quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Por que sofremos?

Sob o sol quente do deserto da Arábia Saudita, a voz de um capelão soa através de filas e mais filas de soldados em uniforme de camuflagem. "A morte nunca é justa", disse ele. Ao seu lado, em cima de uma mesa, há um capacete e um par de botas de combate que representam o homem que eles vieram prantear. Mais tarde, um pouco antes do toque de recolher, o primeiro sargento fez a chamada. Quando chegou num nome, ele chamou três vezes, "Cabo Riggs? Cabo Riggs? Cabo Riggs?" Mas não houve resposta. O bravo soldado que havia sobrevivido a sete meses de "Escudo no Deserto" e "Tempestade no Deserto", viveu menos de 24 horas depois de voltar para casa em Detroit. Ele fora assassinado na rua, a sangue frio, ceifado na plenitude da vida."A morte nunca é justa", disse o capelão. E suas palavras deixaram muitos se perguntando
- por quê? Se Deus está governando dos céus, por que então tantas coisas parecem tão injustas aqui na Terra?O cabo do exército Anthony Riggs era muito estimado entre os homens da Bateria Delta, que haviam sido designados para abater mísseis Scud sobre o deserto da Arábia. Ele era amigável e muito trabalhador. Seus amigos o chamavam de "Lâmpada Elétrica". Seu batalhão disparou mais mísseis Patriot do que qualquer outro no cenário saudita e recebeu crédito por 20 acertos. Anthony se preparou bem para a ação. Na noite do ataque mais pesado dos mísseis Scud, um oficial superior o viu de pé no topo de um lançador, gritando para os homens que estavam embaixo ajudando-o a recarregar: "Vamos! Mexam-se"!"Lâmpada Elétrica" não sabia o que era correr para o abrigo. Ele tinha uma dose especial de confiança. Em uma de suas cartas para casa ele escreveu, "De maneira alguma eu morrerei neste país. Com a graça do Senhor e Sua orientação, eu voltarei a andar em solo americano."Para Anthony, confiar em Deus não era apenas um reflexo na dificuldade. Ele fizera parte de um grupo vocal evangélico nos Estados Unidos. E seu pastor se lembrava dele como um homem afetuoso e gentil. Ele disse que Anthony era o tipo de pessoa que enfrentava seus desafios encarando-os alegremente".Bem, Anthony Riggs sobreviveu à guerra, e foi bem-vindo ao país como um de seus heróis.Um dia após a noite de seu regresso, ele começou a carregar uma perua alugada com os pertences de sua esposa. Traficantes de drogas haviam se mudado para sua vizinhança, no nordeste de Detroit. Anthony planejava levar sua esposa e a enteada Amber para um lugar melhor nos subúrbios.Naquela noite ele brincou com Amber e depois tirou um cochilo. Por volta de duas da manhã, ele estava tentando recuperar o tempo e resolveu levar a última carga para a perua. Um pouco depois cinco tiros foram ouvidos. Um vizinho correu para fora e o encontrou estatelado no chão com a cabeça contra a calçada. Anthony Riggs tentou respirar, tossiu e então morreu na escuridão. A polícia isolou o local na entrada da rua Conley.Foi um ato trágico, sem sentido. Ali estava um homem que havia lutado bravamente nos campos de batalha; ele havia sobrevivido à chuva de mísseis Scud que caíam à noite. Ele havia demonstrado ser um jovem responsável, trabalhador, com um futuro brilhante. Ele parecia ser um cristão sincero.E muitas pessoas perguntavam, por que ele, dentre todos? Por que Anthony Riggs? Parecia não haver uma boa resposta para aqueles tiros disparados na escuridão. E há tantos outros que se vão e que nos deixam com a mesma pergunta: por quê?Vemos crianças sendo consumidas pela leucemia e perguntamos: por quê? Vemos famílias temendo por suas vidas por causa de pais alcoólatras e perguntamos: por quê? Vemos corrupção, fome, opressão, e nos indagamos: Se Deus é bom, por que este mundo é tão mau? Se Deus ama realmente Seus filhos, por que tantos sofrem terrivelmente?Gostaria de partilhar com você uma resposta muito importante para essa pergunta. Não é a resposta completa, mas faz sentido, e é algo que geralmente é omitido.Eu acredito que uma certa parábola que Jesus contou nos ajudará a compreender a origem dos infortúnios do homem.O Mestre falou sobre um campo que foi lavrado e preparado perfeitamente para a semeadura. E Ele descreve um homem bom que plantou a semente no campo e esperava uma colheita abundante.Mas algum tempo depois um servo descobriu que joio inútil havia aparecido junto ao trigo, e levantou a seguinte pergunta:"...Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio"? (Mateus 13:27) Amigo, esta é a pergunta que todo ser humano enfrenta em algum momento na vida. Se Deus é bom, se Ele criou este mundo para florescer para Seus filhos, por que vemos tantas tragédias? Na parábola, Jesus diz que o patrão teve uma resposta simples. Ele disse, "Um inimigo fez isso".De onde vem o sofrimento? De onde vêm a doença, a tristeza e a angústia?A resposta de Jesus é: "Elas não apareceram por causa do dono do campo, ele plantou boa semente. Ele não semeou doença e sofrimento e morte. Foi um inimigo, um inimigo de Deus e do homem que veio durante a noite e espalhou sua semente da destruição.A Bíblia claramente identifica esse inimigo como Satanás, um ser que se rebelou contra Deus e desencadeou todo o problema do pecado. Nas Escrituras, o diabo não é apenas uma figura de contos de fada, que voa ao redor com um garfo. Ele é um ser bem real, que causa tragédias bem reais.Mas como foi que tudo começou? Na realidade, o profeta Ezequiel nos dá uma visão da queda de Satanás ao descrever um certo rei arrogante. O capítulo 28 de Ezequiel fala de um ser que era "o sinete da perfeição, cheio de sabedoria". Ele fora ordenado "o querubim da guarda" que andava no brilho das pedras "no monte santo de Deus". Mas alguma coisa aconteceu com esse poderoso anjo conhecido como Lúcifer. Veja o que aconteceu: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor..." (Ezequiel 28:18).O orgulho fez Lúcifer tropeçar no céu. Por quê? Foi Deus responsável por algum defeito em seu caráter? Não. Ezequiel se refere a esse anjo como "perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado".O que Deus fez foi criar seres com a capacidade de escolha. Deus não queria seres angelicais que LHE obedecessem só porque eram forçados a isto. Ele não queria robôs marchando pelo céu com as cabeças erguidas e ombros para trás, dirigidos por algum centro de controle cósmico. Deus queria que a adoração fosse livre, vinda de corações amorosos, de inteligências que apreciassem Seu caráter. Aqui está o problema. Se os indivíduos realmente têm o direito de escolha, então eles podem fazer escolhas erradas. Eles podem decidir não amar a Deus.E foi justamente o que Lúcifer fez. Ele se encheu de orgulho, começou a invejar o poder de Deus, e instigou uma rebelião. O profeta Isaías nos conta sobre os trágicos resultados: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra... Tu dizias no teu coração: "Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus... e serei semelhante ao Altíssimo" (Isaías 14:12-14).Lúcifer foi expulso do céu porque ele foi pego pelo eu, eu, eu. Ele não estava satisfeito com a privilegiada função que lhe foi concedida nas cortes celestes. Ele queria usurpar o lugar do Altíssimo.Lúcifer fez escolhas erradas. Ele teve a liberdade para fazer isso. Deus não é responsável pelo pecado, do mesmo modo que não é responsável pela embriaguez, por ter criado as uvas. Isto no entanto nos leva a outra pergunta. "Se Deus é amor, se Ele sabia que Satanás iria trazer tanta miséria para o Universo, por que Ele não o destruiu no começo? Por que Ele não o matou como nós mataríamos uma mosca"?Bem, o fato é que Deus poderia ter destruído Lúcifer assim que ele começou a ter pensamentos invejosos. Ele poderia ter cortado a rebelião pela raiz. Mas pense por um momento o que isso teria significado para todos os outros anjos.Uma analogia com o governo pode nos ajudar a compreender. Imagine que o presidente dos Estados Unidos, sentado em seu escritório oval em Washington, tenha sido acusado por um poderoso membro de seu gabinete de ser injusto, arbitrário e ditatorial. Ele alega que, na verdade, o presidente não tem em mente os interesses dos cidadãos, mas está usando o cargo para promover seus próprios interesses.E então, como o presidente deveria responder se as acusações são falsas? Será que ele deveria chamar o esquadrão antiterrorista da CIA para prender o membro de seu gabinete? Isso limparia seu nome? E se ele ordenasse às unidades da Guarda Nacional que cercassem o homem em sua casa? Isso resolveria o problema? Certamente você já entendeu. A reputação e credibilidade de Deus estavam em jogo quando Satanás proferiu seu arrogante desafio. A questão levantada era: É Deus realmente justo? É Seu caminho realmente o melhor? Eliminar a oposição não teria sido a resposta a esse desafio.Em vez disso, Deus escolheu um caminho melhor. Ele permitiria que o pecado existisse no Universo por um período de tempo. Quando fosse completamente demonstrado que rebelião contra Ele não traz felicidade, mas sim doença e desastre, quando todo o Universo visse que os caminhos de Deus trazem alegria e os caminhos de Lúcifer trazem morte, então, e somente então, Deus destruiria finalmente todo o mal. Assim, foi permitido a Lúcifer executar seu plano alternativo.Mas isso levanta uma outra pergunta. Como o planeta Terra foi envolvido? Foi ele simplesmente criado como um depósito de lixo para Satanás? Foram os seres humanos sentenciados a sofrer sob seu domínio? O livro de Gênesis nos conta que tudo era "bom" quando Deus criou este mundo, e isso incluia os primeiros seres humanos. Tudo era perfeito no Éden. Mas Deus criou seres humanos como livres agentes morais, exatamente como Ele havia dado aos anjos a liberdade de escolha. Eles poderiam escolher obedecer a Deus ou desviar-se dEle. Quando Eva passeava por perto da árvore proibida do Conhecimento do Bem e do Mal, Satanás, disfarçado em uma serpente, teve a oportunidade de espalhar suas mentiras. Eva contou a ele que Deus disse que ela morreria se comesse da árvore. E Satanás respondeu: "... É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3:4 e 5). Satanás estava dizendo essencialmente: "Você terá muito mais felicidade se me seguir. Deus está restringindo sua liberdade. Ele está te segurando, Ele está te amarrando."Tragicamente, Eva e seu esposo, Adão, aceitaram essa mentira. E hoje nós podemos ver os resultados dessa mentira por todos os lados. A alternativa de Satanás não é nada parecida com a propaganda que a Serpente fez no Éden. Vivemos num planeta em rebelião, num planeta cheio de pecado e morte.Após Adão e Eva comerem da árvore proibida, eles ficaram cheios de culpa e ansiedade. Quando Deus veio procurá-los no Jardim, eles se esconderam da Sua face. Desde então estamos correndo e nos escondendo. O pecado produz alienação entre o homem e Deus. As sementes da primeira guerra foram plantadas no coração dos pais da raça humana quando eles pecaram. A razão de existir abuso no lar, a razão da violência nas ruas, a razão de existir tanta hostilidade neste mundo é porque o pecado contaminou o coração humano. O homem alienado de Deus, é também alienado de seu próximo.A alternativa de Satanás, em resumo, produz morte. Todas as sepulturas que nós vemos são um testemunho e um testamento de sua grande mentira, "Certamente não morrereis". Pecado causa morte física, morte emocional e morte espiritual. Mas Deus simplesmente não nos abandonou à morte porque a raça humana se rebelou contra Ele. Não, amigo, desde o princípio, quando o pecado entrou em nosso mundo, Ele tinha um plano, Ele nos mostrou uma saída.Deus deu essa mensagem de advertência à serpente. Veja: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3:15). Amigo, a promessa de Deus é que nós não precisamos continuar sendo derrotados pela Serpente, por Satanás. Ele colocará inimizade entre nós e o inimigo. Nós podemos escapar de seu controle. Como isto pôde acontecer? Como isso aconteceria? Isso aconteceria através da descendência da mulher, Jesus Cristo, o Prometido. Ele viria e esmagaria a cabeça da serpente na cruz; Ele destruiria o poder tirânico de Satanás.Se você alguma vez se perguntou, "Por que Deus não faz alguma coisa a respeito da doença, do pecado, e do sofrimento em nosso mundo?" A resposta é: Ele fez alguma coisa; Ele deu tudo na dádiva de Seu Filho. Jesus pode nos dar a capacidade para viver vitoriosamente, mesmo num mundo dominado pelo pecado.Permita-me dar-lhe um maravilhoso exemplo de como isto acontece.No início falamos da tragédia de Anthony Riggs. E eu gostaria de encerrar com o triunfo de John McCain. Ele esteve também envolvido numa guerra, como piloto no Vietnã. Ele passou cinco anos e meio como prisioneiro de guerra em Hanói, onde ele e muitos outros pilotos suportaram terrível sofrimento.Mas houve um dia, e esse homem lembra claramente, quando eles foram capazes de superar todo aquele abuso e isolamento.Era véspera do Natal de 1971. Alguns dias antes, McCain conseguira uma Bíblia por apenas alguns momentos. Ele copiou apressadamente o quanto pôde de passagens bíblicas sobre a história de Natal, antes de um guarda se aproximar e tomar o livro.Agora, naquela noite especial, os homens decidiram ter o seu próprio culto de Natal. Eles começaram com o "Pai Nosso" e depois cantaram cânticos de Natal. McCain lia uma parte do evangelho de Lucas entre cada hino.Os homens estavam nervosos. Eles lembraram a ocasião, quase um ano atrás, quando os soldados invadiram o culto religioso secreto deles e começaram a bater nos três homens que estavam dirigindo as orações. Eles foram arrastados para o confinamento solitário. O restante foi trancado em celas de um metro por um metro e meio durante onze meses, apenas por terem lido uma passagem bíblica.Mas mesmo assim os prisioneiros queriam cantar naquela véspera de Natal. Então eles começaram: "Chegai-vos, ó crentes, vinde jubilosos". Eles cantavam um pouco mais alto que um sussurro, e olhavam ansiosamente para as grades da janela.Amontoados embaixo de uma lâmpada, eles pareciam mais uma congregação infeliz. Esses homens que outrora haviam sido oficiais magnificamente preparados, agora pareciam desolados e arruinados. Eles tremiam no úmido ar noturno. Muitos tremiam de febre. Alguns estavam permanentemente encurvados como resultado das torturas; outros se apoiavam em muletas improvisadas.Mas eles continuavam cantando e cantando. "Sigamos a estrela nos céus de Belém. Eis que é nascido Cristo Rei dos anjos..."Enquanto o culto prosseguia, os prisioneiros se encorajavam, e suas vozes se erguiam mais e mais altas até que eles encheram as celas com "Glória ao Rei que vos nasceu", e "Soou em meio à noite azul".Alguns dos homens estavam muito doentes para se levantar. Mas outros os levaram para uma plataforma e colocaram cobertores sobre os seus ombros trêmulos. Todos queriam participar dos cânticos que os fizeram se sentir cheios de alegria e triunfantes.Quando eles chegaram em "Tudo é Paz", lágrimas rolaram de seus rostos sem barbear. Como John McCain escreveu: "De repente nós voltamos 2 mil anos e estávamos distantes, em uma vila chamada Belém. E nem guerra, tortura ou aprisionamento... tinham diminuído a esperança nascida naquela noite feliz tanto tempo atrás."Amigo, tente imaginar o quanto estas palavras maravilhosas significaram para aqueles homens.Enquanto os prisioneiros daquela cela no norte do Vietnã cantavam com emoção o último verso: "Dorme sem temor, nosso Salvador" eles se deram conta de que uma transformação havia ocorrido.John McCain expressou desta forma: "Nós esquecemos os ferimentos, a fome e a dor. Elevamos orações de agradecimento pelo bebê Jesus, pelas nossas famílias e lares... Houve um sentimento intenso, sem igual, como se nossos fardos tivessem sido levantados. Num lugar designado a transformar homens em animais violentos, nós nos unimos uns aos outros, partilhando o conforto que tivemos.Que palavras de conforto podemos partilhar com este mundo coberto com tanto joio trágico? Nós podemos cantar um cântico de triunfo. Podemos elevar uma canção de desafio contra o inimigo. Podemos erguer um louvor ao nosso Deus que uniu nossas vidas à Sua. Ele veio a este mundo e sofreu conosco. E nós triunfaremos com Ele um dia.Sim, cheios de alegria e triunfantes, mesmo em meio a tristezas e preocupações.Este é nosso privilégio. Uma vida assim é nosso privilégio quando colocamos nossa fé no Único Rei dos Reis, nascido naquela "Noite de Paz" na pequena cidade de Belém.Ao dar ao Salvador o controle de nossa vida, nós superaremos o sofrimento, as tragédias, as tristezas deste mundo e também cantaremos cânticos de triunfo. Você gostaria de, em meio ao seu sofrimento, abrir o coração para Cristo?

Pr. Finley

COMO PROVAR A EXISTÊNCIA DE DEUS?

Os seres humanos se dividiam em três grandes grupos naquela ocasião. O primeiro, aquele no qual estavam os gregos, correu a Jesus e disse:
- Senhor, Te confessamos como nosso Salvador, abrimos nosso coração e Te entregamos nossa vida. O segundo grupo era o dos incrédulos que dizia:

- Não me fale de crentes, não me fale de religião. Não me fale de Bíblia. Pessoas como estas estão sofrendo, com uma vida arruinada, vazias, ocas por dentro, mas não querem que falemos de Deus:

- Esse negócio de crente é para gente ignorante. Estão aí em meio do desespero, da loucura, à beira do suicídio muitas vezes, mas não querem saber nada de Deus. Assim eram os incrédulos naquele tempo, aqueles que diante dos milagres de Deus, não eram capazes de se render. Ali estava Jesus, em pessoa, ressuscitando mortos, andando em cima da água, acalmando a tempestade, levantando paralíticos, devolvendo a vista aos cegos, curando leprosos, multiplicando pães e peixes. Mas diante de todas essas evidências, estes homens permaneciam incrédulos. Hoje também existem homens assim. Não há nada que possamos humanamente fazer para que abram o coração a Jesus. Não há argumento. Não pense que eu vou apresentar algum argumento para convencê-lo. Se Jesus não é capaz de entrar em seu coração e de derreter o gelo da sua indiferença, não será nenhum pastor e muito menos um argumento que conseguirá fazê-lo. Mas naquela ocasião havia um terceiro grupo de pessoas. Aqueles que creram em Jesus, mas creram somente em seu coração, não tiveram coragem de sair da arquibancada, não tiveram coragem de sair da cadeira e ir lá para a frente. E a Bíblia explica porquê: porque pertenciam a uma determinada igreja, eram líderes, tinham medo de ser expulsos, medo da rejeição da família, dos amigos, da sociedade, medo de perder o seu status social. Precisavam de Jesus, sabiam que a única solução para eles era Jesus, mas tinham medo, "amavam mais a glória deste mundo do que a glória de Deus", diz a Bíblia.Talvez neste momento você esteja tremendo aí em seu coração, sabe que precisa de Jesus mas não tem coragem de aceitá-Lo. O que dirão seus amigos? Será que você tem coragem de pegar a sua Bíblia e ir para a Igreja no próximo sábado? Sentir-se-ia com vergonha? Pensarão as pessoas que você virou crente? Dirão que está sendo enganado por alguns espertos?Ah meu amigo, ao longo da história sempre houve três grupos de pessoas. Aqueles sinceros que sentindo a necessidade de Jesus correm imediatamente para os Seus braços. Aqueles incrédulos que sofrem sem Cristo, mas não querem aceitar, não querem acreditar em nada. E aqueles que crêem, mas têm vergonha de aceitar a Jesus; precisam dEle, mas têm medo de confessar o Seu nome diante dos homens, têm medo de serem expulsos de sua igreja, expulsos da sinagoga. Em qual dos grupos está você? Pois é amigo, seguir a Jesus nunca foi fácil. Você deve estar tremendo aí porque às vezes a gente acredita a vida toda em algo, de repente, sem querer, se encontra com Jesus no meio do caminho. A gente sabe que Ele bate à porta do coração. Sente que tem que dizer sim. E se vê tão pequeno, tão incapaz, tão impotente. Espero que o Espírito de Deus o ajude a abrir seu coração a Jesus e dizer: "Senhor, tomo a Tua Palavra como o meu guia e estou pronto a seguir-Te até o fim."
Pr Bullón

domingo, 12 de outubro de 2008

A AUTENTICIDADE DE MATEUS 28:19

1. Autenticidade de Mateus 28:19
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”

2. É a fórmula batismal de Mateus 28:19 autêntica?

Críticos afirmam que Mateus 28:19 é espúrio, e acham comprovação pra isso afirmando que o texto é um verso que aponta um ensino isolado, seria então um acréscimo com o objetivo de fundamentar a doutrina da trindade. Acredita-se que não passa de um anacronismo. Para responder às questões levantadas por críticos contemporâneos, analisaremos o texto em grego, os escritos dos pais da igreja e comentários bíblicos.

3. poreuqe,ntej maqhteu,sate pa,nta ta. e;qnh( bapti,zontej auvtou.j eivj to. o;noma tou/ Patro.j kai. tou/ Ui`ou/ kai. tou/ ~Agi,ou Pneu,matoj\ (Tischendorf NT) – Não aparecem variantes relevantes.

4. Pais da Igreja:

Eusébio de Cesaréia – “Com o poder de Cristo que havia lhes dito: ‘Ide, e fazei discípulos de todas as nações em Meu nome’”.[1]

Epístola de Eusébio, bispo de Cesaréia, que escreveu para Nicéia na ocasião do grande Concílio: Nós acreditamos no ser da contínua existência de cada um destes [Pai, Filho e Espírito Santo]; que o Pai é em verdade o Pai; o Filho é em verdade o Filho; o Espírito Santo é em verdade o Espírito Santo como Nosso Senhor, quando enviou seus discípulos para pregar o evangelho, disse, ‘Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’. Nós afirmamos positivamente que asseguramos esta fé...[2]

Vimos nas duas citações acima algo comum em Eusébio de Cesaréia, que era o fato de hora usar a fórmula batismal “em Meu nome” fazendo alusão a Jesus, e hora usar “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

5. Didaquê:

Muitos críticos alegam que Eusébio de Cesaréia introduziu a fórmula trinitariana no texto de Mateus 28:19, mas encontramos outras referências à passagem em questão mais antigas que Eusébio, e estas contém a fórmula trinitariana, como veremos a seguir.

As expressões que acompanham o ato do batismo, são as que se acham no evangelho de Mateus: “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, e três vezes se derrama água porque três são as pessoas da Trindade. Se nos primeiros tempos era efetuado só ‘em nome de Cristo’, já, agora, o é, também, em nome da Trindade.[3]

O Didaquê em sua forma extensa é anterior ao ano de 150 A.D. Os acréscimo e interpolações teriam sido feitos dentro do período de 30 a 50 anos, desde 80 ou 90 a, no máximo 150 A.D.[4]

6. Irineu na obra Contra Heresias, capítulo XVII, faz referência a Mateus 28:19 utilizando a fórmula trinitariana.[5] Irineu viveu entre cerca de 125-202 d.C.[6]

Essas são duas de várias outras citações que apresentam a fórmula batismal em nome da trindade em Mateus 28:19, e isso nos mostra que tal fórmula era usada mesmo antes de Eusébio.
7. Jesus não se contradisse entre os versículos 18 e 19

No verso 18 Jesus afirma que a Ele foi dada toda a autoridade e no verso 19 ao recomendar o batismo no nome das três pessoas da trindade estaria então se contradizendo. Isso prova que a fórmula teria sido colocada no texto a fim de fundamentar biblicamente uma forma litúrgica em uso naquela época. Mas é necessário observar que o objetivo de Cristo não é provavelmente dar um molde litúrgico para o batismo. Isso pode ser visto no uso da expressão grega ????? que tem um significado mais próximo de “para dentro do nome” e não simplesmente no nome, assim sendo Jesus queria indicar que a pessoa batizada tornar-se-ia, propriedade do Pai do Filho e do Espírito Santo por ocasião do batismo.[7]

8. Os batismos de Atos não excluem a possibilidade da fórmula batismal em Mateus 28:19

O batismo unicamente no nome de Jesus aparece seis vezes em Atos, mas não aparece referência ao batismo em nome da trindade. Serviria isso para alegarmos a não veracidade de Mateus 28:19?

9. O método inclusivo

O método de excluir textos que não aparecem da forma completa em outras partes da Bíblia não é válido. Isso porque esse método simplesmente desconhece o fato da Bíblia ser um todo orgânico. E desconhece o método inclusivo, onde a passagem mais completa lança luz sobre as demais que aparecem de forma abreviada.

10. Atos 19:1-7

Outro argumento é onde vemos Paulo se encontrando com os discípulos de João que já haviam sido batizados. Ele lhes pergunta se já haviam recebido o Espírito Santo e a resposta é que nem sequer haviam ouvido falar em Espírito Santo. Paulo então os batiza novamente em nome de Jesus e eles recebem logo em seguida o Espírito Santo. Porque Paulo os batizou de novo se eles já haviam descido as águas batismais? A questão é simples, eles não haviam recebido o Espírito Santo, vemos assim clara conexão entre o batismo nas águas e a pessoa do Espírito Santo. O batismo foi em nome de Jesus, mas para que os discípulos recebessem o Espírito Santo.

11. A presença da trindade pode ser notada sempre nos ensinos de Jesus

Jesus por diversas vezes faz referência a Deus como Pai (Mat. 11:27; 24:36) a si mesmo como Filho e ao Espírito Santo (João 14:16). Ele falava da trindade com freqüência, não era um ensino desconhecido pelos discípulos.[8]

Assim sendo em Mateus 28:19 não soaria surpreendente para os discípulos de Cristo e para os que receberam o evangelho, e não deveria soar estranho para nós, uma vez que antes do episódio da ascensão e do discurso final de Cristo, Ele próprio já havia falado da trindade, não havendo assim nenhum anacronismo.[9]

12. Ellen G. White e a trindade

Ao afirmar que a fórmula batismal foi acrescida no texto original eles citam o seguinte texto:
Vi que Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia, ainda quando dela existiam poucos exemplares; e homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a estavam tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões, que eram determinadas pela tradição. Vi, porém, que a Palavra de Deus, como um todo, é uma cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente.[10]
Segundo os críticos, as evidências bíblicas referentes à trindade na fórmula batismal são apenas duas: Mateus 28:19 e João 5:7-8. Os críticos afirmam que não se pode desenvolver uma doutrina com base apenas nos escritos de Ellen White. Porém, ela possui inúmeras citações referentes à Trindade, e dez citações diretas ao batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

13. “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” – 10 vezes

Foi feita indagação a Deus com respeito a esses, e então, em harmonia com a mente da igreja e o Espírito Santo, foram separados pela imposição das mãos. Havendo recebido sua comissão da parte de Deus e tendo a aprovação da igreja, saíram batizando no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e administrando as ordenanças da casa do Senhor, muitas vezes servindo os santos na apresentação do corpo partido e do sangue derramado do crucificado Salvador, a fim de conservar sempre na memória dos amados filhos de Deus os Seus sofrimentos e morte.[11]

Os críticos afirmam que o dom profético de Ellen White não deve sobrepujar os ensinos bíblicos, porém os textos paralelos elucidam que a revelação é verídica, juntamente com os textos.

Conclusão

Com base no estudo apresentado concluímos que em todos os manuscritos de Mateus 28:19 constam a fórmula batismal trinitariana. Quando lemos citações dos pais da Igreja encontramos várias alusões ao texto de Mateus 28:19 citado na sua forma mais ampla antes do Concílio de Nicéia (325 d.C.) a partir do qual Eusébio de Cesaréia, segundo os críticos teria passado a usar a fórmula batismal trinitariana.

Percebemos ainda que as evidências bíblicas encontradas no próprio texto, nos ensinos de Jesus, e no livro de Atos em nenhum momento contradizem a referência à trindade encontrada em Mateus 28:19. Assim sendo, o texto que encontramos em Mateus 28:19 é autêntico e em nenhum momento contraria os ensinos bíblicos.

Cremos que o mesmo Deus que revelou as verdades bíblicas e inspirou os profetas, tem se preocupado em supervisionar as traduções e formação do Cânon. Desta forma, Deus tem preservado Sua Palavra conservando-a como plataforma fidedigna de Verdade.

Por:

Elmer guzman
Rafael Malisani
Tiago José
João Gomes

Referências
[1] Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica. São Paulo: Editora Novo Século, 2000, p. 80.
[2] Philip Schaff e Henry Wace, ed., A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church, vol. 3. Grand Rapids, MI: ??? 1969, p. 49.
[3] Didaquê IX:5 e VII:3.
[4] José Gonçalves Salvador, O Didaquê. São Paulo: Junta Geral da Educação Cristã da Igreja Metodista do Brasil, 1957, p. 20.
[5] James Donaldson e Alexander Roberts, ed., The Ante-Nicene Fathers, vol. 1. Grand Rapids, MI: Eerdmans Publishing, 1967, p. 444.
[6] José Ferrater Mora, Diccionario de Filosofia, vol. 2. Barcelona: Alianza Editorial, 1984, p. 1.959.
[7] R. V. G. Tasker, Evangelho Segundo Mateus: Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1991, p. 218.
[8] Russel N. Champlin, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol. 1. São Paulo: Editora Hagnos, 2002, p. 654.
[9] R. V. G. Tasker, Evangelho Segundo Mateus: Introdução e comentário, p. 219.
[10] Ellen G. White, Primeiros Escritos. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988, pp. 220-221.
[11] Ibid., p. 101.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Mateus 12:5 Transgressão do sábado?

Qual é o contexto da questão? Os discípulos estavam passando por uma plantação de trigo no sábado e começaram a colher e comer as espigas. Logo os fariseus acusaram a Jesus por permitir aquela “transgressão”. Colher espigas constava na lista elaborada pelos Rabis como profanação sabática. O pecado era evidente.
Porque será que os discípulos (não Jesus), ao passar, apanharam espigas, debulhando-as com as mãos (Lucas 6.1)? Estavam famintos, diz Mateus no seu Evangelho (Mat.12.1). Em Levitico 19.9 e 23.22 era assegurado ao pobre e ao estrangeiro o direito de apanhar espigas nos cantos do campo. Não era o simples fato de apanhar, mas sim o apanhar em dia de sábado, que os fariseus aqui apontam como pecado. Tudo é uma questão de interpretação; ninguém sabia isso melhor do que os próprios fariseus. Assim como alguns advogados em dia de hoje, eles sabiam como ultrapassar as proibições sem pecar: Como era proibido viajar montado em um burro, mas não sobre a água, costumavam colocar uma bolsa de água em cima da sela do animal e sentado nela, “viajavam sobre água”. Fizeram compras e vendas, sim, mas não mencionavam dinheiro ou palavras como venda e assim adiante. A lei de Deus, há muito, tinha perdido seu sentido real: santificar o dia para o SENHOR.
Lemos em Juizes 18.31, como Daví, faminto, entrou na “casa de Deus”, santuário em Nobe, onde encontrava-se a arca e a mesa com os “pães da proposição”, pães designados somente para a alimentação dos sacerdotes. Na resposta que Jesus dirige aos fariseus, Ele declara a autoridade que Ele, como o “Filho do homem”, tem. De um lado, Ele os confronta com a sua insensibilidade para restrições ceremoniais em caso de necessidade, fazendo-nos entender que Ele, assim como Daví na época, naquela hora estava com fome. O outro, mais importante, porém, aquilo que os fariseus não podiam aceitar, era que Ele alegou ter autoridade para permitir a colheita de espigas, quando se comparou a Daví, que comeu aquilo que era reservado aos sacerdotes somente. O “Filho do homem” tem auoridade, sim, de deixar de lado regulamentos sabáticos, feitos pelo homem.
O homem foi criado antes da instituição do sábado. Este foi instituído
para ser uma benção para o homem, para manté-lo saudável, útil, alegre e santo, dando-lhe melhores condições de meditar calmamente nas obras do seu Criador.
Através de inúmeros detalhes, requerimentos absurdos e restrições vexatórias e massacrantes, incluindo a que proibia os homens de saciar a sua fome, colhendo espigas nesse dia, os rabinos estavam transformando o sábado num tirano e o homem em um escravo do sábado, como se a intenção Divina tivesse sido a de fazer o “homem para o sábado” e não o “sábado para o homem”.
Permita-me fazer uma pergunta. Você, na sua religiosidade, é movido por leis eclesiasticas que regem seu comportamento como fiel ou você entendeu que as leis, realmente vindas de Deus, nos foram dados para nos proteger e facilitar a adoração? A tradição religiosa nem sempre condiz com a santa vontade Divina, revelada na Palavra de Deus.

Fonte: www.umbet.org.br

sábado, 13 de setembro de 2008

O Sábado e a “Doença do Tempo”‏

Nesta semana, a esotérica Marina Gold publicou no portal Terra um artigo interessante em que menciona o sábado como uma das soluções para um problema atual que ela chama de "doença do tempo". Ela escreveu: "Estamos imersos em tempos furiosos. As pessoas vivem rotinas repletas de obrigações, apressadas, frenéticas, correndo sem parar para cá e para lá. Parece que um gigantesco cronômetro martela em nossas cabeças para que não deixemos de aproveitar cada migalha de tempo, encaixando mais e mais tarefas nas já apertadas horas de nossos dias. ... Por que será que todo mundo está sempre com tanta pressa? Não seria possível e mesmo necessário dar uma maneirada? A pressão é grande e a velocidade não é sempre, ao contrário do que se propala, a melhor opção. Maximizar a eficiência é bastante interessante em muitas áreas da atividade humana, porém, como bem alertava o sensível Carlitos (Charles Chaplin), o homem precisa ser tratado de forma diferente da máquina, com generosidade. "Os japoneses criaram recentemente uma palavra, karoshi, para designar morte por excesso de trabalho. Os americanos não usufruem integralmente de seus períodos de férias, os ingleses vão trabalhar mesmo quando estão doentes. Pessoas cansadas cometem erros perigosos, comprometem a segurança, se tornam explosivas. Os países mais acelerados são os mais gordos, com altas taxas de consumo de álcool e drogas e distúrbios do sono elevados. O estresse coloca em risco a saúde ao provocar doenças cardíacas, digestivas, dermatológicas e, claro, psiquiátricas. O custo orgânico é alto, um verdadeiro desafio para a área da saúde pública. ..."É preciso escapar dessa corrida maluca. Correr menos com os e-mails, com o supermercado, com a ginástica, com os relacionamentos, com os automóveis. Encontrar um tempo mais acertado, mais justo, deixar serenar. ..."Sábia escolha a do descanso semanal instituído pelo monoteísmo dos judeus. O 'sábado' garantido e justificado por imposição divina, importante a ponto de ser um dos Dez Mandamentos. Perde-se na noite dos tempos tal determinação. Pastores e agricultores, após vencer uma semana animada de atividades, celebravam a vida com a melhor refeição, a melhor diversão e o melhor repouso. Desde então, muito progresso tecnológico foi alcançado, aumentamos bastante nosso bem-estar material. Diante disso, a pergunta: por que não ampliar o merecido descanso humano? Nossa espiritualidade agradeceria se a tratássemos melhor, não correndo desenfreadamente para lugar algum verdadeiramente significativo.


Nota de Michelson Borges: Pena que muitos cristãos não reconhecem o que uma espiritualista já percebeu: o sábado do quarto mandamento é uma bênção. As "pedras" clamam...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Estados Unidos Estocam Caixões de Defunto

Deu no blog do Amilton Menezes : “Raramente repasso algum texto ou e-mail desses que circulam pela net. Se for ‘apocalíptico’, então… Hoje recebi e-mail do Pablo Seidel, webmaster do site da Rede Maranatha, pessoa íntegra e apaixonada pelo que faz. Atualmente mora nos Estados Unidos onde trabalha como missionário. Talvez você fique chocado ou assustado com o que o Pablo tem presenciado por lá e conta no e-mail que transcrevo aqui, praticamente na íntegra:
Não posso prever o futuro, mas algo muito estranho está acontecendo aqui nos US. Um monte de gente tem falado sobre um possível caos e crise aqui antes da eleição em outubro. Ninguém sabe o que é ao certo. Cada dia uma pessoa diferente chega pra gente e fala coisas sobre algo terrível que está para acontecer. Uns dizem que os estados americanos estão estocando caixões (e tem vídeos no youtube mostrando isso), milhares deles, pois estão esperando algo grande acontecer. Tem caixões que cabem uma família inteira dentro. Eu assisti o vídeo no youtube.
Eu assisti também uma entrevista com o George Bush de 15 minutos sobre o encontro dele com o Papa, onde a última pergunta que o entrevistador faz para ele é: ‘Quando você olhou para o Papa, o quê você viu?’ E a resposta dele imediata é: ‘God’ (Deus).
Esta última madrugada de ontem para hoje (terça), um rapaz ligou aqui para a instituição, para sua irmã que é estudante aqui, às 3 da matina, pois ele viu um monte de caminhões com caixões chegando aqui no estado vizinho, Alabama. Não são 30 ou 40, são milhares.
Também falam em contaminação de alimentos e até da água, com fins de diminuir a população.
Mas, olha, muita gente aqui só fala dessa crise. E pessoas de vários lugares, não é um povo só aqui ou acolá. Muita gente de outros países está deixando os US com medo dessa tal crise. Sei que no fala-fala sempre tem exageros e coisas enganosas, mas muita gente tá falando nisso, até alguns estudiosos de economia e política.
Eu recebo diariamente o jornal The Wall Street Journal, e ontem estava falando na capa que ‘Os sete anos de tranqüilidade devem ter terminado’. Hoje, lendo esse mesmo jornal sobre os candidatos Obama e McCain, perguntaram a eles por que eles gostariam de ser presidente, e o McCain respondeu mais ou menos assim: ‘Queremos um povo que esteja interessado num bem maior que o desejo que eles próprios têm.’ Isso, para mim, em outras palavras, quer dizer: ‘Queremos um povo que obedeça ao estado acima de suas próprias crenças.’
Então, não sei o que realmente acontecerá aqui. Muitos adventistas têm esperado algo grande e forte aqui em setembro, e outras pessoas não-adventistas e mídias seculares têm falado ‘meio que por baixo dos panos’ (mas para um bom entendedor, meia palavra basta) sobre a crise por vir.
Será que foi coincidência que algo grande está para acontecer no Brasil também em setembro, o Impacto Esperança, como um último alerta para o povo? Para mim, tudo isso soa como uma última oportunidade de Deus para ficarmos prontos HOJE para o retorno de Jesus. Nos desapeguemos do dinheiro e das coisas do mundo e nos liguemos inteiramente a Deus.
Mesmo que não aconteça nada grande e grave aqui, em setembro, fiquemos de olho, pois Ele disse que voltaria, e esse dia está chegando.
E o Amilton conclui: “Ficar assustado? Com medo? De jeito nenhum! As palavras de Jesus ecoam com força: ‘Quando virdes todas estas coisas, sabei que [Minha volta] está próxima, às portas’ (Mateus 24:33).”


Nota: Os sinais nos mostram que realmente estamos vivendo nos últimos dias. Mas não podemos esquecer que as profecias foram deixadas por Deus para fortalecer a nossa fé e nos mostrar que estamos no rumo certo. Devemos tomar cuidado com dois aspectos concernente a profecia; primeiro – não fazer sensacionalismo com qualquer notícia, ver o que não existe; segundo – não fechar os olhos para os sinais claros que estão acontecendo e continuar vivendo indiferente com os acontecimentos. Devemos lembrar que Jesus disse: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mat 24: 37-38)

Espero que estes SINAIS nos sirvam de alerta para prepararmos para vinda do SENHOR JESUS.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Revista Viva Com Esperança

“Um avião bateu contra o WTC, há fogo, muita fumaça, mas não se assuste”, disse Tony Rocha à sua mulher, Marylin Marques, antes de o telefone ficar mudo. Em 1994, já com o curso de administração de empresas concluído, Tony se casou com Marylin. Além de bom marido e pai, ele se tornou respeitado corretor em Wall Street. Trabalhava na Cantor Fitzgerald Securities, cujos escritórios ficavam na torre norte do WTC. A Cantor perdeu 700 dos seus mil funcionários, entre os quais Tony, que deixou, além da esposa, dois filhos pequenos. …
[Clique no link abaixo e leia as matérias da revista que vai "impactar" a América do Sul no dia 6 de setembro.]
http://issuu.com/esperanca1/docs/esperanca?mode=embed&documentId=%0b080722205715-5e4a99781d394b80b385cfbc735b8f07&pageNumber=1&layout=grey

Assista a Revista Viva com Esperaça
Clique aqui

http://www.esperanca.com.br/index.php/viva?Itemid=66&option=com_wrapper

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Mundo de Nietzsche


O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu principio filosófico não era, portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformando-se em constante devir. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante. “Deus está morto. Viva perigosamente. Qual o melhor remédio? – vitória!”
Para Nietzsche a verdade era relativa. Deus e religião não passavam de máscaras usadas por aqueles que queriam fugir da verdadeira realidade. Ele afirmava: “Proceda em todas as suas ações de modo que a norma de seu proceder possa tornar-se uma lei universal.” Para ele o ego estava no centro da vida. A verdade era aquilo que o favorecia, o que mais o interessava. Até que ponto a filosofia deste “grande” filosofo influenciou e influencia a sociedade ocidental? De onde lhe veio inspiração?
Que realidade é esta? A realidade do caos onde o ser humano vive em uma constante degeneração. Segundo Nietzsche a realidade de Deus e vida eterna não passavam de utopia, onde o fraco se esconde por de traz da religião para desculpar suas mazelas; como se a religião estivesse destinada somente para os derrotados e analfabetos, mas ao contrário disto muitos dos grandes sábios da história deste mundo foram homens que acreditavam e acreditam em Deus. O maior problema de Nietzsche era exatamente o amor próprio. Ele dizia: “Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.” Por amor a quem? Por amor a si mesmo, porque ele se achava “demasiado orgulhoso para acreditar no amor de um homem.” Os grandes filósofos do passado como: Aristóteles, Platão, Anaxágoras e outros acreditavam em um ser superior criador de tudo. Mesmo distante da verdade eles procuravam explicar a essência da realidade como tendo origem em Deus.
Nietzsche era um incrédulo, não só em Deus, mas em tudo. Zombava tanto do criacionismo como do evolucionismo. Era um “Profeta” da desordem e fracasso da sociedade, por mais que ele tenha acertado algumas de suas previsões, ainda estava longe de uma verdadeira realidade. É muito fácil fazer parte daqueles que são negativistas, daqueles que olham a humanidade com descrédito, daqueles que esperam só o pior.
Hoje o mundo está cercado de desespero e insegurança. O homem não tem mais esperança de um futuro seguro. As pessoas vivem com medo do amanhã, com medo da falte de água, de alimentos, de segurança e muitos outros medos assolam a humanidade. Mas existe algo de novo na situação do nosso mundo? Desde que o pecado entrou neste mundo ele vai de mal a pior. Sendo assim, enquanto a humanidade procurava força na esperança de dias melhores, de um Deus que resolveria o problema da humanidade, aparece Nietzsche na contramão do mundo dizendo: “Deus está morto!”
Dizem que uma palavra negativa tem mais influência do que mil positivas. Este homem influenciou muito o modo de pensar de muitos. Foi um destruidor de fé. Por mais que muitos professem crer em Deus estão seguindo de perto os pensamentos egoístas de Nietzsche. A maioria da humanidade é por natureza egoísta e busca somente os seus interesses, não se preocupa com o próximo. A palavra AMOR é cada vez mais deturpada tendo como sinônimo o egoísmo.
Na realidade o pensamento de Nietzsche não se originou nele, mas teve sua origem muito tempo antes. “Lúcifer desejou ser o primeiro em poder e autoridade no Céu; ele queria ser Deus, a fim de assumir o governo do Céu; e com esse objetivo ele conquistou a simpatia de muitos anjos. Ao ser expulso dos átrios divinos com seu exército rebelde, a obra de rebelião e egoísmo teve prosseguimento na Terra. Através de tentação, condescendência própria e ambição, Satanás provocou a queda de nossos primeiros pais, e desde aquele tempo até o momento presente, a recompensa da ambição humana e da condescendência em desejos e esperanças egoístas, tem sido a ruína da humanidade”. (EGW -RAC, p.43)
Quem mais poderia querer “a morte de Deus” além de Lúcifer? O desejo dele é colocar descrédito e dúvida na mente do ser humano; conduzir a humanidade a um caminho de descrença e falta de esperança. Mas, felizmente, Deus não está morto! “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”João 3:16. Nietzsche está morto, mas Jesus vive e a esperança de sua breve volta tem movido milhões de pessoas em todo mundo; pessoas que vivem uma fé viva, não é uma fé sem fundamento, mas uma fé fundamentada numa experiência pessoal num Deus maravilhoso que nos ama. Eu afirmo, Deus está vivo! Falei com Ele hoje! Deus lhe abençoe!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Natureza Humana de Cristo

A natureza humana de Jesus tem se tornado uma questão de controvérsia para muitos cristãos. Afinal, que natureza humana possuía Jesus? Pecaminosa ou sem pecado? Existem duas posições quanto à natureza de Jesus:
1) A posição pré-lapsariana (do latim lapsus, que significa errar) - (anterior ao erro)
2) A posição pós-lapsariana (posterior ao erro)
Os que defendem a posição (pré-lapsariana) afirmam que Jesus possuía a natureza humana semelhante a de Adão antes do pecado. Uma natureza livre de pecado, sem propensão para pecar.

- Não havia em seu ser a mancha da corrupção do pecado.
- Não havia em sua natureza a propensão para pecar. Isso não quer dizer que Jesus estava livre da possibilidade de pecar. Adão não possuía propensão para pecar e pecou.
- Foi gerado pelo Espírito Santo; o qual bloqueou a ação da mácula do pecado.
- Foi tentado como Adão, como qualquer pecador, mas escolheu não pecar.
- Por ter vivido uma vida sem pecado e sem pecar foi nosso substituto legal, pagando o preço requerido pela transgressão da Lei de Deus.
O Problema, segundo os contrários a essa posição, é que Jesus tinha a vantagem de ser perfeito, e, assim, não poderia ser nosso exemplo. Para eles, Jesus possuía a natureza de Adão depois do pecado.
- Jesus possuía uma natureza pecaminosa, com propensão para pecar.
- Jesus, para ser nosso substituto, teria que começar exatamente onde o pecador começa.
- Jesus demonstraria que seria possível viver uma vida sem pecar, assim seria o nosso verdadeiro exemplo de obediência.
- A última geração sobre a terra demonstraria que o homem seria capaz de obedecer a Lei de Deus, e viveria sem pecar, porque pecado é transgressão da lei.
Encontramos algumas dificuldades com estas afirmações:
- Se Jesus tinha uma natureza ESPIRITUAL pecaminosa, se Ele era IGUAL a nós em todos os aspectos FÍSICO e ESPIRITUAL, então estaria na mesma condição que o pecador; necessitaria de um SALVADOR.
- Se Ele necessitasse de um salvador não poderia salvar o pecador.
O maior problema com a posição pós-lapsariana está no perfeccionismo. Se Jesus nasceu IGUAL a nós em todos os aspectos e conseguiu viver sem pecar, então o pecador, pelo poder de Jesus, poderá viver também.
- A última geração não será prova de que Adão poderia obedecer a Lei de Deus, porque a questão do grande conflito entre Deus e satanás não era se o pecador poderia ser obediente, mas se Adão poderia viver sem pecar. Jesus já provou diante do universo que Adão poderia escolher não pecar.
- Se realmente Deus requer ausência completa de qualquer ato de pecado na vida do cristão, não seria curioso o fato de não ter havido, na história do cristianismo, um cristão que vivesse sem pecado?
- Deus requer obediência, Jesus veio ao mundo para resolver o problema da natureza do pecado que motiva o pecador a pecar. O cristão só ficará livre do pecado quando passar pela:
Ø Justificação – Salvo da penalidade do pecado – Quando o cristão aceita a Jesus como salvador.
Ø Santificação – Salvo do poder do pecado – Quando o cristão permanece em comunhão com Cristo - Ainda o cristão é pecador sujeito a pecar. O apóstolo João diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um dvogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. (1 João 1:9-10; 2:1). O fato de sermos propensos a pecar não nos dá o direito de vivermos na prática do pecado. Lembrando que pecado não é só transgressão da lei, “Mas aquele que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado” (Tiago 4:17).
Não podemos desanimar quando pecamos
A pena da inspiração, fiel a sua tarefa, conta-nos os pecados em que caíram Noé, Ló, Moisés, Abraão, Davi e Salomão, e que mesmo o forte espírito de Elias sucumbiu ante a tentação durante sua terrível prova. A desobediência de Jonas e a idolatria de Israel são fielmente relatadas. A negação de Cristo por parte de Pedro, a viva contenda entre Paulo e Barnabé, as falhas e fraquezas dos profetas e dos apóstolos, todas são expostas. ... Ali se acha diante de nós a vida dos crentes, com todas as suas faltas e loucuras, o que visa uma lição a todas as gerações que os seguissem. Houvessem eles sido isentos de fraquezas, teriam sido mais que humanos, e nossa natureza pecaminosa desesperaria de atingir nunca a tal grau de excelência. Vendo, porém, onde eles lutaram e caíram, onde se animaram outra vez e venceram mediante a graça de Deus, somos animados e induzidos a avançar e passar por cima dos obstáculos que a natureza degenerada nos coloca no caminho. (Vidas que Falam MM 1971, p.368)
Deus declara: "Não há um justo, nem um sequer." Rom. 3:10. Todos têm a mesma natureza pecaminosa. Todos são suscetíveis de cometer erros. Ninguém é perfeito. O Senhor Jesus morreu pelos que erram, a fim de que fossem perdoados. Não é nossa obra condenar. Cristo não veio para condenar, mas para salvar. Manuscrito 31, 1911.
Ø Glorificação – Salvo da presença do pecado – se dará por ocasião da volta de Jesus, quando o Cristão for transformado de corpo pecaminoso, corruptível para um corpo incorruptível. Estes três estágios são atos de Deus.
Jesus SEMELHANTE ou IGUAL ao pecador? Romanos 8:3 – Deus enviou Seu Filho “em semelhança de carne pecaminosa”
Em SEMELHANÇA por que não IGUAL?
Significado de homoioma (semelhança) Jesus possuía características de distinção, mas não de diferença Nenhum dicionário grego apresenta estas expressões no sentido de “igual”

A NATUREZA DE CRISTO NA BÍBLIA:
Cor. 5:21 – “não conheceu pecado”
Isa 53:12 – foi a oferta pelo pecado
João 1:29 – cordeiro que tira pecados
I Ped. 1:19 – Nele não existe pecado
Heb. 9:14 – sem mácula
2 Cor. 5:21 – “não conheceu pecado”
Isa 53:12 – foi a oferta pelo pecado
João 3:5 – “Nele não existe pecado”
João 14:30 – Satanás nada tem Nele
João 8:46 – Ninguém Lhe convence de pecado
Heb. 7:26 – “inculpável, sem mácula”
Mar. 1:24 – “Santo de Deus”

Ellen White diz:“Cristo é chamado o segundo Adão. Em pureza e santidade, unido com Deus e amado por Deus, Ele começou onde o primeiro Adão começou. Ele cruzou o chão onde Adão caiu, e redimiu o fracasso de Adão.” “The Second Adam,” Youth’s Instructor, 2 de junho de 1898.
“Ele venceu Satanás na mesma natureza sobre a qual no Éden Satanás obteve a vitória.” “After the Crucifixion,” Youth’s Instructor, 25 de abril de 1901.
“Ele devia tomar Sua posição como cabeça de humanidade ao tomar a natureza, mas não a pecaminosidade do homem.” “God’s Purpose for Us,” Signs of the Times, 29 de maio de 1901.
“Sede cuidadosos, excessivamente cuidadosos quanto a como vos ocupais com a natureza humana de Cristo. Não o coloqueis diante do povo como um homem com as propensões do pecado. “Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado puro, impecável, sem uma mancha de pecado sobre si; ele era a imagem de Deus... Jesus... poderia ter caído, mas nem por um momento existiu nEle uma propensão má... “Nunca, de forma alguma, deixe a mais leve impressão sobre as mentes humanas que uma mancha de corrupção, ou inclinação para a corrupção apegou-se a Cristo, ou que Ele de alguma forma cedeu à corrupção... SDABC, V:1128, 1129.
Destas citações infere-se que Cristo é o segundo Adão e como tal era diferente de nós, não possuindo a mácula do pecado, natural a nós desde que somos gerados (Salmo 51:5).
Ele era isento das tendências carnais e pecaminosas que marcam a nossa vida.
Para Ellen G. White, expressões como “pecaminosidade do homem,” “propensões para corrupção,” “mancha de corrupção,” “propensão má,” e “propensões do pecado,” são, nesse contexto, mais ou menos equivalentes. Nenhuma destas coisas se fez presente em Jesus.
NATUREZA HUMANA PECAMINOSA SE REFERE À FRAGILIDADE FÍSICA DE JESUS
“Ele era incontaminado pela corrupção, um estranho ao pecado [condição Moral]; contudo orava, e freqüentemente com grande clamor e lágrimas. Orava por Seus discípulos e por Si mesmo, identificando-Se assim com nossas falhas que são tão comuns à humanidade. [condição Física].
“Era um poderoso intercessor, não possuindo as paixões de nossa natureza humana caída [condição moral], mas rodeado das mesmas fraquezas, tentado em tudo como nós [condição física]. Jesus suportou a agonia que requeria ajuda e apoio de Seu Pai [condição física].” Testimonies for the Church, II:508, 509.
“Ao tomar sobre Si mesmo a natureza do homem em Sua condição caída [condição física], Cristo não teve a mínima participação em seu pecado [condição moral].
“Não deveríamos ter nenhuma dúvida com respeito à perfeita impecabilidade da natureza humana de Cristo [condição moral].” SDABC, V:1131.
“Vestido nas vestimentas da humanidade, o Filho de Deus desceu ao nível daqueles a quem Ele desejava salvar. Nele não hávia qualquer mancha ou pecaminosidade ; Ele foi sempre puro e imaculado [condição moral]; entretanto tomou sobre Si nossa natureza pecaminosa [condição física].” “The Importance of Obedience,” Review and Herald, 15/12/1896.
É evidente, nesta citação, que “tomar nossa natureza pecaminosa” não significa, para Ellen G. White, que Ele adquiriu pecaminosidade. Na citação anterior é feita alusão à perfeita impecabilidade da natureza humana de Jesus.
“Ele nasceu sem uma mancha de pecado [condição moral], mas veio ao mundo em maneira igual a da família humana [condição física].” Letter 97, 1898. Cit. End Questions on Doctrine, 657.
“Cristo, que não conhecia o mínimo vestígio de pecado ou contaminação, tomou nossa natureza em seu estado deteriorado.” Mensagens Escolhidas , I:253.
“Ele tomou sobre Sua natureza impecável, nossa natureza pecaminosa.” Medicina e Salvação, 81.
“Estava no plano de Deus que Cristo tomasse sobre Si a forma e natureza do homem caído [condição física].” Spirit of Prophecy, II:39.
“Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado.” [condição física]. O Desejado de Todas as Nações, 33.
No mesmo parágrafo ela afirma que Cristo subordinou-Se à lei da hereditariedade. O conceito chave desta citação é humanidade enfraquecida. “Separada da presença de Deus, a família humana, a cada geração sucessiva, estivera se afastando mais e mais, da pureza, sabedoria e conhecimentos originais, que Adão possuía no Éden”.
“Cristo suportou os pecados e fraquezas da raça humana tais como existiam quando Ele veio à Terra para ajudar o homem. Em favor da raça, tendo sobre Si as fraquezas do homem caído[condição física], devia Ele resistir as tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem seria tentado.” Mensagens Escolhidas, I:267, 268.
Aqui é afirmado que Jesus não veio no vigor de Adão antes da queda. Ele assumiu uma natureza humana enfraquecida física e mental pelo pecado, e venceu o inimigo nesta condição.
“É um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem pecado, Sua natureza recuava do mal.” Testemunhos Seletos, I:220.
“Comandante nas cortes celestiais, Ele Se tornou um com a humanidade, participante de seus sofrimentos e aflições, para que pela representação do Seu caráter em sua imaculada pureza pudessem tornar-se participantes da natureza divina, escapando da corrupção que pela concupiscência há no mundo. E Cristo foi bem aceito também pelos ricos, pois pôde ensinar-lhes como sacrificar suas posses terrestres a fim de ajudar a salvar o ser humano a perecer nas trevas do erro”. Carta 150, 1899.
“Mas ao humilhar-Se assumindo a nossa natureza [condição física]., podia ser tentado. Não assumira nem mesmo a natureza dos anjos, porém a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, mas sem a mácula do pecado.” Cristo Triunfante, p. 207
“Pela transgressão, o mundo se divorciou do Céu. Cristo transpôs o abismo e ligou a Terra ao Céu. Com a natureza humana, manteve a pureza de Seu caráter divino. Viveu a lei de Deus e honrou-a num mundo de transgressão, revelando aos mundos não caídos,..
...ao universo celestial, a Satanás e a todos os caídos filhos e filhas de Adão que, mediante Sua graça, a humanidade pode guardar a lei de Deus! Ele veio partilhar Sua própria natureza divina, Sua própria imagem com a pessoa arrependida e crente”. Manuscrito 20, 1898 (Manuscript Releases, vol. 8, págs. 39-41)
Todos os pecados acumulados do mundo foram postos sobre o Portador de pecados, Aquele que era inocente de todo pecado, Aquele que sozinho podia ser a propiciação pelo pecado, porque era obediente. Sua vida era uma com Deus. Nem uma nódoa de corrupção havia sobre Ele. Manuscrito 42, 1897.
Ao concluirmos este tema podemos perceber claramente que tanto a Bíblia e os escritos de Ellen White afirmam que Jesus possuía ambas as naturezas:
pré-lapsariana - relacionado a sua natureza espiritual, caráter e moralidade.
pós-lapsariana - concernente a sua natureza física relacionado as fraquezas: fome, sede, sono, cansaço e etc.
JESUS é o nosso Senhor e Salvador, assumiu a nossa natureza não para ser igual a nós, mas para salvar-nos do pecado. Deus seja louvado por tão grandioso amor!
Pr Vicente Pessoa.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Terremotos - Tragédias Anunciadas

Seriam as calamidades, que estamos presenciando, sinais da volta de Jesus? O apóstolo Paulo escreveu: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (I Tes. 5:3).
Ao analisarmos este texto entendemos que os sinais, as calamidades, seriam, à principio, pequenos e de intervalo grande, mas ao se aproximar do fim eles seriam grandes e de intervalo pequeno, assim como a dor de parto.

Progressão dos greandes Terremotos
Século 16 – quatro grandes terremotos.
Século 17 – dez grandes terremotos.
Século 18 – dezesseis grandes terremotos.
Século 19 – quarenta e um grandes terremotos com cerca de 350 mil mortos.
Século 20 – até 1997, foram 96 grandes terremotos com cerca de 2.150 milhões de mortos.

"Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo. Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. (Mateus 24:1-7)

E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. (Lucas 21:11)


Esta é a cronologia dos tremores que mais causaram mortes e danos no país asiático desde 1920
16 de dezembro de 1920: 230.000 mortos em terremoto de magnitude 8,5, na província de Gansu (nordeste).
23 de maio de 1927: 41.000 pessoas morrem pelo terremoto de magnitude 8 que atingiu Gansu.
26 de dezembro de 1932: terremoto de magnitude 7,6 provoca 70.000 vítimas, em Gasnu.
5 de janeiro de 1970: 15.621 mortos em um terremoto de magnitude 7,8 na província de Yanuán (sudeste).
11 de maio de 1974: 10.000 pessoas morrem nas províncias de Sichuán e Yunán (sudeste) após tremor de magnitude 7,1.
4 de fevereiro de 1975: 1.300 mortos em um terremoto de magnitude 7,3 em Liaoning (nordeste).
28 de julho de 1976: a cidade industrial de Tangshan (a 200 quilômetros de Pequim) é devastada por um terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter (8,2 segundo fontes americanas). Segundo balanço oficial de Pequim, 242.000 pessoas morreram e 164.000 ficaram gravemente feridos. No entanto, os especialistas ocidentais afirmavam ser 700.000 o número de vítimas.
24 de janeiro de 1981: 150 mortos em um terremoto de magnitude 6,7 no oeste de Sichuán (sudoeste).
23 de agosto de 1985: 67 mortos em um terremoto de 7,4 na região autônoma de Xinjiang (nordeste).
26 de abril de 1990: 126 mortos em um terremoto de 6,9, em Qinghai (nordeste).

3 de fevereiro de 1996: 228 mortos e 3.700 gravemente feridos em terremoto de magnitude 7 próximo à cidade de Lijiang, na província de Yunán (sudeste). Os principais terremotos no ano 2000:
24 de fevereiro de 2003: um violento terremoto de 6,8 provoca 268 mortos no oeste de Xinjiang (nordeste), causando também graves danos materiais.
21 de julho de 2003: um tremor de magnitude 6,2 deixa 16 mortos e 300 feridos na região de Chuxiong (Yunán, sudeste).
26 de novembro de 2005: Centenas de pessoas ficaram feridas e 13 pessoas morrem após terremoto de 5,7 que abala as províncias de Jiangxi (centro-oeste) e Hubei (leste).
23 de julho de 2006: 22 pessoas morrem e 106 ficam feridas em um terremoto de 5,1 em Yunán (sudeste). Mais de seis mil casas são destruídas e 38.000 edifícios danificados.
12 de maio de 2008: Um potente terremoto de magnitude 7,8 graus na escala Richter deixou nesta segunda-feira (12) mais de 12 mil mortos na região central da China, segundo um balanço provisório da agência oficial de notícias “Xinhua”.
Fonte: G1

"É chegado o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. O Espírito de Deus está sendo retirado. Catástrofes por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades!" (Profetas e Reis, p. 277).

"Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo seu poder. Destrói a seara que está a amadurar, e seguem-se fome, angústia. Comunica ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência. Estas visitações devem tornar-se mais e mais freqüentes e desastrosas. A destruição será tanto sobre o homem como sobre os animais' A Terra pranteia e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo. ... Na verdade, a Terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.' Is 24:4, 5" (O Grande Conflito, p. 637-639).-

Os sinais são claros, Jesus está voltando!

sábado, 3 de maio de 2008

Provérbios 22:6 - fórmula infalível?






O livre-arbítrio não nos exime de educar nossos filhos
por Ozeas Cal­das Mou­ra



O tex­to de Pro­vér­bios 22:6, na Ver­são Al­mei­da Re­vis­ta e Atua­li­za­da no Bra­sil, está as­sim tra­du­zi­do: “En­si­na a crian­ça no ca­mi­nho em que deve an­dar, e ain­da quan­do for ve­lho, não se des­via­rá dele.” Este tex­to tem cau­sa­do per­ple­xi­da­de a mui­tos, pois ge­ral­men­te é en­ten­di­do como ga­ran­tin­do que a crian­ça à qual fo­ram en­si­na­das as ver­da­des bí­bli­cas, não se des­via da fé, nem mes­mo na ve­lhi­ce. Mas o fato é que, mui­tas ve­zes, pais fiéis vêem, com o co­ra­ção do­lo­ri­do, seus fi­lhos dei­xa­rem a igre­ja e re­ne­ga­rem as ver­da­des nas quais uma vez cre­ram, a des­pei­to da boa ins­tru­ção dada a eles, des­de os mais ten­ros anos.
Es­ta­ria o tex­to de Pro­vér­bios 22:6 afir­man­do que crian­ças en­si­na­das nas ver­da­des bí­bli­cas não apos­ta­tam? Se as­sim for, onde fi­ca­ria a li­ber­da­de de es­co­lha (e até a de es­co­lher o mal) dada por Deus ao ser hu­ma­no? Que Deus res­pei­ta o di­rei­to de es­co­lha de cada pes­soa, está cla­ro em pas­sa­gens tais como: “Eis que, hoje, Eu po­nho dian­te de vós a bên­ção e a mal­di­ção” (Deut. 11:26); “Vê que pro­po­nho, hoje, a vida e o bem, a mor­te e o mal” (Deut. 30:15); “... te pro­pus a vida e a mor­te, a bên­ção e a mal­di­ção; es­co­lhe, pois, a vida, para que vi­vas, tu e a tua descendência” (Deut. 30:19); “... es­co­lhei, hoje, a quem sir­vais” (Jos. 24:15); “Se qui­ser­des e Me ou­vir­des, co­me­reis o me­lhor des­ta ter­ra. Mas, se re­cu­sar­des e for­des re­bel­des, se­reis de­vo­ra­dos à es­pa­da, por­que a boca do Se­nhor o dis­se” (Isa. 1:19 e 20).Pas­se­mos, en­tão, à aná­li­se de Prov. 22:6. Uma tra­du­ção li­te­ral do he­brai­co fi­ca­ria as­sim: “Ins­trui a crian­ça no iní­cio de seu ca­mi­nho, e quan­do en­ve­lhe­cer não se afas­ta­rá dele.” A que esta­ria se re­fe­rin­do a ex­pres­são pos­ses­si­va “dele” (mi­me­nâ)? Pa­re­ce cla­ro que é ao “ca­mi­nho” (de­rek) da fra­se an­te­rior. Mas qual se­ria o con­teú­do des­sa ins­tru­ção? A res­pos­ta deve ser buscada no con­tex­to do ca­pí­tu­lo 22 de Pro­vér­bios, es­pe­cial­men­te em seus cin­co pri­mei­ros versos. Deve-se aten­tar, an­tes de tudo, que Pro­vér­bios 22 é um tex­to Sa­pien­cial, sen­do caracterís­ti­ca des­se tipo de li­te­ra­tu­ra sua for­te ên­fa­se na con­du­ta ou com­por­ta­men­to do indivíduo. As­sim, o ca­mi­nho do qual a crian­ça ins­truí­da não se afas­ta­ria, é o ca­mi­nho do “bom nome” (Prov. 22:1), da “pru­dên­cia” (22:3), da “hu­mil­da­de”, que leva ao res­pei­to pe­las coi­sas divi­nas (22:4), e do re­ti­rar-se para lon­ge do ca­mi­nho do per­ver­so (22:5). Des­sa ma­nei­ra, o tex­to es­ta­ria di­zen­do que, se des­de a in­fân­cia es­sas vir­tu­des (ho­nes­ti­da­de, pru­dên­cia, hu­mil­da­de) fo­rem en­si­na­das às crian­ças, elas po­de­riam per­du­rar por toda a vida. Pos­si­vel­men­te o que mais atra­pa­lhe a com­preen­são de Pro­vér­bios 22:6, fa­zen­do-o até contra­di­zer ou­tros tex­tos bí­bli­cos so­bre o li­vre-ar­bí­trio dado por Deus aos se­res hu­ma­nos, seja o de to­mar o tex­to pri­mei­ra­men­te e tão so­men­te em sen­ti­do teo­ló­gi­co, ou seja, to­mar o “ca­mi­nho” no qual a crian­ça de­ve­ria an­dar como sen­do o das ver­da­des bí­bli­cas, nas quais de­ve­ria se­guir. Como vis­to no pa­rá­gra­fo an­te­rior, Pro­vér­bios 22:6 deve ser vis­to, pri­mei­ra­men­te, como um tex­to sa­pien­cial, com en­fo­que so­bre re­gras de bom com­por­ta­men­to, que os pais de­ve­riam en­si­nar aos fi­lhos. As­sim, o pri­mei­ro sen­ti­do é éti­co-com­por­ta­men­tal. A TEB (Tra­du­ção Ecu­mê­ni­ca da Bíblia) pa­re­ce ter cap­ta­do bem o sen­ti­do, ao tra­du­zir o ver­so as­sim: “En­si­na bons há­bi­tos ao jovem, em iní­cio de ca­mi­nha­da; não os dei­xa­rá, nem quan­do en­ve­lhe­cer.”Uma pa­la­vra mais so­bre o re­fe­ri­do tex­to. Se al­guém pre­ten­de tomá-lo em sen­ti­do teo­ló­gi­co, com “ca­mi­nho” sig­ni­fi­can­do as ver­da­des bí­bli­cas a se­rem en­si­na­das às crian­ças pe­los pais, deveria fazê-lo to­man­do o ver­bo he­brai­co sa­var (“des­viar”) no sen­ti­do de “evi­tar”, “ces­sar”. Nes­se caso, o tex­to po­de­ria es­tar di­zen­do que uma pes­soa en­si­na­da nas ver­da­des da Pa­la­vra de Deus não con­se­gui­ria “des­viar-se” de­las, no sen­ti­do de “evi­tar” que es­sas ver­da­des lhe ve­nham à men­te, mes­mo vi­ven­do lon­ge de Deus, e não no sen­ti­do de que al­guém en­si­na­do nos ca­mi­nhos de Deus con­for­me con­ta na Bí­blia, está imu­ne à apos­ta­sia. To­ma­do em sen­ti­do teo­ló­gi­co, Provér­bios 22:6 de­ve­ria ser vis­to como um prin­cí­pio ge­ral, para o qual há mui­tas ex­ce­ções, das quais po­de­mos men­cio­nar al­gu­mas: Deus per­deu a ter­ça par­te de Seus fi­lhos (Apoc. 12:4, 7-9); Esaú tor­nou-se im­pu­ro e pro­fa­no, ape­sar da vida de fé vi­vi­da por seu pai Isa­que (Heb. 12:16); os fi­lhos do pro­fe­ta Sa­muel se tor­na­ram cor­rup­tos e não qui­se­ram imi­tar a vida pie­do­sa de seu pai (I Sam. 8:1-5). Po­de­ría­mos di­zer, en­tão, que, se uma crian­ça pro­ce­de cor­re­ta­men­te dian­te de Deus, vi­ven­do de acor­do com Sua von­ta­de, é porque isso lhe foi en­si­na­do des­de nova, e que Provér­bios 22:6 não é uma pro­mes­sa di­vi­na de que uma vez que a crian­ça re­ce­beu as ins­tru­ções da Pa­la­vra de Deus, ela não apos­ta­ta­rá.Ou­tro tex­to que, à se­me­lhan­ça de Pro­vér­bios 22:6, tem sido mal-com­preen­di­do, é o de Jeremias 31:16 e 17: “As­sim diz o Se­nhor: Re­pri­me a tua voz de cho­ro e as lá­gri­mas de teus olhos; por­que há re­com­pen­sa para as tuas obras, diz o Se­nhor, pois os teus fi­lhos vol­ta­rão da terra do ini­mi­go. Há es­pe­ran­ça para o teu fu­tu­ro, diz o Se­nhor, por­que teus fi­lhos vol­ta­rão para os seus ter­ri­tó­rios.” Este tex­to tem sido com­preen­di­do como uma pro­mes­sa de Deus de tra­zer de vol­ta para a igre­ja to­dos os fi­lhos apos­ta­ta­dos cu­jos pais per­ma­ne­ce­ram fiéis. Será que é isso o que o tex­to quer di­zer?Uma re­gra bá­si­ca de in­ter­pre­ta­ção bí­bli­ca é olhar o con­tex­to de qual­quer tex­to da Es­cri­tu­ra, para ver sua apli­ca­ção pri­má­ria. Se olhar­mos o con­tex­to dos ver­sos 16 e 17 de Je­re­mias 31, veremos que eles se re­fe­rem pri­mei­ra­men­te ao ca­ti­vei­ro ba­bi­lô­ni­co. Esse ca­pí­tu­lo tra­ta do jú­bi­lo pela pro­mes­sa de li­vra­men­to do ca­ti­vei­ro, men­cio­na­da no ca­pí­tu­lo an­te­rior (cap. 30). O tex­to de Je­re­mias 31:16 e 17 deve ser ana­li­sa­do à luz de ver­sos como o de Je­re­mias 30:3: “Por­que ... muda­rei a sor­te do meu povo...; fá-los-ei vol­tar para a ter­ra que dei a seus pais, e a pos­sui­rão”, e de Je­re­mias 31:8: “Eis que os tra­rei da ter­ra do Nor­te e os con­gre­ga­rei das ex­tre­mi­da­des da ter­ra.” Numa apli­ca­ção se­cun­dá­ria do tex­to de Je­re­mias 31:16 e 17, po­de­ria se pen­sar na pro­mes­sa de Deus de tra­zer os fi­lhos de pais cris­tãos de vol­ta ao re­dil. Mas isto só po­de­rá ocor­rer se es­tes fi­lhos con­sen­ti­rem com a atua­ção di­vi­na em sua vida e fo­rem re­cep­ti­vos à voz do Es­pí­ri­to San­to. Do con­trá­rio, Deus es­ta­ria vio­len­tan­do o di­rei­to de­les de es­co­lher o bem ou o mal (cf. Deut. 30:15 e 19).Em con­clu­são, pode-se di­zer que Pro­vér­bios 22:6 não de­ve­ria ser en­ten­di­do como ga­ran­tia de que, uma vez en­si­na­da nas ver­da­des da Pa­la­vra de Deus, a crian­ça nun­ca apos­ta­ta­rá de­las. Como já foi men­cio­na­do, o tex­to em alu­são re­fe­re-se, pri­mei­ra­men­te, ao en­si­no de bons há­bi­tos às crian­ças, os quais ten­dem a per­ma­ne­cer por toda a vida.Mas o fato de Deus res­pei­tar o li­vre-ar­bí­trio dado às pes­soas não deve le­var-nos ao des­ca­so quan­to a en­si­nar nos­sos fi­lhos nos ca­mi­nhos de Deus. Cer­ta­men­te, eles só po­de­rão op­tar pelo bem se este lhes for en­si­na­do, pois to­dos nas­ce­mos maus (cf. Efés. 2:3). Mas, após o en­si­no do bem, nos­sos fi­lhos é que de­vem to­mar sua de­ci­são, para o bem ou para o mal, e Deus a res­pei­ta. Para to­dos, pais e fi­lhos, as pa­la­vras di­vi­nas de Isaías 55:6 e 7 con­ti­nuam mui­to atuais: “Bus­cai o Se­nhor en­quan­to se pode achar, in­vo­cai-O en­quan­to está per­to. Dei­xe o per­ver­so o seu ca­mi­nho, o iní­quo, os seus pen­sa­men­tos; con­ver­ta-se ao Se­nhor, que Se com­pa­de­ce­rá dele, e vol­te-se para o nos­so Deus, por­que é rico em per­doar.”



Ozeas Cal­das Mou­ra - Editor da Casa Publicadora Brasileira
Fonte: Revista Adventista, 2002, Casa Publicadora Brasileira

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Igreja Militante e Triunfante

Ø A Igreja militante é formada por pessoas de todas as nacionalidades, posição social e intelectual diferentes. A igreja militante é única, porque nasceu não por vontade humana, mas nasceu na mente de Deus. Ela surge na história em cumprimento de uma profecia e com uma missão: restaurar as verdades que se perderam no decorrer da história do cristianismo. Ela é composta por pessoas comprometidas e por indiferentes; “Ao mesmo tempo que o Senhor traz para a igreja os verdadeiramente convertidos, Satanás traz para a sua comunhão pessoas não convertidas. Enquanto Cristo semeia a boa semente, Satanás semeia o joio. Duas influências oponentes se exercem continuamente sobre os membros da igreja. Uma influência opera em favor da purificação da igreja, e a outra em favor da corrupção do povo de Deus”. TM, pág. 46. “Deus tem na terra uma igreja que é seu povo escolhido, que guarda os mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, um aqui, outro ali, mas um povo. A verdade é um poder santificador, mas a igreja militante não é a igreja triunfante”. TM, pág. 61.
Ø A Igreja triunfante é formada por pessoas comprometidas com a vontade de Deus. Independente de sua religião cada pessoa acata com sinceridade a luz que recebe como verdade. A diferença do componente da igreja triunfante está na sua total entrega a vontade de Deus; ele segue a revelação de Deus que se encontra em Sua Palavra, ainda que sua compreensão sobre a verdade seja o mínimo, ele está disposto a aceitar toda luz que for revelada da palavra de Deus. Enquanto que muitos que professam andar nos caminhos de Deus, compondo as mais de trinta mil religiões, não têm compromisso com a verdade. O apóstolo João diz: “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” Apocalipse 18:4 - Jesus disse: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.” João 10:16

Ø A Igreja Triunfante ainda não pode ser vista, ela é invisível aos olhos humanos, mas visível aos olhos de Deus. Ela só será revelada próxima a volta de Jesus, quando a igreja militante cumprir o seu papel de pregar a verdade: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, Dizendo, com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é vinda a hora do seu juízo, e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apocalipse 14:6-7 – Quando o joio for tirado, pelo poder de Deus, da igreja militante, quando as ovelhas de Cristo saírem de “Babilônia” e de suas filhas (igrejas que não seguem a verdade de Deus, mas seguem preceitos de homens) Apocalipse 14:8. Então a Igreja Triunfante será revelada.

Ø Os que farão parte da Igreja triunfante têm características distintivas:

São fieis aos mandamentos de Deus - “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus...” Apocalipse 14:12.“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os Seus mandamentos não são pesados.” 1 João 5:3.
Tem paciência na perseguição - “A igreja, prestes a entrar no seu mais duro conflito, será para Deus o objeto mais querido na Terra. A confederação do mal será estimulada com poder de baixo e Satanás lançará todo o opróbrio possível sobre os escolhidos que ele não pode enganar e iludir com suas invenções e falsidades satânicas.” Maranata, pág. 201. “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apocalipse 12:17.
Cumpre com alegria a sua missão - “ Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” - Atos 20:24
O apóstolo Paulo diz que não existe algo tão valioso no mundo do que cumprir com ALEGRIA o propósito pelo qual foi chamado.
Ø Talvez alguém pode dizer: como podemos ter alegria e servir ao Senhor em meio a tanta dor e sofrimento...
- Falta de emprego
- Problema financeiro
- Problema de saúde
- Problema na família
Ø O problema da maioria dos cristãos é que quando tudo está bem, em todos os aspectos da vida, se esquece de Deus. Quando não está faltando nada se acomoda.
- Deixa a comunhão com Deus...
- Deixa de ir à igreja...
- Deixa de ler a Bíblia...
- Deixa de orar.
Ø A outra parte não pode passar por nenhum problema, por provação que logo já desiste de servir a Deus. Enquanto tudo está bem, está indo a igreja, até parece ser um fiel cristão, mas quando vem as provas, então desiste de tudo.
Ø No antigo Testamento encontramos a história do rei Davi. Quando ele era um adolescente pastor, era considerado como “o homem segundo o coração de Deus”, quando enfrentou o gigante Golias foi vitorioso, quando perseguido pelo rei Saul encontrou força na “Rocha Eterna”, mas quando:
- Tudo estava indo muito bem...
- Ele estava no trono...
- Não estava sendo perseguido por Saul...
- Seu exercito não precisava mais que ele lutasse...
- Estava com a mente desocupada, longe de preocupações, longe de Deus, mas perto de Satanás. Então o resultado do seu maior erro, se afastar de Deus, gera grandes pecados: adultério, mentira e assassinato.
Ø Quando o apóstolo Paulo fala de servir a Deus com ALEGRIA ele está se referindo a todos os momentos da vida seja em momentos de paz ou perseguição, mas ele dá ênfase ao momento de perseguição quando afirma: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então sou forte.” 2 Cor 12:10.
Ø Satanás está preparando a muitos que professam o cristianismo para serem derrotados na última grande prova que se levantará sobre a humanidade. Muitos que professam servir a Deus estão em busca de “bênçãos”, prosperidades, sucesso, dinheiro, carro importado, mansões e etc. Eles dizem que devemos exigir de Deus tais coisas, porque somos “cabeça e não cauda”. Esquecem que Cristo foi o maior exemplo de abnegação e que nos ensinou que devemos ajuntar tesouro no céu e não na terra.
Ø O mesmo fogo que queima a palha e destrói o joio revela o verdadeiro ouro. A hora chegou em que os verdadeiros filhos de Deus sairão do seu conforto para viver e proclamar o evangelho eterno. Verdade pisada pelos indiferentes com a revelação de Deus. Logo o Senhor Jesus se manifestará com poder e grande glória para dar a recompensa à igreja triunfante. É o meu desejo que todos nós posamos fazer parte deste glorioso momento!

Pr Vicente Pessoa

sábado, 8 de março de 2008

A Bússola de Ouro

Começou a exibição do filme A Bússola de Ouro nos cinemas brasileiros. A Bússola Dourada, foi baseada nos livros de Philip Pullman, chamados 'HIS DARK MATERIALS', que significa aproximadamente: 'Seus Trabalhos das Trevas'. Philip Pullman, admitiu no ano de 2003, 'Meus filmes são a respeito da morte de Deus', e mais tarde admitiu que seu objetivo é que as crianças de todo mundo 'decidam contra Deus e o Reino dos Céus'. Ele ainda disse, que a 'Religião Cristã é um poderoso e convincente erro, só isto', e declarou que a maneira de alcançar todo mundo ' é escrever livros para as crianças', e desta forma contaminar toda uma geração.
Satanás sabe muito bem como usar os seus instrumentos contra o cristianismo e a verdade de Deus. A mídia tem sido uma arma poderosa em suas mãos. O maior problema é que ele sabe como estimular os pensamentos das crianças, que são seus principais alvos. Na Inglaterra, os livros de Pullman são mais populares do que Harry Potter (a série sobre o menino que pratica bruxarias), e esses livros estão começando a ganhar força principalmente nos EUA. Em uma de suas citações Pullman diz o seguinte de Deus: “A Autoridade, Deus, o Criador, o Senhor, Yahweh, El, Adonai, o Rei, o Pai, o Todo-Poderoso, todos esses são nomes que ele deu a si mesmo. Ele nunca foi o criador. Ele era um anjo como nós, o primeiro anjo, é verdade, o mais poderoso, mas era feito de Pó como nós somos, e Pó é apenas um nome para o que acontece quando a matéria começa a compreender a si mesma. A matéria ama a matéria. E busca saber mais a respeito de si mesma, e o Pó adquire forma. Os primeiros anjos se condensaram a partir do Pó e a Autoridade foi o primeiro de todos. Ele disse aos outros, que vieram depois, que ele os havia criado, mas era mentira. Um desses que vieram mais tarde era mais esperto do que ele, descobriu a verdade, de modo que ele o baniu. Nós ainda o servimos. E a Autoridade ainda prevalece no Reino e Metatron é seu regente”.
Pullman, inspirado por Lúcifer, quer incutir na mente de quem lê seus livros, ou assisti ao filme, uma evolução “divina”; e coloca a Deus como usurpador da posição de Criador. Talvez para as mentes que estão acostumadas com a “filosofia” da evolução, esta afirmação venha fazer algum sentido. Assim como ele, Lúcifer, tentou a Cristo no deserto dizendo ser Jesus um anjo caído, está divulgando a idéia de que Deus não passa de um mito. A escritora Ellen White diz: “Quando o Filho de Deus e Satanás, pela primeira vez, se defrontaram em conflito, era Cristo o comandante das hostes celestiais; e Satanás, o cabeça da rebelião no Céu, fora dali expulso. Agora, dir-se-ia haverem-se invertido as condições, e o adversário explorou o mais possível sua suposta vantagem. Um dos mais poderosos anjos, disse ele, fora banido do Céu. A aparência de Jesus indicava ser Ele aquele anjo caído, abandonado de Deus, e desamparado dos homens. Um ser divino devia ser capaz de comprovar sua pretensão mediante um milagre; "se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães". Mat. 4:3.Tal ato de poder criador, insiste o maligno, seria conclusiva prova de divindade. Isso poria termo à contenda.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 119.)
Com certeza esta produção cinematográfica é tremendamente atraente aos olhos inocentes dos nossos filhos, mas graças a Deus que temos discernimento suficiente para sabermos que “nem tudo que reluz é ouro”. Sigamos o conselho da Palavra de Deus: “Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim". Salmos 101:3
Pr Vicente Pessoa