandeira do meu reino. Um detalhe: as máscaras usadas por vocês ou as pinturas e fantasias em nada se assemelham ao original. Eu não sou tão bonito como se pinta por aí". É evidente que há imperfeições, porque ninguém é perfeito. Mas os promotores desses eventos se esforçam para que a decoração em tudo dê a impressão de que o reino das trevas está ali naquele local, naquele ambiente festivo. E está. O Diabo está ali, de corpo presente ou representado. Creio que a maioria dos participantes do Dia das Bruxas desconhece o grau de contaminação maligna a que ficam expostos. Certamente acredita tratar-se de mais uma festa, mais uma novidade. As "bruxas" estão ali para se divertirem e, com esse intuito, sujeitam-se às regras do jogo. Desconhecem as origens satânicas do Halloween; não sabem que nessa data os satanistas honram a Satanás com sacrifícios humanos; não sabem que essa prática iniciou-se há muitos séculos entre os druídas - sacerdotes dos Celtas - que vestiam suas fantasias, esculpiam em nabos ocos caricaturas de demônios, e saíam pelas ruas amaldiçoando as pessoas que lhes negavam alimentos. Em determinado site sobre satanismo li que o dia 31 de outubro é a festa da luxúria [sensualidade, lascívia] e da indulgência [tolerância]. Que tipo de indulgência podemos esperar de Satanás? A verdade é que grande é o perigo para quem participa do Dia das Bruxas, dada a grande a probabilidade de contaminação. O Diabo, num sinal de agradecimento pela homenagem, não hesitará em designar um de seus anjos para acompanhar a "bruxa" pelo resto da vida. Algum mal nisso? Muitos males. Jesus afirmou que "o ladrão [o diabo] só vem para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância" (João 10.10). O Diabo entra na vida dos homens para roubar a paz, roubar a saúde, roubar os recursos financeiros; para causar a morte espiritual, e, não raro, causar a morte física; para destruir a família, o lar, a comunhão com Deus. Daí as insônias, os medos, as superstições, as doenças inexplicáveis, os tremores, os vícios, a possessão. Convém sabermos que bruxa ou bruxo é aquela ou aquele que faz bruxaria, e bruxaria é sinônimo de feitiçaria, magia negra, curandeirismo, ocultismo, adivinhação, astrologia, e demais atividades ligadas ao poder das trevas. Há os que de forma consciente - os satanistas - servem a Satanás com sacrifícios, cânticos, jejuns e rezas. Todavia, o simples fato de participar e tomar parte ativa no Dia das Bruxas revela uma predisposição ao satanismo, e abre-se uma porta de entrada aos demônios. A Palavra de Deus adverte que "o vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pedro 5.8). Ora, os freqüentadores dessa festa satânica facilmente caem na arapuca de Satanás. Aliás, as próprias presas, num ato voluntário, vão com seus próprios pés para a armadilha.
A Luz que liberta
"A condenação é esta: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque as suas obras eram más" (João 3.19). Só existe um nome, uma Pessoa, que pode libertar o homem contaminado por demônios: é o Senhor Jesus. Ele mesmo afirmou isso: "Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8.36). A Bíblia nos ensina que devemos pensar e fazer somente o que é verdadeiro, amável, justo e puro, e que "todo o nosso espírito, alma e corpo devem ser conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5.23). Uma pessoa que se fantasia de bruxa, coloca máscaras com motivos demoníacos e passa horas a fio num ambiente de trevas, estaria conservando seu corpo alma e espírito irrepreensíveis? Não, pelo contrário, estaria invocando o poder das trevas; desejando maior aproximação com os demônios. A Palavra ainda adverte: "Não vos voltareis para médiuns, nem para os feiticeiros [bruxos], a fim de vos contaminardes com eles" (Levíticos 19.31). "Ninguém pode servir a dois senhores. Ou há de odiar a um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará o outro" (Mateus 6.24). Não podemos ser ao mesmo tempo servos das trevas e servos da luz. Ou somos filhos de Deus ou filhos do Diabo. Quem serve ao Diabo com alegorias, fantasias, licores, danças e outras coisas mais, não é servo do Altíssimo. Mas haveria uma saída para quem está contaminado? Jesus responde: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mateus 11.28). "Eis que estou à porta, e bato; Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Apocalipse 3.20). Quem está enlaçado ao Diabo deve saber que o Senhor Jesus veio "para apregoar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos" (Lucas 4.18). Porque "em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4.12).
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
A Fornicação: A Defesa do Sexo Endeusado
Nota: A maldição de Deus repousa sobre muitas das ligações inoportunas e impróprias que se formam nesta época atual. Se a Bíblia deixasse estas questões vaga e imprecisamente, então seria mais desculpável o procedimento que muitos jovens de hoje estão seguindo em suas relações. Mas os reclamos bíblicos não são ordens incompletas; requerem perfeita pureza de pensamento, palavras e atos. Somos gratos a Deus porque Sua Palavra é uma luz para os nossos pés, e porque ninguém precisa errar o caminho do dever. Os jovens devem constituir seu dever consultar suas páginas e atender a seus conselhos; pois lamentáveis erros são sempre cometidos ao desviar-se de seus preceitos. Fundamentos da Educação Cristã, págs. 102 e 103.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Impérios
O link acima é muito interessante. Em um vídeo de uns 90 segundos você vê um mapa dinâmico da região do Oriente Médio, ilustrando como vários “impérios” surgiram e desapareceram nos últimos 3000 anos
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Jogo de Cartas - Jogo Diabólico?
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Hipnose
(Educação,p.294)
A Advertência Repetida na “Ciência do Bom Viver” em 1905
Uma forma de cura mental existe, entretanto, que é um dos mais eficazes meios para o mal. Mediante essa chamada ciência, a mente de uns é submetida ao domínio de uma outra, de modo que a individualidade do mais fraco imerge na do espírito mais forte. Uma pessoa executa a vontade de outra. Pretende-se assim poder mudar o curso dos pensamentos, comunicar os impulsos promovedores da saúde, e habilitar o doente a resistir e vencer a moléstia. Este método de cura tem sido empregado por pessoas que ignoravam sua natureza e um modo de beneficiar os doentes. Mas a chamada ciência baseiase em falsos princípios. É estranha à natureza e princípios de Cristo. Ela não conduz Àquele que é vida e salvação. Aquele que atrai as mentes para si, levaas a separar-se da verdadeira fonte de sua força. Não é desígnio de Deus que nenhuma criatura humana submeta a mente e a vontade ao domínio de outra, tornando-se um instrumento passivo em suas mãos. Ninguém deve fundir sua individualidade na de outrem. Não deve considerar nenhum ser humano como fonte de cura. Sua confiança deve estar em Deus. Na dignidade da varonilidade que lhe foi dada pelo Senhor, deve ser por Ele próprio dirigido, e não por nenhuma inteligência humana. Deus deseja por os homens em direta relação com Ele. Em todo o Seu trato com as criaturas, reconhece o princípio da responsabilidade individual. Busca estimular o senso de dependência pessoal, e impressioná-los com a necessidade de direção própria, isto é, individual. Deseja por o humano em ligação com o divino, a fim de que os homens sejam transformados à divina semelhança. Satanás trabalha para impedir este desígnio. Procura fomentar a confiança nos homens. Quando a mente é desviada de Deus, o tentador pode colocar sob o seu domínio, pode governar a humanidade. A teoria de uma mente reger outra, teve origem em Satanás, a fim de se introduzir como o obreiro principal, para por a filosofia humana onde se devia encontrar a divina. De todos os erros que estão encontrando aceitação entre cristãos professos, não há engano mais perigoso, nenhum mais de molde a separar infalivelmente o homem de Deus do que esse. Por inocente que pareça, ao ser exercido sobre os pacientes, tende para sua destruição e não para seu restabelecimento. Abre uma porta através da qual Satanás entrará para tomar posse tanto da mente que se entrega ao domínio de outra, como da que a domina. Terrível é o poder assim entregue a homens e mulheres de má imaginação. Que oportunidade proporciona isto aos que vivem de se aproveitar das fraquezas e tolices dos outros! Quantos, por meio do poder exercido sobre mentes fracas ou enfermas, encontrarão meio de satisfazer cobiçosas paixões ou ganâncias de lucro! Existe alguma coisa melhor a fazer do que dominar a humanidade pela humanidade. O médico deve educar o povo a volver o olhar do humano para o divino. Em lugar de ensinar o enfermo a confiar em criaturas humanas quanto à cura da alma e do corpo, deve dirigí-las Àquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos a Ele se chegam. Aquele que fez a mente do homem, sabe o que ela necessita. Unicamente Deus é quem pode curar. Aqueles que se acham doentes da mente e do corpo, têm de ver em Cristo o restaurador. “Porque Eu vivo” diz Ele, “vós vivereis”. (João 14:19). Esta é a vida que nos cumpre apresentar aos doentes, dizendo-lhes que, se tiverem fé em Cristo como restaurador, se com Ele cooperarem, obedecendo às leis da saúde, e se esforçando por aperfeiçoar a santidade em Seu temor, Ele lhes comunicará Sua vida. Quando por essa maneira lhes apresentamos a Cristo, estamos transmitindo um poder e uma força de valor, porquanto vêm de cima. Esta é a verdadeira ciência da cura do corpo e da alma.
Fontes:
TS, v III, p. 184
TS, v I, pp. 290-298
ME, v. I, pp.351-352
CBV , pp 241-258
PE, p. 21
Publicações Ellen G. White
Conferência Geral - Washington DC
27 de setembro de 1956
O Batismo
I - Vencer a natureza carnal com a espiritual. São João 3:6 diz: “O que é nascido da carne é carne.” e Romanos 8:7 e 8 está escrito: “E o penhor (inclinação) da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito a lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto os que estão na carne não podem agradar a Deus. Quem se batiza, se reveste de Cristo” segundo está escrito em Gálatas 3:27: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.”
II - O batismo é enterrar o velho homem e nascer de novo: Romanos 6:4 diz: “Fomos pois sepultados com Ele na morte pelo batismo.” e II Coríntios 5:17 afirma: “Se alguém está em Cristo é nova criatura, as cousas antigas já passaram, eis que se fizeram novas.”
III - Batismo vem do grego “baptizo” que significa imergir, mergulhar. Após o batismo de Jesus no Rio Jordão, diz o texto que “Ele saiu da água”. Conclui-se então que o batismo é o ato de imergir na água, trancando a respiração, fechando os olhos, mergulhando o corpo na água, representando a morte do velho homem, e em seguida, saindo d’água como um novo homem, sem pecado, zero quilômetro.
IV - É uma ordenança de Jesus Cristo pois ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” São Mateus 28:19.
V - É a porta de entrada para a igreja.
Qual sua importância, é essencial?
I - Jesus afirma em São João 3:3: “Em verdade te digo, que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Ao que se indica é essencial à salvação. São Marcos 16:16 está escrito o seguinte: “Quem crer e for batizado será salvo; quem porém não crer, será condenado.”
II - Se não fosse importante, Jesus que não tinha pecado não precisava ser batizado, Ele o fez para o nosso exemplo.
III - Nossa natureza é carnal, se não formos batizados, não nos revestimos de Cristo, como já vimos em Gálatas 5:22, 23 e 3:27, sem Cristo, não temos força para vencer o mal. Romanos 3:23: “Todos pecaram, e carecem da Glória de Deus.”
IV - O Batismo é uma demonstração pública do arrependimento dos pecados, e a revelação pública que desejo começar uma nova vida com Cristo.
V - O Batismo apaga os nossos pecados, por pior que tenham sido. Atos 22:6 relata estas palavras de Ananias a Saulo de Tarso: “E agora porque te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e LAVA OS TEUS PECADOS invocando o nome dEle.” Atos 2:38 também está escrito: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado para a REMISSÃO DOS PECADOS.”
VI - O Batismo, nos reveste de Cristo e seu Espírito Santo que produz os frutos contrários aos da carne. Os frutos da carne, o velho homem, são prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, invejas, bebedices, glutonarias, ... Gal 5:19-21 e os frutos do Espírito, o novo homem em Cristo são: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” Gál. 5:22 e 23.
São Mateus 28:19 diz: “Ide, portanto, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” já em Atos 2:38 afirma: “... arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” Porque o batizamos em nome da Trindade aparece em Mateus e em diversas passagens do Novo Testamento aparecem várias vezes o batismo só no nome de Jesus?
Várias explicações podem ser dadas. A mais satisfatória, é que na época, haviam várias escolas e mestres, como Gamaliel, e outros que possuíam seus seguidores, e quem aceitasse a Cristo, aceitava-o como o Messias, o filho de Deus enviado ao mundo, e também o Espírito Santo, pois o próprio João Batista, já afirmava que ele batizava com água, mas após ele, viria quem batizasse com fogo, que é o Espírito Santo conforme foi derramado no Pentecostes.
Então é fácil entender, que naquela época, ao se efetuar um “batismo em nome de Jesus” estava se aceitando implicitamente toda a Trindade.
A Igreja Cristã, já nos seus primórdios, adotou efetuar o batismo mencionando a Trindade, por julgar seguir o mais próximo possível a ordenança de Cristo em São Mateus 28:19, que afirma: “Ide, portanto, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” e pelo fato do Espírito Santo ser o agente principal enviado por Deus para nós em nossos dias. Mencionar a Trindade no ato de batismo, não é uma simples formalidade, mas sim uma demonstração de total entrega e confiança a um Deus Trino: Pai, Filho e Espírito Santo.
Atos capítulo 19 dá o exemplo que uma pessoa pode ser batizada mais de uma vez. Paulo quando chegou a Éfeso, encontrou alguns discípulos, que se diziam seguidores de Jesus, e que foram rebatizados por Paulo, pois não conheciam o Espírito Santo. Paulo perguntou-lhes em que fostes batizados? E a resposta deles, demonstrou que possuíam um conhecimento incompleto que não satisfazia as normas de um candidato de Batismo, não conheciam os fundamentos básicos para a salvação e vida cristã, e também porque possuíam uma experiência espiritual deficiente devido a sua falta de conhecimento, pois nem tinham ouvido falar do Espírito Santo. Eles provavelmente nem se davam conta que lhes faltava alguma coisa, se achavam completos, e no entanto não estavam.
Quando conheceram uma luz maior, foram rebatizados por Paulo. Logo, é possível concluir, que se uma pessoa obteve um tipo de conhecimento, e depois, caso mude de religião conheça novas verdades que crê fundamentais para a Salvação, parece-nos óbvio que um novo batismo tem o seu lugar, pois ela tem novas razões para se arrepender de pecados que antes não conhecia, e deseja então começar uma nova vida com Cristo. Em diversas igrejas cristãs, quando uma pessoa convertida se desvia, rejeita a fé e volta para o mundo, isto indica que o velho homem ressuscitou, foram violados os votos batismais, e daí no futuro se ela se arrepende e deseja ser readmitida na Igreja, deve ser reabitada em reconhecimento público que morreu novamente para o pecado, e deseja sepultar de novo sua velha vida. É bom lembrar que o batismo em si, não tem poder algum de purificar a alma, é apenas um símbolo da situação do coração.
Não quer dizer que qualquer negligência ou falta, deva ser motivo para o rebatismo. O rebatismo não deve ser tratado de maneira trivial. Para estas circunstâncias já existe uma purificação simbólica que é a cerimônia do lava-pés e da santa-ceia.
Uma vez salvo, não se está salvo para sempre, e o batismo traz o mesmo significado, uma vez batizado, não quer dizer que nunca mais precisará ser batizado novamente.
Concluímos então que o rebatismo tem condições de ser aceito nestas duas circunstâncias, ao se mudar de fé e conhecer novas verdades que outrora não conhecia, ou após ter abandonado claramente o caminho da fé.
O que significa Efésios 4:5 então ao afirmar: “Um só Senhor, uma só fé e um só batismo”?
O contexto do capítulo, ou seja a idéia do texto no seu todo, nos mostra quais são as características da unidade da fé, mencionando os itens em geral sem se ater a detalhes de cada um; por exemplo, no versículo anterior, fala-se de um só corpo e um só Espírito, o que não significa que o Espírito Santo não seja repartido entre todos, mas que um só Espírito usa e capacita a todos. Um só Deus, está implícito a Trindade Divina, e uma só fé ao conjunto de crenças em Deus, e um só batismo, significa aquele que é feito de acordo com os princípios bíblicos básicos para o batismo, o batismo para Cristo, e não outro tipo de batismo que não seja feito em nome de Cristo. Um só batismo, não está se referindo a quantidade de vezes que seja necessário se batizar, mas sim que só há um batismo verdadeiro, é aquele que traz o verdadeiro arrependimento e mudança de vida à semelhança do caráter de Jesus, quando o velho homem abandona por completo os desejos carnais e recebe o Poder de Deus para produzir os frutos do Espírito.
O batismo em algumas ocasiões especiais não pode ser realizado como o exemplo do Ladrão na cruz, ou quando uma pessoa tem problemas de saúde, etc.
Consultoria Bíblica, p. 55-57
sábado, 6 de outubro de 2007
Adoração Contemporânea Versus Adoração Tradicional
Samuele Bacchiocchi
Doutor e Professor aposentado de Teologia da Universidade Andrews
Nos últimos anos tenho pregado em algumas igrejas em que o serviço de cânticos foi realmente caótico. Há poucas semanas atrás, preguei em uma igreja na qual o líder do louvor manipulava os cânticos e os instrumentos de uma forma bastante habilidosa, de forma a levar a congregação a uma experiência extática. Durante o cântico, alguns membros ficavam levantando de seus assentos e gritando "Aleluia", "Oh, Senhor" e "Louvado seja o Senhor". Ao final do serviço de cânticos, que durou 45 minutos, o líder do louvor e aqueles que mais estiveram gritando estavam suados e exaustos. Pouco tempo depois que comecei a pregar, eles estavam dormindo.
Depois do culto, o pastor, que por contraste fala de forma calma e suave, me pediu desculpas pela balburdia de ruídos do serviço de cânticos. Ele me explicou que alguns membros vinham à igreja para experimentar um excitamento "espiritual" durante o serviço de cânticos. Se fossem destituídos de tal experiência, não viriam à igreja. Sorrindo, o pastor acrescentou: "Eu os deixo liberar sua emoções reprimidas durante o serviço de cânticos, de maneira que possam estar calmos e relaxados durante o meu sermão." Muito provavelmente a estimulação física do serviço de cânticos os levava a cair em um sono "espiritual" durante o culto divino.
O desafio que muitos pastores enfrentam hoje é o de revitalizar a experiência de adoração de suas congregações, sem encorajar a balburdia de ruídos que acabei de descrever. É um desafio árduo, porque na maioria das congregações há duas orientações principais. Por um lado, há alguns membros que se opõe categoricamente a qualquer música contemporânea, algumas das quais podem contribuir positivamente para a experiência de adoração. Eles querem se restringir ao velho hinário. Por outro lado, existem aqueles que crêem que o hinário está obsoleto. Querem cantar canções contemporâneas, com um ritmo acentuado, que os faz sentir como se estivessem dançando.
Um Esclarecimento Necessário
É necessária aqui uma palavra de esclarecimento. Como expliquei em nosso simpósio "O Cristão e a Música Rock", nem toda música contemporânea deve ser rejeitada como "rock cristão", impróprio para o louvor. Há muitas canções contemporâneas com música e letra apropriadas para a adoração a Deus.
Durante os últimos dez anos preguei em muitas igrejas adventistas onde pequenos grupos conduzem o "Serviço de Louvor", usando hinos e canções contemporâneas que são normalmente projetadas em uma tela. Algumas dessas canções são triviais e superficiais na melodia e na letra, mas o mesmo também é verdade para alguns hinos. Posso suportar alguns corinhos triviais repetindo a mesma palavra ad nauseam, contanto que eles não sejam o único repertório do culto na igreja.
Porém, algumas das canções contemporâneas exalam genuína devoção, tal como "Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!" Tanto a melodia quanto as palavras desta canção, expressam adequadamente o anelo espiritual de uma alma sincera. Assim, seria injusto rotular todas as canções contemporâneas como "rock". Aliás, meu filho mais novo, Gianluca, me lembrou que a música "Bem-vindos ao Lar, Filhos" (N.T. - Trata-se da música "Welcome Home Children", de Adrian King. Esta música será citada outras vezes.), que nós usamos numa gravação especial em vídeo alguns anos atrás intitulada "Sabbath in Songs", é uma canção contemporânea. Isto demonstra que tenho usado música contemporânea em meu ministério sem nem me aperceber disto.
O critério não é se uma canção é velha ou contemporânea, mas sim se sua música, letra e a maneira de cantar estão em conformidade com o princípio bíblico da música de adoração. Ao contrário das concepções erradas prevalecentes, a Bíblia diferencia claramente a música usada para o entretenimento social e a música digna da adoração a Deus. Esta distinção vital é apresentada no Capítulo 7, do livro "O Cristão e a Música Rock".
Para mim, foi surpreendente descobrir que nos tempos bíblicos, a música e instrumentos associados ao entretenimento social não eram permitidos no serviço de adoração do Templo, da sinagoga, e da igreja primitiva. Não há nenhuma dúvida de que o povo de Deus, nos tempos bíblicos, diferenciava claramente entre a música sacra usada para a adoração divina e a música secular empregada para o entretenimento social. Aqueles que negam este fato precisam fazer um pouco de lição de casa.
Algumas canções contemporâneas estão em conformidade com o princípio bíblico de música para adoração. Por exemplo, a canção mencionada anteriormente "Welcome Home Children", tem uma melodia e letra que falam ao meu coração quando cantadas reverentemente. Atente às palavras: "Um grande dia está chegando / os portões do céu amplamente se abrirão, / e todos nós que amamos ao Senhor entraremos. / Unidos com nossos familiares / que em Jesus Cristo morreram / nossa vida eterna juntos começaremos."
É difícil não se comover pela música e mensagem desta canção contemporânea. O ponto central destas experiências e comentários pessoais é que a questão não é se a música ou o sermão são contemporâneos ou tradicionais, mas se eles elevam as pessoas espiritualmente ou as estimulam fisicamente.
Da Adoração Intelectual para a Adoração Emocional
Durante o último século tem havido uma gradual alteração, de adorar a Deus através da proclamação da Sua Palavra para adorar a Deus através de sentimentos e experiências pessoais. Esta mudança de um estilo de adoração intelectual para um estilo de adoração emocional reflete a evolução histórica da compreensão de Deus. Tracei este desenvolvimento no capítulo 2 do livro "O Cristão e a Música Rock". Durante o decorrer da história cristã houve uma alteração gradual da compreensão transcendental de "Deus além de nós", que prevaleceu durante o período medieval, para a concepção de imanente de "Deus por nós", que foi enfatizada durante a Reforma no século XVI, e para a percepção de "Deus em nós", popularizada do século XVII até a nossos dias.
A evolução histórica da adoração durante o curso da história cristã, passando de intelectual para emocional, ensina-nos a importância de mantermos uma compreensão correta de Deus e Sua revelação. Na Escritura, Deus revelou a Si próprio como sendo tanto transcendente quanto imanente, além de nós e dentro de nós. Estas duas dimensões da auto-revelação de Deus devem ser mantidas em seu equilíbrio apropriado, de forma a assegurar uma experiência religiosa e uma música na igreja que sejam saudáveis. Nos capítulos 6 e 7 do livro "O Cristão e a Música Rock", examino mais detalhadamente como nossa teologia deve informar nossa experiência religiosa, especialmente nossa adoração na igreja. A forma como adoramos a Deus é o reflexo da nossa compreensão de Deus. O estilo de adoração carismática, emocional, reflete a alteração do conceito "Deus além de nós" para "Deus em nós". O resultado desta alteração é que Deus é rebaixado ao nível humano, de modo que as pessoas possam interagir mais prontamente com Ele.
A mudança para uma adoração emocional a Deus é reconhecida até mesmo por produtores de Música Cristã Contemporânea (MCC). Em seu livro "At the Crossroad: An Insider's Look at the Past, Present, and Future of Contemporary Christian Music", Charlie Peacock, um artista premiado, compositor, e produtor de Música Cristã Contemporânea (MCC), reconhece que a troca de Deus pelo eu, que tem ocorrido na MCC, se deve em parte à influência carismática. Ele escreveu: "Enfatizando a obra e os dons do Espírito Santo, e especialmente o profetizar em revelação espontânea e o falar em línguas, o enfoque mudou do conhecimento de Deus através de Sua Palavra, para o conhecimento de Deus através da experiência. Isto, por sua vez, mudou o enfoque do pensamento para o sentimento, de forma que, para muitos crentes, sua experiência tornou-se a medida da verdade, tanto quanto a certeza da Palavra da Verdade.... Para alguns cristãos, o desejo por experiências carismáticas eclipsou gradualmente seu desejo em aprender de Deus pela Bíblia" (pág. 44) .
A Experiência Pentecostal "Deus em Nós"
A busca atual por uma experiência de adoração carismática, especialmente através da música, pode ser traçada até as primeiras músicas Pentecostais do século XIX, as quais, normalmente, ocupavam dois terços do culto de adoração. (Larry T. Duncan, "Music Among Early Pentecostals," The Hymn 38 (Janeiro de 1987), p. 14.). A música era caracterizada pelas palmas, batidas com os pés, e a dança no espírito.
"O cantar intenso era, geralmente, acompanhado pelo dedilhado das guitarras, a batida rítmica de pandeiros e tambores, e o ressoar dos metais conforme os novos convertidos traziam seus instrumentos dos grupos de dança recém-abandonados para a casa de adoração"(Idem, p. 14) Coros repetitivos com melodias de origem secular, juntamente com drama e mímica, tudo isto era utilizado para produzir um excitamento emocional em lugar da compreensão intelectual das verdades bíblicas.
A Reunião Campal Adventista em Indiana
O uso de música alta, rítmica para causar um "clímax" emocional imediato de Deus, não era estranho ao adventismo primitivo, como Ronald Graybill documentou (Veja Ronald Graybill, Singing and Society: The Hymns of the Saturday-keeping Adventists, 1849-1863 (Berrein spring, MI, n. d.), p. 25). Uma manifestação incomum de tal experiência aconteceu em uma reunião campal, em Muncie, Indiana, dos dias 13 a 23 de setembro de 1900. Stephen Haskell, um escritor e líder da igreja adventista, descreve o que viu numa carta escrita a Ellen White, no dia 25 de setembro de 1900: "Está além da descrição... Há um grande poder que vai com o movimento que ali está... por causa da música que foi trazida para ser tocada na cerimônia. Eles têm um órgão, um contra-baixo, três violinos, duas flautas, três pandeiros, três trompas, e um grande tambor, e talvez outros instrumentos os quais não mencionei. . . Quando eles vão para o registro agudo, não se consegue ouvir uma palavra cantada pela congregação, nem ouvir qualquer coisa, a não ser os gritos agudos daqueles que estão meio insanos. Eu não acho que estou exagerando em nada. Eu nunca vi tal confusão em minha vida. Eu já presenciei cenas de fanatismo, mas nunca vi nada semelhante a isto". (Stephen N. Haskell, Carta a Ellen White, 25 de setembro de 1900. Ellen G. White Research Center.)
Ellen White assumiu uma posição fortemente contrária a este estilo carismático promovido pela música. Ela escreveu: "O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos musicais para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais... Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção.... Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas (Washington, D. C., 1958), vol. 2, pp. 36-37.).
A advertência de Ellen White teve seu efeito desejado. A música instrumental alta e rítmica cessou nas igrejas adventistas. Somente em tempos recentes é que a música rock alta, sincopada, começou, novamente, a fazer seu aparecimento nas reuniões de jovens adventistas e em um número crescente de igrejas. Este desenvolvimento não é surpreendente, pois com iluminação profética Ellen White predisse no início do século que "Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida."
Adoração Falsa e o Engano do Tempo do Fim
Como Adventistas do Sétimo Dia, cremos que vivemos hoje na contagem regressiva final do grande conflito entre a verdadeira e a falsa adoração, conforme descrito no livro do Apocalipse através do simbolismo de uma besta que promove a falsa adoração de Babilônia. Esta profecia apocalíptica visualiza a Babilônia antitípica guiando todas as nações a uma falsa adoração a Deus. (Apocalipse 13:16; 14:8; 18:3).
É importante lembrarmos que a imagem apocalíptica da falsa adoração promovida pela Babilônia em Apocalipse, deriva do capítulo histórico de Daniel 3, que descreve um evento de significância profética para o tempo do fim. Na Planície de Dura, todos os habitantes do império babilônico foram chamados para adorarem a estátua de ouro do rei Nabucodonosor. Uma fornalha ardente foi preparada para aqueles que se recusassem render homenagem à estátua de ouro. Daniel nos informa que "todo tipo de música" (Daniel 3:7, 10) foi usado para levar todas as classes de pessoas de todas as províncias do império a juntamente adorarem a estátua de ouro (Daniel 3:10).
Em Daniel 3, por duas vezes, há uma longa lista dos diferentes instrumentos musicais usados para produzir "todo tipo de música" (Daniel 3:7,10). Esta música eclética foi tocada para induzir as pessoas à adoração da imagem de ouro. Poderia ser que, assim como na Babilônia antiga, Satanás esteja hoje usando "todo tipo de música" para levar o mundo a uma falsa adoração no tempo do fim, da "besta e de sua imagem" (Apocalipse 14:9)? Poderia ser que um golpe de mestre Satânico escreveria canções gospel que contivessem elementos de todos os gostos de música: música folclórica, jazz, rock, discoteca, country-western, rap, calypso, etc? Poderia ser que muitos cristãos cheguem a amar a estes tipos de canções gospel, porque elas se parecem em muito com a música de Babilônia?
Os Adventistas, historicamente, identificaram Babilônia com o poder do papado que conduzirá o mundo em formas de adoração pervertidas. Embora reconhecendo o papel profético representado pelo papado, ao levar muitas pessoas a acreditarem no papel intercessório de Maria e dos santos, poderíamos nos perguntar se a adoração carismática inspirada pela música ritmada também terá um papel vital em promover a falsa adoração no tempo do fim!
Esta não seria a primeira vez na Bíblia que a música aparece conectada à falsa adoração. No pé do Monte Sinai a música e a dança estiveram envolvidas na adoração do bezerro de ouro (Êxodo 32:19). Na planície de Moabe, próximo à Terra Prometida, os israelitas foram "atraídos pela música e dança" para uma terrível apostasia (Números 25:1-2) (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas (Casa Publicadora Brasileira, 1960), pág. 479). Eles foram induzidos pela música a participarem na adoração pagã - algo que eles poderiam ter resistido sob outras circunstâncias.
O chamado das Três Mensagens Angélicas para sairmos da Babilônia espiritual, pela rejeição de sua falsa adoração, poderia muito bem incluir também a rejeição da adoração carismática artificial de Babilônia. Logo o mundo inteiro será ajuntado para o conflito final na antitípica planície apocalíptica de Dura e "todo tipo de música" será tocada para levar os habitantes da terra a "adorar a besta e sua imagem" (Apocalipse 14:9). É digno de nota que, no Apocalipse, o resultado do conflito envolva o silenciar dos instrumentos de música da Babilônia. "Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada. E em ti não se ouvirá mais o som de harpistas, de músicos, de flautistas e de trombeteiros." (Apocalipse 18:21-22)
Aqueles que raciocinam de que não há nada de errado com a adoração carismática na igreja, podem estar se condicionando a aceitarem a falsa adoração promovida por Babilônia. Satanás tem suas próprias canções para promover a falsa adoração no tempo do fim. Será que, pela adoção da música de Babilônia, alguns perderão a chance de cantar o Novo Cântico de Moisés e do Cordeiro? Que esta pergunta possa ressoar em nossa consciência e nos desafiar a nos levantarmos pela verdade como os três dignos hebreus.
Adoração: Um Sinal dos Tempos
Sem dúvida, a verdadeira adoração do cristão é culto e veneração a Deus como Criador e Redentor. Temos que reconhecer, entretanto, que culto e veneração não são artigos muito em moda em nossos dias. Para a maioria, é extremamente mais apreciado receber um convite para uma festa, para uma balada ou um show com um ídolo da música popular. Parafraseando a definição de Warren, o ser humano “adora” fazer qualquer coisa que lhe dê prazer. Infelizmente, posso lhe assegurar que não há muito fascínio ao convidar alguém para assistir um culto.
Por que nossos amigos oferecem resistência quando são convidados para adorarem conosco na igreja? Uma das razões mais significativas tem relação com a sociedade pós-modernista em que vivemos. Nunca foi simples chamarmos alguém para um momento de culto, mas nunca foi tão complexo como hoje. Adoração tem tudo a ver com respeito, reconhecimento e aceitação de autoridade. Na cultura pós-moderna, entretanto, não há mais referenciais de autoridade. Poderíamos discutir, como exemplo, as limitações da escola ou dos pais em estabelecer autoridade, limites e comunicação de valores. Há uma rejeição implícita a qualquer forma de autoridade, pois a autoridade última está, como se pretende, dentro de nós mesmos.
Com isso, nunca esteve tão tênue a linha que divide o Criador da criatura. Nossa geração perdeu o senso da presença do divino. Hoje, a criatura quer assumir o papel de Criador – “o deus está dentro de você mesmo” – insistem milhares de livros de auto-ajuda. “Adore a você mesmo!”, é o que sugere os sinais luminosos dos motéis, das grandes lojas, dos shoppings, etc. “Deus é, no máximo, uma energia organizadora”, afirmam os diversos “ismos” que se prevalecem do título de ciência. O diagnóstico é caótico: nossa geração está, literalmente, rejeitando o Criador.
Mesmo que a Primeira Mensagem Angélica deixe claro nossa missão de proclamarmos a Deus como Criador e o único digno de adoração (Apocalipse 14:6-7), parece-me que muitos estão confusos em relação a como se deve adorar. A verdadeira adoração requer espírito de gratidão, louvor, dedicação, atenção à palavra... Assim, podemos adorar nosso Deus com músicas apropriadas, com orações de gratidão e intercessão, com sermões, com gestos de entrega daquilo que temos e somos.
“Quem é que vai pregar hoje?” Essa pergunta não se deixa calar. Parece que nossa aceitação do estudo da palavra está diretamente relacionada ao mensageiro e não à mensagem. Conta-se que durante uma série de sermões do famoso orador Henry Ward Beecher, seu irmão teve que substituí-lo numa das noites. Quando o auditório notou que o pastor suplente subira ao púlpito, desapontados, muitos começaram a se levantar para deixarem a igreja. Foi então que o pastor proclamou com voz inequívoca: “Todos os que vieram para adorar Henry Ward Beecher, podem se retirar.... Todos os que viram para adorar a Deus, permaneçam nos seus lugares.”
Deve-se adorar a Deus até com absoluto silêncio. Apropriada foi a declaração de um pastor num momento de culto. "Amigos", ele disse, "faz muito tempo que estamos precisando de alguns momentos de silêncio nesta igreja. Acabamos de ouvir um texto nos lembrando dos sofrimentos do Senhor de nossa adoração. O melhor que podemos fazer é simplesmente nos manter em silêncio e refletir sobre esse texto. Que o Espírito Santo guie nossos pensamentos ao adorarmos ao Senhor através de alguns momentos de silêncio."
Onde devemos adorar? Em casa? Na igreja? Nas ruas? Em Jerusalém? Em Gerizim [*]? A adoração deverá ser individual, familiar, mas, também deve ser coletiva, na igreja. Contudo, percebe-se que muitas igrejas estão enfatizando a adoração, essencialmente em termos de músicas e orações, ao ponto de quase excluírem o ensinamento da Bíblia, a doutrinação. Quanto tempo sua igreja tem separado à pregação?
Em alguns círculos, há uma preocupação em praticar uma adoração que traga prazer aos próprios adoradores. Ao invés de serem períodos de louvor sincero e racional, as reuniões de muitos grupos religiosos, hoje, se tornaram espetáculos e shows para agradar aos homens e deixar os participantes decididamente emocionados. Pregadores que só se preocupam com a eloqüência... Corais, orquestras, conjuntos de rock evangélico e equipes de louvor são usados para atrair adoradores egoístas. Lotam-se as igrejas para um grande momento social – é o momento de encontro com os amigos e não com Deus. Esquece-se do Criador! Temos, às vezes, nos preocupado tanto com as formas e nos esquecido do Senhor da adoração. Vivemos num momento de crise na adoração, possivelmente como aquele que passou Israel, descrito em Isaías 1:3-16.
A falsa adoração é um sinal dos tempos... A vitória sob a terceira tentação resistida por Cristo deveria nos levar a refletir seriamente sobre os ataques de Satanás à sua igreja, hoje. "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto" (Mateus 4:10). Tomas Fullear disse que “os que adoram a Deus apenas porque o temem, adorariam também ao diabo.”
Jesus deixou claro em João 4:23-24 que há uma forma correta de adoração. Ele não nos deu opção. Não é adorarmos em espírito ou em verdade. Temos que adorar das duas formas de maneira equilibrada. Se adoramos mais em espírito, teremos muita paixão e pouca razão. Se adoramos mais em verdade, teremos muita razão e pouca emoção. Devemos ser equilibrados ao adorar o Senhor. São esses adoradores que o Pai procura. O coração da adoração é o nosso coração.
Podemos adorar a Deus em quase qualquer lugar e em qualquer dia, mas temos de deixar claro que há um lugar dedicado ao culto e um dia por excelência (Levítico 19:30). “Irmãos,” aconselha E. G. White, “a não ser que vos eduqueis a respeitar o lugar do culto, não recebereis nenhuma bênção de Deus. Podereis adorá-Lo formalmente, mas será um culto destituído de espiritualidade” (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 251).
Assim, se o local e o momento são especiais, diferentes, tudo o que acompanha, também tem de ser distinto e adequado:
- A hora que estou pronto para o inicio do culto. Posso me permitir chegar atrasado para a aula, no serviço, no encontro marcado com a namorada... mas, Deus já está me esperando na igreja às 9h00!
- A roupa que visto.
- A maneira com que me sento.
- Como me porto (não fico entrando e saindo).
- As minhas palavras e pensamentos.
- A música que canto ou toco.
- A minha comunhão e oração.
- Os pais tomam o cuidado de ensinar adoração aos filhos, tendo-os assentados perto.
- Como adoradores devemos primar por ordem e respeito, nada podendo ser feito de forma leviana e improvisada.
Para promover a integridade do serviço de adoração em nossas igrejas a cada sábado, estamos reafirmando os modelos de culto que são trazidos pelo Manual da Igreja (2005), pp. 93-94 [**]. Se sua igreja já se adequou a essa liturgia, parabéns! Se não, esse é um bom momento para ajustar a forma de culto de sua igreja a um padrão sólido.
A primeira grande obra de Leonardo DaVinci, chamada de “A Adoração dos Reis Magos”, é um óleo sobre madeira, de aproximadamente 2,5m x 2,5m, datada entre 1481-1482. A obra foi encomendada pelos monges de São Donato de Scopeto, próximo a Florença, Itália. Nela Leonardo usou com sabedoria sua técnica de jogo de luz e sombra estimulando a imaginação do observador gerando uma ilusão de profundidade (3D). A pintura revela o domínio de DaVinci da >anatomia humana, onde todos os elementos obrigam o olhar para o centro onde estão as figuras de Maria e o Menino. Surpreendentemente, o artista deixou a obra inacabada, contendo apenas aguadas de tinta.Da mesma forma, sabemos que nossa adoração, hoje, sob as tensões do grande conflito, nunca será perfeita, mas, com a graça de Deus, a será nos Céus. “Deus é altíssimo e santo; e, para a humilde alma crente, Sua casa na Terra, o lugar em que Seu povo se reúne para adorá-Lo, é a porta do Céu. O cântico de louvor, as palavras proferidas pelos ministros de Cristo, são instrumentos designados por Deus para preparar um povo para a igreja de cima, para aquele mais elevado culto de adoração em que nada do que é impuro ou não santificado poderá ter parte” (Mensagens aos Jovens, p. 265).
Pr Edilson Valiante
fonte:
http://www.musicaeadoracao.com.br/artigos/adoracao/adoracao_sinal.htm
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Eu Quero a Religião-Show!
Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice. (Charles Haddon Spurgeon) No "final do século XIX... a 'Era da Exposição' começou a passar, e os primeiros sinais de sua substituição começaram a ser percebidos. Em seu lugar surgiu a 'Era do Show Business'". Enquanto Charles Spurgeon batalhava nA Controvérsia do Declínio, uma tendência mundial começava a emergir, a qual estabeleceria o curso dos afazeres humanos em todo o século XX. Era o surgimento do entretenimento como o centro da vida familiar e cultural. Essa mesma tendência viu o declínio do que Neil Postman chamou de "A Era da Exposição", cuja característica era uma ponderada troca de idéias, de forma escrita e verbal (pregação, debates, preleções). Isso contribuiu para o surgimento da "Era do Show Business'" - na qual a diversão e o entretenimento se tornaram os aspectos mais importantes e que mais consumiriam o tempo de conversa das pessoas. Dramatização, filmes e, finalmente, a televisão colocaram o "Show Business" no centro de nossas vidas - em última análise, bem no centro de nossa sala de estar. No "Show Business", a verdade é irrelevante; o que realmente importa é se estamos sendo ou não entretidos. Atribui-se pouco valor ao conteúdo; o estilo é tudo. Nas palavras de Marshall McLuhan, o veículo é a mensagem. Infelizmente, hoje essa forma de pensar norteia tanto a igreja quanto o mundo. Em 1955, A. W. Tozer escreveu as seguintes palavras: Durante séculos a igreja manteve-se firme contra toda forma de entretenimento mundano, reconhecendo-o como um dispositivo para se perder tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência, um plano para se desviar a atenção de contas quanto à moral. Por manter sua posição, ela sofreu abusos por parte dos filhos deste mundo. Ultimamente, entretanto, ela se cansou de ser abusada e simplesmente desistiu da luta. Parece Ter firmado a posição de que, se não pode vencer o deus do entretenimento, o melhor que pode fazer é unir suas forças às dele e aproveitar o máximo de seus poderes. Por isso, contemplamos hoje o assombroso espetáculo de milhões de dólares sendo vertidos no negócio nada santo de prover entretenimento mundano aos chamados filhos dos céus. O entretenimento religioso está, em muitos lugares, rapidamente desalojando as sérias coisas de Deus. Muitas igrejas, em nossos dias, se tornaram nada mais que pobres teatros onde "produtores" de quinta categoria mascateiam suas mercadorias de baixo valor com plena aprovação dos seus líderes evangélicos, que chegam a citar textos bíblicos para justificar tal delinqüência. E é difícil acharmos alguém que ouse levantar a sua voz contra isso. De acordo com os padrões da atualidade, as questões que tanto inflamaram as paixões de Tozer parecem insignificantes. Por exemplo, igrejas estavam atraindo pessoas para seus cultos de Domingo à noite através da apresentação de filmes cristãos. Encontros de jovens eram realizados tendo como atração a música contemporânea e palestrantes cuja especialidade era o humor. Jogos e atividades onde se gasta muita energia passaram a desempenhar um papel chave no trabalho com os jovens das igrejas. Olhando para trás, parece difícil entendermos a angústia de Tozer. Raramente alguém hoje fica chocado ou preocupado com quaisquer métodos que pareciam radicalmente inovadores nos anos cinqüenta. A maioria deles é hoje vista com naturalidade. Entretanto, Tozer não estava condenando jogos, estilos musicais ou filmes em si mesmos. Ele estava perplexo a respeito da filosofia que estava por trás do que vinha acontecendo à igreja. Ele soou o alarme contra a mortal mudança de enfoque. Contemplou os evangélicos fazendo uso do entretenimento como uma ferramenta para o crescimento da igreja, acreditava que isso eqüivalia à subversão das prioridades da igreja. Temia que os desvios frívolos e as diversões carnais da igreja, em última análise, destruiriam o apetite das pessoas pela verdadeira adoração e pela pregação da Palavra de Deus.
Tozer estava certo quanto a isso. Aliás, a sua repreensão revela-se a cada dia mais apropriada. Ele e Spurgeon, que o precedeu, estavam identificando uma tendência que desabrochou por completo em nossa geração. Aquilo com que a igreja flertava à época de Spurgeon tornou-se fascinação na época de Tozer. Atualmente, tornou-se uma obsessão. E o que é mais prejudicial ainda é que as formas de entretenimento encontradas hoje na igreja são, com freqüência, completamente seculares, destituídas de qualquer aspecto cristão. Precisamos acordar. O declínio é um lugar perigoso para ficarmos. Não podemos ser indiferentes. Não podemos continuar em nossa busca insensata por prazer e auto-satisfação. Somos chamados a lutar uma batalha espiritual e não poderemos ganhá-la apaziguando o inimifo. Uma igreja fraca precisa se tornar forte, e um mundo necessitado precisa ser confrontado com a mensagem da salvação; e talvez haja pouco tempo para isso. Como Paulo escreveu à igreja em Roma: "Já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvaçãso está agora mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz (Rm 13.11,12).
Autor: John F. MacArthur Jr.
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Falso Profeta?
Análise dos peritos
De acordo com a análise de peritos, as cartas que Jucelino exibe como provas não podem ser consideradas legítimas. “Ele gosta de botar um monte de carimbo etc. E com certeza está levando a erro o incauto, que acha que ele realmente previu alguma coisa”, diz o perito grafotécnico Orlando Gonzáles Garcia. Um exemplo é uma carta manuscrita endereçada à TAM, cheia de carimbos, que aparece como tendo sido escrita no mesmo dia em dois lugares diferentes: um deles é Águas de Lindóia (SP), onde Jucelino mora. Na assinatura, aparece Pouso Alegre (MG), onde ele já morou. No miolo dessa carta, os peritos encontraram indícios de que partes do texto foram enxertados depois que a firma foi reconhecida. “Nós podemos classificar essas cartas como falsificações grosseiras”, afirma a perita grafotécnica Maria Regina Hellmeister Garcia. E Jucelino já errou previsões importantes: disse que Alckmin se elegeria presidente em 2006 e que o Papa Bento XVI sofreria um atentado, também no ano passado. “Eu não sou Deus, não acerto 100 %”, justifica.
Atendimento espiritual
Recentemente o vidente começou a dar atendimento espiritual. Com uma câmera escondida, a reportagem mostrou como funciona o estabelecimento na Vila Maria, onde Jucelino atende quando está em São Paulo. O valor por consulta de 15 minutos é de R$ 25. “É coletado de cada pessoa R$ 25. Mas não é pagar, pois para a pessoa que não quiser doar, não é obrigatório”, afirma ele. Para limpeza de cargas negativas, Jucelino oferece os serviços de outro homem: João Oreste Cafarelli. Essa nova consulta custa R$ 300 e a limpeza mais R$ 2 mil. Se for encontrado algum “espírito”, fica mais caro. O valor pode ser dividido em quatro vezes. Para o professor de direito penal Carlos Fernando Maggiolo, a consulta é ilícita: “Pelo que vi, há nitidamente um crime de charlatanismo, em que a pena é de três meses a um ano de detenção”, diz.
Como vimos, na própria declaração dele, suas profecias não se cumprem 100%, assim sendo, estes supostos sonhos não são de Deus como ele afirma. Mas ele está cumprindo uma profecia verdadeira onde Jesus afirmou: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” (Mateus 24:24).