domingo, 22 de julho de 2007

O Bode Azazel


Yom Kipur – Dia da Expiação

1. Observações gerais : A palavra AZAZEL ( lzEaz"[;) só ocorre 4 vezes na Bíblia (Lev. 16:8, 10, 26). É traduzido por bode expiatório ou emissário. Azazel é um nome próprio e assim é traduzido na Bíblia de Jerusalém, na versão Brasileira, na Bíblia anotada de Scofield e na versão castelhana de Casiodoro de Reina/Cipriano de Valera. Os estudiosos cristãos e hebreus concordam que Azazel representa ou tipifica Satanás. O que chama a atenção de imediato é que no ritual do Yom Kipur (ou da expiação), apesar da escolha e separação de dois bodes para o importante cerimonial da expiação, apenas um é sacrificado: Aquele separado por sorte à Jeovah. Assim, o bode separado à Zazazel morre com todos os “pecados” pois não derrama sequer uma gata de sangue. Ele só toma parte no ritual após a realização da expiação do primeiro bode que com sua morte e derramamento do seu sangue, purificava o santuário e levava todos os pecados do povo de Israel. ( Lev. 16:17-20) Todos os pecados do povo que foram perdoados, expiados, com o derramamento de sangue do bode dedicado ao Senhor, foram simbolicamente colocados sobre o bode para Azazel. Satanás é o autor e incentivador do pecado, jamais salvador. Os inúmeros escritos da Igreja Adventista jamais afirmaram ou desposaram crença que Satanás ou o bode para Azazel tem parte vicaria no perdão dos pecados dos homens. Unicamente Jesus com sua morte na cruz tem este poder e missão. Ele receberá com seus anjos rebelados, e todos os ímpios por ele enganados durante os séculos, merecido castigo que é a “segunda morte”.
Resumindo, damos as diferentes etapas deste cerimonial: 1. O sumo sacerdote sorteava dois bodes: um para o Senhor Jeovah, e outro para Azazel. (Festa do Yom Kipur- Dia da expiação) 2. No bode separado por sorte ao Senhor, o sumo sacerdote colocava as mãos sobre sua cabeça e confessava todos os pecados do povo, era degolado, e o sangue derramando em favor dos pecados do povo e da purificação do santuário. 3. O sumo sacerdote tomava do sangue deste bode e entrava no segundo compartimento (chamado de lugar santíssimo) uma vez/ano, e aspergia 7 avezes sobre o propiciatório. 4. Em seguida, o sumo sacerdote saia do santuário e tomava agora o segundo bode, vivo, reservado para Azazel. Colocava ambas as mãos sobre sua cabeça e confessava todos os pecados, transgressões e iniquidade do povo de Israel, “armazenados” durante todo o ano no santuário e já simbolicamente confessados. 5. O bode para Azazel era então levado por uma pessoa designada para um lugar solitário e deserto e ali deixado para morrer de fome e de sede. 2 6. Devemos lembrar o que Deus disse à Moisés: “É o sangue que fará expiação pela alma (vida)” Lev. 17:11. Paulo reforçou este mandamento e disse: “sem derramamento de sangue não há remissão.” Heb. 9:22.. 7. O bode emissário só entra em cena depois de consumada a expiação do 1º bode separado para o Senhor e destinado a limpar os pecados do povo e do
santuário. É infantilidade então dizer que Azazel entra de forma efetiva no perdão dos pecados do povo e é co participante na expiação. Lembramos mais uma vez que o bode para Azazel não toma parte na expiação dos pecados do povo. Tão somente ganha de “presente” todos os pecados que sobre ele focam quando o sumo sacerdote confessa estes pecados, e que sobre ele são transferidos simbolicamente até o dia do juízo quando será julgado, exterminado e queimado com os ímpios. Os pecados do povo e do santuário foram apagados com o sacrifício do bode dedicado ao Senhor. Azazel não teve qualquer participação no cerimonial para o perdão destes pecados. Jesus fez uma redenção completa, total, eficaz e retroativa até Adão com seu sangue derramado na cruz em favor do pecador arrependido. (Mat. 26:28) 8. Satanás com todos os pecados do povo de Deus durante os séculos sobre si, estará prisioneiro pelas circunstâncias durante mil anos nesta terra desolada e sem moradores, até chegar a hora do ajustes de contas com Deus no dia do juízo. Ele terá de pagar e sofrer por toda rebelião, miséria e morte como principal responsável pelos pecados do homem. Todo o cerimonial que se desenrrolava no dia da expiação (Yom Kipur) no tabernáculo ou no templo, fora expressamente dita à Móises por Deus. Devia ser seguido a risca e obedecido rigorosamente em cada detalhe. Nenhum ajuste, adaptação ou modificação poderia ser feita sob pena de afrontar o nome de Deus e prejudicar o cerimonial no seu conjunto e sua eficácia. Cada detalhe tinha um profundo significado e devia ser obedecido e seguido mesmo não conhecendo ou sabendo o homem toda sua amplitude, profundidade e significado. Deus assim o ordenara na sua soberana vontade. Não cabia ao homem perguntar o por que. Todo este cerimonial fora seguido e obedecido enquanto o templo funcionou. Dele podemos aprender importantes lições que Deus desejou ensinar ao homem e às congregações religiosas durante os séculos, e aperfeiçoadas no ministério do Messias Jesus. (Heb. 9:11,12) Consulte C.S. Capitulo 41.Concluindo nossas considerações, afirmamos baseados nas meridianas verdades e clareza das Sagradas Escrituras a Bíblia: 1. Aqueles que ensinam a imortalidade inerente da alma do homem (imortalidade da alma – palavras jamais encontradas na Bíblia) após a morte, pregam uma doutrina de demônios ao afirmar que o crente fiel ao morrer vai direto para o céu sem ser julgado isto é, antes do julgamento final porque sua alma é imortal. 2. Os que crêem e ensinam que Satanás não será aniquilado ou totalmente destruído com seus anjos maus e com os ímpios não arrependidos, porém ficarão no tormento e castigo eternos, pregam mentiras.
3 3. Neste caso estão afirmando que o PECADO FICARÁ ETERNIZADO, verdadeira aberração totalmente fora da Bíblia. 4. Esta doutrina contradiz a Bíblia que afirma que Deus restaurará todas as coisas e criará novo céu e nova terra. (Apoc. 21; Is. 65:17; 66:22) 5. Contradiz também ao profeta Naum quando diz: Naum 1:9; “Não se levantará por duas vezes a angustia (Aflição, opressão).” (Lo takum paamaim tzará - do hebraico.) 6. Castigo e juízo de Deus sobre Satanás e ímpios é diferente de expiação vicaria. Os ignorantes e mentirosos desconhecem este fato. A doutrina da imortalidade da alma é um doutrina diabólica (primeira mentira de Satanás no Eden ao enganar Eva). O pecado jamais poderia ficar eternizado com a eternidade do sofrimento de Satanás, seus anjos e ímpios que rejeitaram a misericórdia de Jesus com sua morte vicária nas cruz.

(Mário Feller, CD Capacitando Sua Liderança,2003)

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