O que a Bíblia diz:
Esta e uma questão que tem sido fortemente debatida ultimamente. Não gostaria que minhas palavras viessem a colocar mais lenha na fogueira. Espero espalhar luz, não fogo. Meu desejo é que as pessoas fundamentem sua fé e prática na Palavra de Deus. A Bíblia define bem claramente o assunto da aparência externa do cristão. Mas, infelizmente, muita gente (inclusive igrejas) mantém um estranho silencio nesse tema.
Algumas pessoas tratam o assunto como um problema pequeno. Não duvido até que alguém possa pensar: “com tantos problemas sérios na igreja, porque você quer enfocar alguma coisa tão insignificante e tão aceita por aí?” Por favor, lembre-se: “O que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação” (Lucas 16:15). Freqüentemente, as coisas que parecem pequenas na superfície, são as que tem maiores conseqüências. Creio que isto também é verdade na questão das jóias. Há perigos ocultos e sutis associados ao uso de jóias. Portanto, se você é um cristão convertido, que procura saber como refletir melhor ao Senhor nestes últimos dias, por favor, mantenha sua mente aberta porque vamos raciocinar juntos nas Escrituras.
O Fruto, Não a Raiz!
O poder do evangelho começa no interior, transformando o coração, ainda que invisível aos olhos humanos. Mas logo em seguida ele continua a fluir e infiltrar-se em cada área da vida, produzindo evidentes mudanças externas. Exatamente como uma planta, a semente nasce embaixo da terra. Mas se a raiz é saudável, a planta logo se vai aparecer e produzir frutos acima do solo. Foi Jesus quem disse: “pelos seus frutos os conhecereis” Mat. 7:20. Você notou? Ele não disse, que os cristãos seriam reconhecidos pelas raízes que crescem debaixo da terra, mas pelo fruto, que aparece.
Quando uma pessoa aceita a Cristo como seu Senhor, o Espírito Santo começa a impressiona-la a fazer grandes mudanças. Elas serão visíveis naquilo que está sobre a mesa no lanche e na televisão depois do jantar. De uma estante de livros até a despensa, Jesus deverá penetrar em toda a vida. Quando Ele está no coração, influencia todas as áreas da vida. Este é o ensino básico do cristianismo. O apóstolo Paulo advertiu a Tito sobre aqueles que “professam conhecer a Deus, mas negam-se pelas suas obras” (Tito 1:16). E Tiago é claro, como cristal, ao afirmar que um relacionamento enraizado em Jesus, produzirá evidência externa. “Mas dirá alguém: Tu tens fé; eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem as tuas obras” (Tiago 2:18). Você não pode ser um cristão em seu coração, sem mostrar isso no seu exterior.
Embaixadores de Deus
Nós, a igreja, somos as mãos, os pés, os olhos, a boca, e também os ouvidos de Jesus no mundo de hoje. Somos o corpo de Cristo. Nosso Senhor falou, “assim como o Pai me enviou, eu vos envio” João 20:21. Somos enviados ao mundo, para mostrar quem é Jesus. Através do Espírito Santo, nos tornamos Seus representantes para refletir Sua imagem em tudo; desde o modo como falamos e trabalhamos, até maneira como nos alimentamos e vestimos. Em II Cor. 3:18, Deus diz que “todos nós... somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito Santo do Senhor.” Há alguns anos atrás, escândalos vergonhosos envolveram vários evangelistas na TV bem conhecidos na América do Norte. Aqueles que se opunham a um cristianismo cheio de regozijo, zombaram da imoralidade e hipocrisia, exibidos na vida desses homens e suas mulheres que professavam pregar em nome de Jesus. Durante esse tempo trágico, a mídia secular freqüentemente se referia as suas roupas extravagantes e jóias vistosas, como prova de que esses professos cristãos não eram genuínos. Estes inconstantes pregadores de TV até inspiraram um famoso músico norte americano, a escrever uma canção popular intitulada “Would Jesus wear a Rolex? ”(Jesus usaria um Rolex?). Tenho certeza de que os anjos choraram, tanto quanto alguns líderes cristãos. Devido a sua aparência indecente, tornaram-se alvo fácil para a perdição.
Exibindo Nossa Natureza
Vamos dar uma olhada na origem das jóias. Deus fez todo o ouro, prata, e pedras preciosas do mundo, e pretendia usa-las de maneira prática. Como esses minerais são tão raros e valiosos, mesmo em pequenas quantidades, há muito tempo eles começaram a ser usados como moeda. Com o passar do tempo, o povo começou a “usar” seu dinheiro a fim de impressionar os outros com sua riqueza. Quando os compradores iam ao mercado para comprar algum item caro, eles simplesmente tiravam um de seus anéis ou braceletes, e efetuavam o pagamento. Depois que Rebeca deu a beber aos camelos do servo de Abraão; a Bíblia diz que eles pagaram a ela dessa maneira. “Quando os camelos acabaram de beber, o homem tomou um pendente de ouro, de meio siclo de peso e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro” (Gên. 24:22). Quando os filhos de Israel trouxeram uma oferta ao Senhor, para construir o tabernáculo, eles usaram as jóias que tinham recebido dos egípcios. Esse era o seu dinheiro. “Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração, trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro. Todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor” (Êxodo 35:22). Não há nada de errado, obviamente, com o fato de ter dinheiro. Mas a questão é: Deus deseja que os cristãos usem suas riquezas para que todos vejam? Claro que não. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim. 6:10. Já que a cobiça é pecado, porque você tentaria um irmão ou irmã a cobiçar o seu dinheiro, que é ostentado a todo mundo? Qual seria o motivo para um cristão fazer isso? Tenho encontrado muitas pessoas sinceras que foram a algumas igrejas populares, somente para depois irem embora desapontadas, porque perceberam um espírito de vaidade e exibição entre os membros. Como seria bom podermos oferecer a essas pessoas uma igreja, onde o rico e o pobre não ostentam seu status pelo uso exibicionista de roupas e jóias. Esses indivíduos se emocionam ao adorar, onde não sintam que são desprezados, se não estão na última moda.
As Jóias Justificadas
Os que procuram justificar o uso de jóias, normalmente citam histórias da Bíblia nas quais os filhos de Deus usaram ouro, prata ou jóias. Por exemplo, as Escrituras relatam o assunto sem comentários, que José usou um anel e “um colar de ouro no seu pescoço” (Gên. 41:42); que Saul usou um bracelete (II Samuel 1:10); que Mardoqueu recebeu um anel de Assuero (Ester 8:2); e que o rei Belssazar deu a Daniel um manto púrpura e colocou “uma cadeia de ouro ao pescoço” (Daniel 5:29). Mas, lembre-se, apenas porque algo aparece na Bíblia não significa que Deus o aprova. As Escrituras simplesmente relatam com fidelidade a história do povo de Deus, incluindo todas as suas falhas. Noé bebeu vinho e ficou bêbado (Gênesis 9:20-21). Ló teve relações sexuais com suas filhas e engravidou-as (Gênesis 19:30-38). Judá pagou uma prostituta por uma noite, engravidou-a, e mais tarde descobriu que ela era a sua nora (Gênesis 38:12-26). Não podemos admitir que Deus aprove tais práticas repugnantes, apenas porque esses incidentes são mencionados na Bíblia. Outras passagens da Escritura claramente nos falam que Deus condena o álcool, incesto, prostituição, e jóias como não produtivos para não executar seus propósitos para a humanidade. Uma história que é freqüentemente citada para justificar as jóias, é a do Filho Pródigo. Desde que o pai “colocou um anel em sua mão”, alguns dizem assim: Deus quer que usemos jóias. Obviamente, você pode ver facilmente, que esta parábola não é um comentário inspirado dizendo que os cristãos deveriam sar anéis. Além disso, o anel que o pai deu a seu filho, era mais parecido com um anel de sinete. Os anéis de sinete continham o selo da família. As pessoas usavam-nos para imprimir este selo singular sobre documentos oficiais. Era a assinatura da família. Antes que um ornamento para exibição, anéis de sinete eram uma ferramenta para legalizar documentos e eram normalmente usados sobre o dedo indicador.
Investindo no Interior
Outro argumento que aparece, as vezes, é o de que o uso de jóias é uma forma de manter, com capricho e beleza, o corpo que Deus criou. Mas será que é isso, afinal, que Deus espera de nós? Seu desejo para o nosso corpo pode ser bem expresso em uma frase: investir no interior e manter o exterior. Isso significa concentrar mais tempo e recursos cuidando da saúde e da vida espiritual, pois são elas que vão nos deixar mais próximos de Deus e nos tornar melhores testemunhas dEle. Já o cuidado com o exterior significa manter uma imagem de asseio, higiene e bom gosto. Cuidar do cabelo para mantê-lo limpo, bem penteado e cortado; manter o corpo bem lavado, as unhas bem cortadas e limpas, etc. Não usar jóias não significa relaxar, mas ter bom gosto e capricho. Deus espera que não venhamos a priorizar aquilo que não beneficia nossa vida física ou espiritual, mas que o investimento seja colocado naquilo que traz resultados positivos no presente e também no futuro. Ele quer que a atenção seja chamada para o interior, e não para o exterior. A verdade é que investimos naquilo que é mais importante para nós, e sempre que se investe em uma área, se enfraquece a outra.
Por Que Ser Uma Pedra de Tropeço?
Uma razão para não usar bebidas alcoólicas, é porque uma em cada sete pessoas que as consomem se tornarão alcoólatras. Mesmo que eu seja hábil para beber moderadamente, não quero que meu mal exemplo cause a ruína de outra pessoa, especialmente por alguma coisa tão desnecessária como bebidas embriagantes. O mesmo princípio é verdadeiro sobre as jóias. A gente vê pessoas que se cobrem com ouro e jóias preciosas. A maioria das pessoas que usam jóias, não se dão conta de seu próprio valor. Elas esperam sentir-se mais valorizadas por cobrirem-se a si mesmas com objetos caros. Outras acreditam que não são tão atraentes e esperam aumentar sua beleza ao se enfeitarem com belas pedras. Não podem se controlar. Pensam que se um é bom, então dez será melhor. Apenas para lembrar, nunca escutei de um homem: “Ela não é bonita? Apenas olhe suas jóias!”. Bem, aqui está a grande questão. Qual é o objetivo? Se é certo para mulheres usarem brincos, então quem dirá que é errado para o homem? Se um anel ou brincos são aceitáveis, então porque não três ou quatro? Se um membro da igreja pode usar jóias, por que não um pastor? Se uma jóia na orelha é totalmente certo, então o que há de errado com um osso no nariz? Talvez você tenha notado a moderna mania de piercing no rosto. Quatro brincos na orelha e argolas no nariz com uma corrente entre elas. As pessoas
estão usando também piercing no corpo e argolas nas sobrancelhas, umbigo, língua e outros lugares de sua intimidade. Por que um cristão desejaria ser uma pedra de tropeço a alguém e lhe encorajar a usar uma jóia? Isto é totalmente desnecessário. Especialmente para pessoas que estão se preparando para o encontro com Jesus.
Se eu estiver usando alguma jóia, posso abrir as comportas da inconsistência pelo mau exemplo, e levar muitos a tropeçar. Se realmente amo o meu irmão, por que deveria insistir em correr esse risco, por algo tão desnecessário como as jóias?
Modéstia e Humildade
O propósito original da roupa foi cobrir a nudez de nossos primeiros pais. Adão e Eva nunca sonharam em pendurar ouro ou prata sobre o corpo, para salientar suas folhas de figueira! As vestes eram modestas e os protegiam. Algum dia Deus colocará uma coroa dourada de vitória sobre a fronte dos vencedores. Então, mesmo assim, os salvos removerão sua coroas de ouro na presença de Deus. (Apoc. 4:10-11). Observe o que Deus falou ao profeta Isaías acerca de jóias e roupas vistosas. “Diz o Senhor: visto que as filhas de Sião se exaltam, e andam de pescoço erguido, e tem olhares impudentes, e quando andam, como que vão dançando, e fazendo retinir os ornamentos de seus pés,... naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares em forma de meia lua, os brincos, os braceletes, os véus, os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, as caixinhas de perfume do nariz, os vestidos diáfanos, os mantos, os xales, as bolsas, os espelhos, as capinhas de linho, e as toucas e os véus.” (Isaías 3:16-23). Mulher na profecia bíblica simboliza igreja. Nessa profecia, as mulheres (igrejas) foram severamente julgadas por causa de seu orgulho, que está ligado diretamente ao adorno externo. Pelo fato de estarmos lutando contra o pecado e tentação, agora não é o tempo certo para glorificar nosso exterior. O supremo alvo do cristão é atrair a atenção para Cristo, não para si mesmo. Decorando nossos corpos mortais com pedras e brilhantes, facilmente o orgulho vai nascer, e isto é totalmente oposto ao espírito e aos princípios de Jesus. “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mat. 23:12). O orgulho da própria aparência foi o grande fator da rebelião e queda de
Lúcifer. Quando originalmente Deus criou Lúcifer como um anjo perfeito, lhe deu muitas pedras preciosas como seu vestuário “o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda. Os teus engastes e ornamentos eram feitos de ouro.” (Ezequiel. 28:13). Desde que Adão e Eva caíram em pecado, nós humanos, temos que lutar com a mesma natureza pecaminosa que tem o orgulho em sua raiz. Deus, por isso, ordenou-nos a não usar jóias. Em nossa condição pecaminosa, não estamos mais aptos a resistir a tendência do orgulho, do que foi Lúcifer. Quando nosso corpo for transformado, na segunda vinda de Cristo, não seremos mais tentados a pecar. Unicamente então, Jesus considerará seguro colocar uma coroa de ouro em nossa cabeça. Enquanto isso não acontece, fazemos bem em seguir o conselho dado por Paulo às mulheres: “quero que, do mesmo modo, as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos dispendiosos, mas (como convém as mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” I Timóteo 2:9-10.
Pobres “Investimentos”...
Nos cristãos somos fiéis administradores da causa de Deus. Alguns usam tantas jóias que se fossem vendidas, poderiam construir uma igreja inteira num campo missionário. Nosso dinheiro deveria ser gasto para disseminar o evangelho na prática, de modo eficaz. O Senhor pergunta: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o produto do seu trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Isaías 55:2 - veja também Mateus 6:19-21).
Pequenos Ídolos
Quando apresento a verdade bíblica a respeito das jóias, raramente ouço queixas daqueles que são recém convertidos. Mas alguns outros, que tem estado na igreja durante anos, freqüentemente ficam tristes e argumentam, “Isto é uma coisa tão pequena!” Minha resposta é: “se é uma coisa tão pequena, então por que é tão difícil para você abandoná-la?” Um pouco de ouro ou prata podem se tornar um grande ídolo. Deus adverte Seu povo que vive nos últimos dias: “Naquele dia os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostarem, e meter-se-ão pelas fendas das rochas, e pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa do esplendor da Sua majestade, quando Ele se levantar para sacudir a terra.” Isaías 2:20-21.
Somos o Templo de Deus
A mais bela construção da Antigüidade era o templo de Deus, construído pelo rei Salomão. Seu exterior era coberto com pedras de puro mármore branco. Muito interessante é notar que o ouro, estava no interior do templo. A Bíblia diz que este é igualmente um bom modelo para os ‘templos vivos’. “A beleza das esposas não seja o enfeite exterior, como o frisado dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas a beleza interior, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus.” (I Pedro 3:3-4). Como o antigo templo de Salomão, nosso ouro deveria estar no interior! Os princípios bíblicos contra o uso de jóias, tem sido uma bênção à causa de Deus. Eles dão liberdade para os membros. O povo de Deus tem então mais dinheiro para gastar na disseminação do evangelho, e no suprimento das necessidades dos povos sofridos. Eles estão livres dos sentimentos de insegurança. Os homens não necessitam se preocupar sobre o anel que deram a
esposa ou namorada, se é bonito o suficiente ou se dá uma boa afirmação social. E as mulheres não tem que investir nada de sua energia emocional na comparação de suas jóias com as das outras. O padrão de Deus tem sido uma tremenda bênção, e nós precisamos mantê-lo assim!
A Primeira Impressão é a que Fica
Duas mulheres simbólicas aparecem em Apocalipse, nos capítulos 12 e 17. Elas representam os dois grandes poderes religiosos que estão em conflito, por toda a história da igreja. Embora nenhuma das mulheres fale uma só palavra que seja, sabemos qual é a verdadeira e qual é a falsa. Como? O primeiro modo como a Bíblia as identifica é pelas roupas que estão usando. Apocalipse 12:1 diz: “viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.” A primeira mulher, que representa a igreja de Deus, está usando uma luz natural. Sua igreja está vestida com a pura e não falsificada luz que Ele fez. Por contraste, a Segunda mulher, que representa uma igreja falsa, está enfeitada com jóias e roupas finas. Sua beleza é externa e artificial. Apocalipse 17:4 fala que, “A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.” Obviamente sua descrição esta associada com a aparência do mal, e somos ordenados a “Abster-nos de toda a aparência do mal” (I Tessalonicenses 5:22). Jesus mesmo recomendou: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:16). A Palavra de Deus nos orienta a deixar nossa própria luz (não nossos enfeites externos) brilhar tanto, que outros possam ver nossas obras (não nossas riquezas) e glorificar a Deus (não a nós mesmos).
Cristo é Nosso Exemplo
Também tenho sido questionado, muitas vezes, se não haveria problema em usar um crucifixo. Bem, Jesus nunca pediu para usarmos uma cruz. Ele pediu para levarmos a cruz. Tomar nossa cruz e seguir a Jesus é muito mais desafiador que usar uma camiseta, um grande adesivo, ou uma pequena cruz dourada como propaganda vazia. Jesus disse que tomar a cruz significa que, como cristão, você deve negar-se a si mesmo, tomar cada dia a sua cruz e segui-lo.” Lucas 9:23. Sempre que estiver em dúvida, pergunte: “O que faria Jesus?” Se seguirmos a Jesus, estaremos sempre seguros. Pessoalmente, não posso imaginar meu Jesus furando Suas próprias orelhas, nariz, ou qualquer outra parte, mesmo com o fim de pendurar pedras brilhantes em suas extremidades. O exemplo de Jesus nas Escrituras é continuamente de modéstia e simplicidade prática. Quando Ele foi crucificado, os soldados romanos dividiram Suas vestes entre si. Note que eles não tiraram a sorte por Suas jóias. Ele não possuía nenhuma. Em vez disso, eles tiveram que disputar Sua peça de roupa mais valiosa uma modesta túnica sem costura. (João 19:23-24).
Eis uma mensagem que mostramos repetidamente: quando amamos a Jesus, queremos seguir Seu exemplo. “Aquele que diz que está nEle, também deve andar como Ele andou.” I João 2:6.
Mudança de Proprietário
Numa pequena cidade onde vivi, havia uma casa que era bem conhecida por sua aparência: tudo em ruínas. Ferro-velho, lixo e uma mistura de sucatas espalhadas pelo pátio. A pintura descascando, janelas quebradas, e cachorros famintos no jardim. Era uma vergonha para toda comunidade. Então um dia, depois de voltar de uma longa viagem, andando pela cidade; fiquei aturdido pela dramática mudança que tinha ocorrido naquela casa vergonhosa. A velha pintura descascada tinha sido lixada e agora uma nova pintura embelezava as paredes. Janelas novas e limpas estavam no lugar das antigas, e todas as sucatas e ferro velho tinham sido tiradas! O jardim foi limpo e coberto com um novo gramado. Eu não podia deixar de perguntar o que causou a mudança. Instantaneamente descobri que a casa tinha um novo proprietário.
Todos nós, de uma forma ou outra, nos parecemos com a velha casa em ruínas. O pecado reinou em nosso coração, e levou à queda, impureza e confusão. Mas sempre que uma pessoa permite a Jesus entrar no coração, o processo de limpeza começa imediatamente. Jesus remove aquelas coisas que manchavam a beleza interior do cristão, e as pessoas notam a beleza externa. Jesus deixou de lado Sua coroa, e Seu trono Celestial quando veio ao nosso mundo, para nos salvar. Ele entregou suas vestes terrenas quando morreu na cruz pelos nossos pecados. Seria muito para Ele, pedir que tiremos nossos enfeites sem vida, para que possamos refletir melhor Sua pureza e humildade neste mundo caído? Como você viu, existem muitas e boas razões para os cristãos absterem-se das jóias. Mas se eu tiver de escolher as duas melhores, escolheria estas: amor a Deus, e amor ao nosso próximo. “Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1-2.
Texto: Doug Batchelor
Tradução: Udolcy Zukowski
Adaptação: Erton Kohler
Esta e uma questão que tem sido fortemente debatida ultimamente. Não gostaria que minhas palavras viessem a colocar mais lenha na fogueira. Espero espalhar luz, não fogo. Meu desejo é que as pessoas fundamentem sua fé e prática na Palavra de Deus. A Bíblia define bem claramente o assunto da aparência externa do cristão. Mas, infelizmente, muita gente (inclusive igrejas) mantém um estranho silencio nesse tema.
Algumas pessoas tratam o assunto como um problema pequeno. Não duvido até que alguém possa pensar: “com tantos problemas sérios na igreja, porque você quer enfocar alguma coisa tão insignificante e tão aceita por aí?” Por favor, lembre-se: “O que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação” (Lucas 16:15). Freqüentemente, as coisas que parecem pequenas na superfície, são as que tem maiores conseqüências. Creio que isto também é verdade na questão das jóias. Há perigos ocultos e sutis associados ao uso de jóias. Portanto, se você é um cristão convertido, que procura saber como refletir melhor ao Senhor nestes últimos dias, por favor, mantenha sua mente aberta porque vamos raciocinar juntos nas Escrituras.
O Fruto, Não a Raiz!
O poder do evangelho começa no interior, transformando o coração, ainda que invisível aos olhos humanos. Mas logo em seguida ele continua a fluir e infiltrar-se em cada área da vida, produzindo evidentes mudanças externas. Exatamente como uma planta, a semente nasce embaixo da terra. Mas se a raiz é saudável, a planta logo se vai aparecer e produzir frutos acima do solo. Foi Jesus quem disse: “pelos seus frutos os conhecereis” Mat. 7:20. Você notou? Ele não disse, que os cristãos seriam reconhecidos pelas raízes que crescem debaixo da terra, mas pelo fruto, que aparece.
Quando uma pessoa aceita a Cristo como seu Senhor, o Espírito Santo começa a impressiona-la a fazer grandes mudanças. Elas serão visíveis naquilo que está sobre a mesa no lanche e na televisão depois do jantar. De uma estante de livros até a despensa, Jesus deverá penetrar em toda a vida. Quando Ele está no coração, influencia todas as áreas da vida. Este é o ensino básico do cristianismo. O apóstolo Paulo advertiu a Tito sobre aqueles que “professam conhecer a Deus, mas negam-se pelas suas obras” (Tito 1:16). E Tiago é claro, como cristal, ao afirmar que um relacionamento enraizado em Jesus, produzirá evidência externa. “Mas dirá alguém: Tu tens fé; eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem as tuas obras” (Tiago 2:18). Você não pode ser um cristão em seu coração, sem mostrar isso no seu exterior.
Embaixadores de Deus
Nós, a igreja, somos as mãos, os pés, os olhos, a boca, e também os ouvidos de Jesus no mundo de hoje. Somos o corpo de Cristo. Nosso Senhor falou, “assim como o Pai me enviou, eu vos envio” João 20:21. Somos enviados ao mundo, para mostrar quem é Jesus. Através do Espírito Santo, nos tornamos Seus representantes para refletir Sua imagem em tudo; desde o modo como falamos e trabalhamos, até maneira como nos alimentamos e vestimos. Em II Cor. 3:18, Deus diz que “todos nós... somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito Santo do Senhor.” Há alguns anos atrás, escândalos vergonhosos envolveram vários evangelistas na TV bem conhecidos na América do Norte. Aqueles que se opunham a um cristianismo cheio de regozijo, zombaram da imoralidade e hipocrisia, exibidos na vida desses homens e suas mulheres que professavam pregar em nome de Jesus. Durante esse tempo trágico, a mídia secular freqüentemente se referia as suas roupas extravagantes e jóias vistosas, como prova de que esses professos cristãos não eram genuínos. Estes inconstantes pregadores de TV até inspiraram um famoso músico norte americano, a escrever uma canção popular intitulada “Would Jesus wear a Rolex? ”(Jesus usaria um Rolex?). Tenho certeza de que os anjos choraram, tanto quanto alguns líderes cristãos. Devido a sua aparência indecente, tornaram-se alvo fácil para a perdição.
Exibindo Nossa Natureza
Vamos dar uma olhada na origem das jóias. Deus fez todo o ouro, prata, e pedras preciosas do mundo, e pretendia usa-las de maneira prática. Como esses minerais são tão raros e valiosos, mesmo em pequenas quantidades, há muito tempo eles começaram a ser usados como moeda. Com o passar do tempo, o povo começou a “usar” seu dinheiro a fim de impressionar os outros com sua riqueza. Quando os compradores iam ao mercado para comprar algum item caro, eles simplesmente tiravam um de seus anéis ou braceletes, e efetuavam o pagamento. Depois que Rebeca deu a beber aos camelos do servo de Abraão; a Bíblia diz que eles pagaram a ela dessa maneira. “Quando os camelos acabaram de beber, o homem tomou um pendente de ouro, de meio siclo de peso e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro” (Gên. 24:22). Quando os filhos de Israel trouxeram uma oferta ao Senhor, para construir o tabernáculo, eles usaram as jóias que tinham recebido dos egípcios. Esse era o seu dinheiro. “Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração, trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro. Todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor” (Êxodo 35:22). Não há nada de errado, obviamente, com o fato de ter dinheiro. Mas a questão é: Deus deseja que os cristãos usem suas riquezas para que todos vejam? Claro que não. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim. 6:10. Já que a cobiça é pecado, porque você tentaria um irmão ou irmã a cobiçar o seu dinheiro, que é ostentado a todo mundo? Qual seria o motivo para um cristão fazer isso? Tenho encontrado muitas pessoas sinceras que foram a algumas igrejas populares, somente para depois irem embora desapontadas, porque perceberam um espírito de vaidade e exibição entre os membros. Como seria bom podermos oferecer a essas pessoas uma igreja, onde o rico e o pobre não ostentam seu status pelo uso exibicionista de roupas e jóias. Esses indivíduos se emocionam ao adorar, onde não sintam que são desprezados, se não estão na última moda.
As Jóias Justificadas
Os que procuram justificar o uso de jóias, normalmente citam histórias da Bíblia nas quais os filhos de Deus usaram ouro, prata ou jóias. Por exemplo, as Escrituras relatam o assunto sem comentários, que José usou um anel e “um colar de ouro no seu pescoço” (Gên. 41:42); que Saul usou um bracelete (II Samuel 1:10); que Mardoqueu recebeu um anel de Assuero (Ester 8:2); e que o rei Belssazar deu a Daniel um manto púrpura e colocou “uma cadeia de ouro ao pescoço” (Daniel 5:29). Mas, lembre-se, apenas porque algo aparece na Bíblia não significa que Deus o aprova. As Escrituras simplesmente relatam com fidelidade a história do povo de Deus, incluindo todas as suas falhas. Noé bebeu vinho e ficou bêbado (Gênesis 9:20-21). Ló teve relações sexuais com suas filhas e engravidou-as (Gênesis 19:30-38). Judá pagou uma prostituta por uma noite, engravidou-a, e mais tarde descobriu que ela era a sua nora (Gênesis 38:12-26). Não podemos admitir que Deus aprove tais práticas repugnantes, apenas porque esses incidentes são mencionados na Bíblia. Outras passagens da Escritura claramente nos falam que Deus condena o álcool, incesto, prostituição, e jóias como não produtivos para não executar seus propósitos para a humanidade. Uma história que é freqüentemente citada para justificar as jóias, é a do Filho Pródigo. Desde que o pai “colocou um anel em sua mão”, alguns dizem assim: Deus quer que usemos jóias. Obviamente, você pode ver facilmente, que esta parábola não é um comentário inspirado dizendo que os cristãos deveriam sar anéis. Além disso, o anel que o pai deu a seu filho, era mais parecido com um anel de sinete. Os anéis de sinete continham o selo da família. As pessoas usavam-nos para imprimir este selo singular sobre documentos oficiais. Era a assinatura da família. Antes que um ornamento para exibição, anéis de sinete eram uma ferramenta para legalizar documentos e eram normalmente usados sobre o dedo indicador.
Investindo no Interior
Outro argumento que aparece, as vezes, é o de que o uso de jóias é uma forma de manter, com capricho e beleza, o corpo que Deus criou. Mas será que é isso, afinal, que Deus espera de nós? Seu desejo para o nosso corpo pode ser bem expresso em uma frase: investir no interior e manter o exterior. Isso significa concentrar mais tempo e recursos cuidando da saúde e da vida espiritual, pois são elas que vão nos deixar mais próximos de Deus e nos tornar melhores testemunhas dEle. Já o cuidado com o exterior significa manter uma imagem de asseio, higiene e bom gosto. Cuidar do cabelo para mantê-lo limpo, bem penteado e cortado; manter o corpo bem lavado, as unhas bem cortadas e limpas, etc. Não usar jóias não significa relaxar, mas ter bom gosto e capricho. Deus espera que não venhamos a priorizar aquilo que não beneficia nossa vida física ou espiritual, mas que o investimento seja colocado naquilo que traz resultados positivos no presente e também no futuro. Ele quer que a atenção seja chamada para o interior, e não para o exterior. A verdade é que investimos naquilo que é mais importante para nós, e sempre que se investe em uma área, se enfraquece a outra.
Por Que Ser Uma Pedra de Tropeço?
Uma razão para não usar bebidas alcoólicas, é porque uma em cada sete pessoas que as consomem se tornarão alcoólatras. Mesmo que eu seja hábil para beber moderadamente, não quero que meu mal exemplo cause a ruína de outra pessoa, especialmente por alguma coisa tão desnecessária como bebidas embriagantes. O mesmo princípio é verdadeiro sobre as jóias. A gente vê pessoas que se cobrem com ouro e jóias preciosas. A maioria das pessoas que usam jóias, não se dão conta de seu próprio valor. Elas esperam sentir-se mais valorizadas por cobrirem-se a si mesmas com objetos caros. Outras acreditam que não são tão atraentes e esperam aumentar sua beleza ao se enfeitarem com belas pedras. Não podem se controlar. Pensam que se um é bom, então dez será melhor. Apenas para lembrar, nunca escutei de um homem: “Ela não é bonita? Apenas olhe suas jóias!”. Bem, aqui está a grande questão. Qual é o objetivo? Se é certo para mulheres usarem brincos, então quem dirá que é errado para o homem? Se um anel ou brincos são aceitáveis, então porque não três ou quatro? Se um membro da igreja pode usar jóias, por que não um pastor? Se uma jóia na orelha é totalmente certo, então o que há de errado com um osso no nariz? Talvez você tenha notado a moderna mania de piercing no rosto. Quatro brincos na orelha e argolas no nariz com uma corrente entre elas. As pessoas
estão usando também piercing no corpo e argolas nas sobrancelhas, umbigo, língua e outros lugares de sua intimidade. Por que um cristão desejaria ser uma pedra de tropeço a alguém e lhe encorajar a usar uma jóia? Isto é totalmente desnecessário. Especialmente para pessoas que estão se preparando para o encontro com Jesus.
Se eu estiver usando alguma jóia, posso abrir as comportas da inconsistência pelo mau exemplo, e levar muitos a tropeçar. Se realmente amo o meu irmão, por que deveria insistir em correr esse risco, por algo tão desnecessário como as jóias?
Modéstia e Humildade
O propósito original da roupa foi cobrir a nudez de nossos primeiros pais. Adão e Eva nunca sonharam em pendurar ouro ou prata sobre o corpo, para salientar suas folhas de figueira! As vestes eram modestas e os protegiam. Algum dia Deus colocará uma coroa dourada de vitória sobre a fronte dos vencedores. Então, mesmo assim, os salvos removerão sua coroas de ouro na presença de Deus. (Apoc. 4:10-11). Observe o que Deus falou ao profeta Isaías acerca de jóias e roupas vistosas. “Diz o Senhor: visto que as filhas de Sião se exaltam, e andam de pescoço erguido, e tem olhares impudentes, e quando andam, como que vão dançando, e fazendo retinir os ornamentos de seus pés,... naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares em forma de meia lua, os brincos, os braceletes, os véus, os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, as caixinhas de perfume do nariz, os vestidos diáfanos, os mantos, os xales, as bolsas, os espelhos, as capinhas de linho, e as toucas e os véus.” (Isaías 3:16-23). Mulher na profecia bíblica simboliza igreja. Nessa profecia, as mulheres (igrejas) foram severamente julgadas por causa de seu orgulho, que está ligado diretamente ao adorno externo. Pelo fato de estarmos lutando contra o pecado e tentação, agora não é o tempo certo para glorificar nosso exterior. O supremo alvo do cristão é atrair a atenção para Cristo, não para si mesmo. Decorando nossos corpos mortais com pedras e brilhantes, facilmente o orgulho vai nascer, e isto é totalmente oposto ao espírito e aos princípios de Jesus. “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mat. 23:12). O orgulho da própria aparência foi o grande fator da rebelião e queda de
Lúcifer. Quando originalmente Deus criou Lúcifer como um anjo perfeito, lhe deu muitas pedras preciosas como seu vestuário “o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda. Os teus engastes e ornamentos eram feitos de ouro.” (Ezequiel. 28:13). Desde que Adão e Eva caíram em pecado, nós humanos, temos que lutar com a mesma natureza pecaminosa que tem o orgulho em sua raiz. Deus, por isso, ordenou-nos a não usar jóias. Em nossa condição pecaminosa, não estamos mais aptos a resistir a tendência do orgulho, do que foi Lúcifer. Quando nosso corpo for transformado, na segunda vinda de Cristo, não seremos mais tentados a pecar. Unicamente então, Jesus considerará seguro colocar uma coroa de ouro em nossa cabeça. Enquanto isso não acontece, fazemos bem em seguir o conselho dado por Paulo às mulheres: “quero que, do mesmo modo, as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos dispendiosos, mas (como convém as mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” I Timóteo 2:9-10.
Pobres “Investimentos”...
Nos cristãos somos fiéis administradores da causa de Deus. Alguns usam tantas jóias que se fossem vendidas, poderiam construir uma igreja inteira num campo missionário. Nosso dinheiro deveria ser gasto para disseminar o evangelho na prática, de modo eficaz. O Senhor pergunta: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o produto do seu trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Isaías 55:2 - veja também Mateus 6:19-21).
Pequenos Ídolos
Quando apresento a verdade bíblica a respeito das jóias, raramente ouço queixas daqueles que são recém convertidos. Mas alguns outros, que tem estado na igreja durante anos, freqüentemente ficam tristes e argumentam, “Isto é uma coisa tão pequena!” Minha resposta é: “se é uma coisa tão pequena, então por que é tão difícil para você abandoná-la?” Um pouco de ouro ou prata podem se tornar um grande ídolo. Deus adverte Seu povo que vive nos últimos dias: “Naquele dia os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostarem, e meter-se-ão pelas fendas das rochas, e pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa do esplendor da Sua majestade, quando Ele se levantar para sacudir a terra.” Isaías 2:20-21.
Somos o Templo de Deus
A mais bela construção da Antigüidade era o templo de Deus, construído pelo rei Salomão. Seu exterior era coberto com pedras de puro mármore branco. Muito interessante é notar que o ouro, estava no interior do templo. A Bíblia diz que este é igualmente um bom modelo para os ‘templos vivos’. “A beleza das esposas não seja o enfeite exterior, como o frisado dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas a beleza interior, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus.” (I Pedro 3:3-4). Como o antigo templo de Salomão, nosso ouro deveria estar no interior! Os princípios bíblicos contra o uso de jóias, tem sido uma bênção à causa de Deus. Eles dão liberdade para os membros. O povo de Deus tem então mais dinheiro para gastar na disseminação do evangelho, e no suprimento das necessidades dos povos sofridos. Eles estão livres dos sentimentos de insegurança. Os homens não necessitam se preocupar sobre o anel que deram a
esposa ou namorada, se é bonito o suficiente ou se dá uma boa afirmação social. E as mulheres não tem que investir nada de sua energia emocional na comparação de suas jóias com as das outras. O padrão de Deus tem sido uma tremenda bênção, e nós precisamos mantê-lo assim!
A Primeira Impressão é a que Fica
Duas mulheres simbólicas aparecem em Apocalipse, nos capítulos 12 e 17. Elas representam os dois grandes poderes religiosos que estão em conflito, por toda a história da igreja. Embora nenhuma das mulheres fale uma só palavra que seja, sabemos qual é a verdadeira e qual é a falsa. Como? O primeiro modo como a Bíblia as identifica é pelas roupas que estão usando. Apocalipse 12:1 diz: “viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.” A primeira mulher, que representa a igreja de Deus, está usando uma luz natural. Sua igreja está vestida com a pura e não falsificada luz que Ele fez. Por contraste, a Segunda mulher, que representa uma igreja falsa, está enfeitada com jóias e roupas finas. Sua beleza é externa e artificial. Apocalipse 17:4 fala que, “A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.” Obviamente sua descrição esta associada com a aparência do mal, e somos ordenados a “Abster-nos de toda a aparência do mal” (I Tessalonicenses 5:22). Jesus mesmo recomendou: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:16). A Palavra de Deus nos orienta a deixar nossa própria luz (não nossos enfeites externos) brilhar tanto, que outros possam ver nossas obras (não nossas riquezas) e glorificar a Deus (não a nós mesmos).
Cristo é Nosso Exemplo
Também tenho sido questionado, muitas vezes, se não haveria problema em usar um crucifixo. Bem, Jesus nunca pediu para usarmos uma cruz. Ele pediu para levarmos a cruz. Tomar nossa cruz e seguir a Jesus é muito mais desafiador que usar uma camiseta, um grande adesivo, ou uma pequena cruz dourada como propaganda vazia. Jesus disse que tomar a cruz significa que, como cristão, você deve negar-se a si mesmo, tomar cada dia a sua cruz e segui-lo.” Lucas 9:23. Sempre que estiver em dúvida, pergunte: “O que faria Jesus?” Se seguirmos a Jesus, estaremos sempre seguros. Pessoalmente, não posso imaginar meu Jesus furando Suas próprias orelhas, nariz, ou qualquer outra parte, mesmo com o fim de pendurar pedras brilhantes em suas extremidades. O exemplo de Jesus nas Escrituras é continuamente de modéstia e simplicidade prática. Quando Ele foi crucificado, os soldados romanos dividiram Suas vestes entre si. Note que eles não tiraram a sorte por Suas jóias. Ele não possuía nenhuma. Em vez disso, eles tiveram que disputar Sua peça de roupa mais valiosa uma modesta túnica sem costura. (João 19:23-24).
Eis uma mensagem que mostramos repetidamente: quando amamos a Jesus, queremos seguir Seu exemplo. “Aquele que diz que está nEle, também deve andar como Ele andou.” I João 2:6.
Mudança de Proprietário
Numa pequena cidade onde vivi, havia uma casa que era bem conhecida por sua aparência: tudo em ruínas. Ferro-velho, lixo e uma mistura de sucatas espalhadas pelo pátio. A pintura descascando, janelas quebradas, e cachorros famintos no jardim. Era uma vergonha para toda comunidade. Então um dia, depois de voltar de uma longa viagem, andando pela cidade; fiquei aturdido pela dramática mudança que tinha ocorrido naquela casa vergonhosa. A velha pintura descascada tinha sido lixada e agora uma nova pintura embelezava as paredes. Janelas novas e limpas estavam no lugar das antigas, e todas as sucatas e ferro velho tinham sido tiradas! O jardim foi limpo e coberto com um novo gramado. Eu não podia deixar de perguntar o que causou a mudança. Instantaneamente descobri que a casa tinha um novo proprietário.
Todos nós, de uma forma ou outra, nos parecemos com a velha casa em ruínas. O pecado reinou em nosso coração, e levou à queda, impureza e confusão. Mas sempre que uma pessoa permite a Jesus entrar no coração, o processo de limpeza começa imediatamente. Jesus remove aquelas coisas que manchavam a beleza interior do cristão, e as pessoas notam a beleza externa. Jesus deixou de lado Sua coroa, e Seu trono Celestial quando veio ao nosso mundo, para nos salvar. Ele entregou suas vestes terrenas quando morreu na cruz pelos nossos pecados. Seria muito para Ele, pedir que tiremos nossos enfeites sem vida, para que possamos refletir melhor Sua pureza e humildade neste mundo caído? Como você viu, existem muitas e boas razões para os cristãos absterem-se das jóias. Mas se eu tiver de escolher as duas melhores, escolheria estas: amor a Deus, e amor ao nosso próximo. “Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1-2.
Texto: Doug Batchelor
Tradução: Udolcy Zukowski
Adaptação: Erton Kohler
Nenhum comentário:
Postar um comentário